Google+ O MEU POVO PERECE POR FALTA DE CONHECIMENTO.: Seria Jesus um beberrão ou comerciante de bebida alcoólicas como muitos afirmam?

terça-feira, 31 de maio de 2016

Seria Jesus um beberrão ou comerciante de bebida alcoólicas como muitos afirmam?

Meu Jesus um beberrão e fabricante de bebidas alcoólicas ?

Lucas 7:34 "Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!"

"Vinho" ("oinos") referia-se, no NT a todos os tipos de vinho, tanto o não fermentado, como o fermentado. A declaração de Jesus indica que Ele bebia algum tipo de vinho, ao passo que João não bebia nenhum (v.33). Não se pode, porém, determinar por meio deste texto que tipo de vinho Ele bebia, uma vez que a acusação dos fariseus a respeito do caráter de Jesus é totalmente falsa. Acusam Jesus de ser um comilão e beberrão, ou de beber com os pecadores, mas eram mentiras difamatórias e costumeiras, com o propósito de destruir a sua influência como mestre da justiça (Mt 12.24; Jo 7.20; 8.48). O próprio Jesus disse que quem come e bebe com os ébrios é um mau servo (Mt 24.48,49). Logo, não se pode provar, de modo nenhum, à base deste texto, que Jesus bebia vinho embriagante.

João 2.10: "e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora."
Em contraste com a posição exposta a seguir, alguns acreditam que, tanto o vinho fornecido neste casamento como o vinho feito por Jesus, eram embriagantes se consumidos em grande quantidade. Se aceita esta tese, as implicações disto, dadas a seguir, devem ser reconhecidas e também aceitas:

(1) Primeiro, os convidados do casamento provavelmente estariam bêbados.
(2) Segundo, Maria, mãe de Jesus, estaria lastimando a falta de bebida embriagante e estaria pedindo que Jesus fornecesse aos convidados, já embriagados, mais vinho fermentado.
(3) Terceiro, Jesus estaria produzindo, a fim de atender à vontade de sua mãe (v.3), de 600 a 900 litros de vinho embriagante (vv. 6-9) mais do que suficiente para manter todos os convidados totalmente bêbados.
(4) Quarto, Jesus estaria produzindo esse vinho embriagante como seu primeiríssimo "milagre" a fim de manifestar "a sua glória" (v.11) e de levar as pessoas a crerem nEle como Filho justo e santo de Deus. Não é possível evitar as implicações supras da tese em questão. Alegar que Jesus produziu e usou vinho alcoólico, não somente ultrapassa os limites das normas exegéticas, como também nos leva a um conflito com os princípios morais embutidos no contexto geral do ensino da Escritura. Fica claro que, à luz da natureza de Deus, da justiça de Cristo, da sua amorável solicitude pela humanidade, do bom caráter de Maria, as implicações da posição de que o vinho de Caná estava fermentado são contraditórias.

Não se pode adotar uma interpretação que envolva tais afirmações e contradições. A única explicação plausível e crível é que o vinho produzido por Jesus, a fim de manifestar a sua glória, era o suco puro e não embriagante da uva. Além disso, "o (vinho) inferior", inicialmente fornecido pela pessoa encarregada das bodas, também com toda probalidade não era inebriante.
"...o bom vinho..." De conformidade com vários escritores antigos, o vinho "bom" era o vinho mais doce, vinho este que podia ser bebido livremente e em grandes quantidades sem causar danos (i.e., vinho cujo conteúdo de açúcar não fora destruído através da fermentação). O vinho "inferior" era aquele que fora diluído com muita água.

(1) O escritor romano Plínio afirma expressamente que o "bom vinho", chamado sapa, não era fermentado. Sapa era suco de uva fervido até diminuir um terço do seu volume a fim de aumentar seu sabor doce (IV. 13). Ele escreve noutro trecho que "os vinhos são mais benéficos quando toda a sua potência é removida através do coador" (Plínio, História Natural, XIV.23-24). Plínio, Plutarco e Horácio sugerem que o melhor vinho era do tipo "inofensivo".

(2) Os documentos rabínicos afirmam que alguns rabinos recomendavam o vinho fervido. O Mishna dos judeus diz: O rabino Yehuda permite-o (o vinho fervido como oferta alçada), porque a fervura o melhora".

(3) É notável que o adjetivo grego traduzido "bom" (v.10), não seja agathos, mas kalos, que significa "moralmente excelente ou apropriado".
"...beberam fartamente..." A expressão "beberam fartamente" provém da palavra grega methysko, que tem dois significados: (1) estar ou ficar bêbado, e (2) estar farto ou satisfeito (sem referência à embriaguez). Aqui devemos entender methysko como o segundo destes dois significados. (a) Seja como for traduzido este texto, ele não pode ser usado em defesa da tese de que nessa festa de casamento foi bebido vinho fermentado. Neste texto, o mestre-sala simplesmente cita um princípio geral, próprio de qualquer festa de casamento, sem considerar o tipo de bebida que foi então servido. (b) Não devemos, de modo algum, dar a entender que Jesus participou de uma festa de bebedeiras, nem que contribuiu para isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário