“O Vaso nas mãos do Oleiro”
-Estou sendo vaso para honra ou para desonra? Vimos nas aulas anteriores como o oleiro faz para formar um vaso. É uma obra de arte. Ele tem que trabalhar muito para que o vaso fique pronto. Estamos tratando aqui não de uma fábrica de vasos industriais, onde os vasos saem em série. Mas sim de um artesanato, um trabalho manual em que o oleiro faz um de cada vez na forma que ele quer.
Podemos imaginar o trabalho que dá e o carinho com que o oleiro faz isto. É preciso amar este trabalho.
Vimos que para se formar o vaso, foi necessário tirar toda a impureza para se obter um barro próprio, um barro bem maleável para ser moldado na forma que o oleiro quer.
O Senhor também tem tirado as nossas impurezas, os nossos pecados e tem nos colocado na forma como Ele quer. Mas às vezes somos como um vaso trincado. Deixamos brechas para o adversário e aí não retemos a bênção. A rachadura faz com que se escape a bênção tão preciosa. Às vezes através de uma atitude nossa contra um irmão. Às vezes por comodismo deixamos de participar das reuniões ou deixamos de estar integrados na Obra. Apresentamos várias desculpas para a nossa falta de compromisso.
O trincado também pode ser o nosso mal testemunho para nossos familiares, colegas de escola, vizinhos, etc. Pode ser o nosso vocabulário, o nosso linguajar que não tem agradado ao Senhor, enfim, o nosso envolvimento com o pecado.
Quando o vaso está trincado, ele facilmente se quebra e quando isto acontece, todo o conteúdo é derramado.
Às vezes começamos a desobedecer, a desagradar ao Senhor em pequenas coisas, que até achamos insignificantes, mas é como o trincado no vaso. É uma brecha na nossa vida espiritual, por onde têm escapado as bênçãos do Senhor.
Da pequena brecha, o pecado vai se multiplicando nas nossas vidas, começamos a ficar insensíveis à voz do Espírito, nos acostumamos com o pecado e quando isso acontece estamos como vaso quebrado, como o vaso para desonra e não para honra.
A Bíblia nos dá um exemplo no livro de Daniel 5:2-4 de um rei que se chamava Belsazar, o qual deu um grande banquete na presença de deuses estranhos e mandou que trouxessem os vasos de ouro e prata da Casa do Senhor em Jerusalém. Como diz a Palavra: “... e beberam neles o rei, os seus grandes, suas mulheres e concubinas ... e deram louvores a outros deuses...”
Essa atitude do rei Belsazar foi uma profanação ao Senhor, pois os vasos eram consagrados ao Senhor e o rei mandou buscá-los para serem usados na adoração a outros deuses.
Estejamos atentos para que nossas vidas não sejam para desonra e sim para honra. Precisamos ser usados na Casa do Senhor e não para satisfazer o desejo da carne ou do adversário.
O exemplo que citamos caracteriza o servo que não valoriza a bênção do Senhor. Ele se deixa corromper pelos prazeres do mundo, como fez o rei Belsazar que usou os vasos sagrados da Casa do Senhor em idolatrias.
Quando estamos participando de coisas que não agradam ao Senhor, como festinhas onde haja bebidas, danças, brigas, etc, ou estamos envolvidos em rodinhas onde haja o uso de drogas, ou outro vício qualquer ou até mesmo conversas que não agradam a Deus, fofocas, discussões, etc .... devemos lembrar que somos vasos consagrados a Deus que não podem ser usados para outros eventos que não sejam com finalidade de glorificar a Deus.
Concluindo, é bom fazermos a seguinte reflexão: Que tipo de vaso somos nós? Que estamos levando dentro nós? É o óleo do Espírito? É a bênção do Senhor? São os dons do Espírito Santo? Ou a podridão do pecado? Isto é, coisas que desagradam ao Senhor?
Lembremos que, se estamos trincados ou se estamos totalmente quebrados, não podemos reter as bênçãos do Senhor e assim passamos a ser inúteis e para nada servimos. É necessário nos colocarmos nas mãos do nosso grande Oleiro de forma bem humilde, submissos, quebrantados, para que Ele possa nos fazer de novo, nos modelar do jeito que Ele quer. Só assim poderemos ser úteis para Ele. Só assim poderemos ser usados na Obra do Senhor.
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