Google+ O MEU POVO PERECE POR FALTA DE CONHECIMENTO.: junho 2015

domingo, 28 de junho de 2015

Os filhos de Eli e a maldição sacerdotal

Os filhos de Eli e a maldição sacerdotal


A história a ser estudada neste artigo está baseada em I Samuel 2:12-36I Samuel 3:1-21I Samuel 4:1-21.
Tentarei fazer uma analogia com os dias atuais deste tipo de situação, que a meu ver é muito comum, para não dizer que está ficando até normal.
Tais fatos são em torno de omissão de um sacerdote e da incredulidade, maldade e falta de temor dos filhos deste sacerdote (que também eram sacerdotes).
A casa de Eli estava encarregada de cuidar do Tabernáculo do Senhor, tal cargo também era de ser cuidador da arca da aliança e dos serviços ritualísticos lhes conferidos.
O povo via e reprovava os pecados dos filhos de Eli, que em suma eram não ter intimidade e conhecimento do poder de Deus (I Samuel 2:12); tomavam partes nos sacrifícios oferecidos à Deus; se alimentavam daquilo que não lhes era permitido comer; desprezavam a salvação e o perdão do Senhor; davam mal exemplo; e por fim eram repugnantes na área sexual, pois se deitavam com mulheres em orgias sexuais à porta do Tabernáculo.
Bem, com isto já temos a nítida visão de quão desagradáveis eram estes homens chamados de Hofni e Finéias diante do Senhor e diante do povo de Israel, que mesmo condenando tais pecados lhes eram sujeitos, pois não eram rebeldes nesta época.
Com isto podemos afirmar também que o erro de Eli foi sua omissão! Se lermos I Samuel 2:22-25 até acharemos que Eli não foi omisso, pois tentou alertar seus filhos, mas se analisarmos mais a fundo veremos que na verdade ele não fez o certo. Em I Samuel 3:13vemos Deus falando com o profeta Samuel dizendo que Eli sabia das iniqüidades de seus filhos e mesmo assim não os repreendeu!
Ora, a repreensão não devia ser somente palavras, mas sim uma vida de exemplos que Eli deveria ter dado para seus filhos, um ensino eficaz, e fora isto, devia tê-los castigados com aquilo que estava posto na Lei de Moisés.
Com tudo isto a conseqüência foi terrível, pois os dois filhos de Eli foram mortos no mesmo dia, a arca da aliança foi tomada pelos filisteus, Eli ficou sabendo, caiu e morreu, assim como sua nora também morreu, esposa de Finéias, além de ser retirado de seus descendentes o sacerdócio, lhes sendo imposto uma maldição de miséria, humilhação e morte precoce.
Trazendo agora para nossa realidade, vemos isto em nosso meio!
Quantos são os pastores, líderes, ministros do evangelho, cantores e suas famílias fazendo a obra de Deus relaxadamente?
Não gosto e não aprovo pessoas que só sabem falar mal de líderes espirituais, mas tem hora que devemos alertar o povo de Deus e também estes líderes que estão se perdendo pelo caminho.
Vamos começar com líderes que não conhecem a palavra de Deus. O que tem de pastor que nunca leu a Bíblia toda não esta no gibi! Para alguém se habilitar para ser pastor, o mínino que dever ter feito é ler a bíblia inteira pelo menos uma vez, lê-la diariamente de forma aleatória.
O que tem de líder raso na palavra, meu Deus! Isto se manifesta quando não há mais o Espírito de Deus agindo pelo relaxamento dos líderes.
Outra coisa é uma moda muito nojenta que tem feitos muitos se desviarem ou se escandalizarem, que é a ganância financeira!
O que tem sido aberto de Igrejas “lá Universal” é algo assombro! É só teologia da prosperidade, dinheiro e mais dinheiro, sendo que a salvação e santidade nem são pregadas.
Não sou contra dízimo e ofertas (quem é contra está errado), porém tudo deve ser feito com base na palavra de Deus, com decência. Mas muitos, muitos mesmos querem abrir portinhas ou portonas de “igrejas” só com o intuito de ganhar dinheiro com a fé das pessoas.
Outro pecado cometido é o da área sexual. Qualquer líder ou ministro de louvor deve redobrar a atenção nesta área que é muito bombardeada.
Não são raros os casos de pastores, líderes ou músicos que caem em adultério. As conseqüências destes atos, principalmente quando descobertos são sempre as piores.
Muitos estão na Igreja, na própria ou em um seminário ou conferencia em outra Igreja já pensando em pecar nesta área. Mantendo relações sexuais ilícitas com outras mulheres ou homens, ou então dando de cima.
Já vi muitos que só de olhar você percebe que nesta área não foi liberto ou não se deixou ser liberto, é um mala!
Por último, a omissão de quem é uma autoridade espiritual sobre a vida de quem está cometendo estes erros é pior ainda.
Se lermos I Timóteo 3:2-5 saberemos que os filhos de pastores ou de líderes na Igreja devem ser submissos e modestos aos seus pais, pois como vão liderar a Igreja se não lideram nem sua família?
Isto também pode ser posto para os filhos espirituais, ou seja, pessoas que estão na Igreja que possuem a liderança em alguma área que lhe é sujeito, estão debaixo de um pastor.
Este ao saber de condutas fora do padrão bíblico deve repreendê-los, se os mesmos não se consertarem devem ser depostos até se consagrarem de verdade ao Senhor.
Concluindo, devemos realizar a obra do Senhor com temor, santidade e conhecimento do seu poder.
Não podemos aceitar vir um cantor na Igreja, louvar e adorar a Deus e depois disto encher um quarto de motel com um monte de mulheres. Se algum líder sabe, deve adverti-lo na hora!
Saiba que benção se inicia na vida dos lideres espirituais e são transmitidas ao povo, se tais líderes não estão mergulhados naquilo que é de Deus, logo tal obra e seu povo irá sucumbir.
Por isto, ore sempre pelos seus líderes e líderes vigiem sempre, em consagração e no temor de Deus.
Que Deus vos abençoe e vos livre das astutas ciladas do inimigo.

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A sensualidade dentro da Igreja:

Maldito aquele que fazer a obra do Senhor relaxadamente.

Maldito aquele que fazer a obra do Senhor relaxadamente.



Jeremias 48:10 diz o seguinte, “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente”.

Esta palavra final, encontrei em outras versões como “fraudulosamente ou enganosamente”.

Em todas, podemos dizer que o sentido é o mesmo, ou seja, não fazer a obra do Senhor com temor, de verdade, levando a sério as coisas de Deus, brincando de ser crente.

Na atualidade o que mais vemos são obreiros tentando fazer a obra de Deus, perdoe-me a expressão, “nas coxas”, isso quando não estão levando tudo com a “barriga”.

São pastores, líderes, músicos, noto um aglomerado de pessoas com um má preparação espiritual, sem conhecimento bíblico e também com a intenção errada.

Converso com determinados pregadores quem nunca leram a bíblia inteira! Eu já disse isto em um artigo pretérito, mas repito porque o número de pastores que não conhecem a bíblia só tem se alastrado.

Logo no início de uma pregação sabemos se o cidadão tem ou não conhecimento da palavra ou se é uma pessoa de oração. O que mais tenho me deparado são com pregações rasas, onde o poder de Deus não opera por falta de consagração.

Quando vamos para a parte musical vejo algo semelhante a um picadeiro! É uma utopia de alguns achando que vão alcançar o “estrelato” gospel montando uma bandinha estilo oficina G3, um ministério estilo toque no altar ou um grupo de rap.

Acham que fazer a obra de Deus é só ser um músico. Não meu caro, não adianta nada cantar ou tocar bonito se nunca ganhou uma vida para Cristo, Ele nos chamou para pregarmos o evangelho.

Alguns gostam de se defender dizendo que estão pregando o evangelho com a música, porém o que percebo, é que isto não passa de uma mentira, pois nem eles mesmos estão convertidos!

São músicos que não oram, não lêem a bíblia, não vivem uma vida de santidade, NÃO ESCUTAM A PREGAÇÃO (porque estão sempre fora do culto no momento da palavra, ou seja, acaba de tocar, para eles o culto acabou).

Com Deus não é assim! Há bandas ditas “cristãs” que são conhecidas, porém isto não quer dizer que Deus está com elas, pois a maioria são músicos com intenções adversas dos princípios bíblicos, que faz anos que não colocam seus pés para participar de um culto, cear.

Vejo obreiros, músicos, e até mesmo pastores rebeldes, que não respeitam quem são autoridades espirituais em suas vidas. Refiro-me aos próprios pais, bem como líderes espirituais.

As intenções perversas dos seus corações são manifestadas com suas atitudes de orgulho e ganância! Quantos são os que “fazem a obra de Deus” pensando só no dinheiro e na fama! MUITOS!

Poderia dar uma enxurrada de textos bíblicos que corroboram com tudo que tenho dito aqui, mas não o farei, pois creio que este artigo é um bom resumo dos maus obreiros que vemos hoje em dia.

Termino fazendo um alerta, de Deus não se zomba e ele não toma por inocente quem tem culpa, por isto, antes de colocar suas mãos no arado, o faça com zelo, amor, temor e tenha consciência de quão precioso é fazer a obra de Deus.

Que o Senhor vos abençoe e vos guardem dos maus obreiros.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

CALVINO E A PREDESTINAÇÃO

Calvino e a Predestinação


CALVINO E A PREDESTINAÇÃO


                        A doutrina da Predestinação, surge no final da idade média, com o francês João Calvino (1509-1564), e para desenvolve-la, baseia-se nos princípios de Lutero e como não poderia ser diferente nas epístolas de Paulo de Tarso, as quais servem de estrutura para esta obtusa teoria, que perdura em diversas instituições religiosas até os dias de hoje. A diferença fundamental entre Calvino e Lutero é que o primeiro, suprimia a questão do “livre arbítrio”, Deus é quem controla a vontade humana. Calvino negava os direitos de consciência e da liberdade pessoal. As idéias calvinistas propagam-se com sucesso por vários países da Europa, apoiadas quase que totalmente pela burguesia européia, por estarem em concordância com o capitalismo. Calvino entendia que somente os eleitos pelo Senhor conseguem vencer na vida. Para a burguesia “vencer na vida” significava acumular cada vez mais capital, portanto a burguesia se identificava muito mais as idéias calvinistas  do que com as luteranas. Calvino esquece-se portanto das advertências de Jesus ao jovem rico em Mateus cap.19,v.21: ”Respondeu Jesus: “Se queres ser perfeito,vai,vende teus bens, dá-os aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”; e no Sermão da Montanha, em Mateus cap.6,v.19: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furam e roubam. Ajuntai para vós tesouros  no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furam e não roubam.” Para o reformador o destino do homem já está decretado e selado ao nascer por Deus. Da  felicidade celestial ao sofrimento nos infernos abismais, não estão absolutamente atrelados a uma relação de méritos ou deméritos. A doutrina calvinista como a luterna espalhou-se rapidamente pela Europa, e na França foram conhecidos os calvinistas por hugueontes, os quais foram perseguidos incansavelmente pelos Católicos. Dentre as inúmeras perseguições, uma marcou em definitivo a história religiosa do protestantismo, durou aproximadamente 48 horas e iniciou-se no dia 24 de agosto de 1524, culminando em um massacre hediondo, aonde centenas de reformistas juntamente com suas famílias foram assassinados de uma forma arbitrária, pelas ordens da remida rainha Catarina de Médicis. Esse insensato episódio, ficou conhecido nos anais da história como a “Noite de São Bartolomeu” por ter acontecido justamente no dia em que foi reservado pela Igreja para se homenagear esse Santo.


Voltemos ao reformador, Calvino por sua vez, considera a Divindade como autora do mal, ele argumenta que o homem mau e até mesmo o “diabo” nada podem fazer senão pela vontade secreta de Deus. Como elucidação e sustentação a esta colocação, refere-se ao livro, I Reis cap.22,vs. 20 e 23, do Antigo Testamento, aonde lê-se: “O Senhor disse: “Quem seduzirá Acab, que ele suba e pereça em Ramot  de Galaad”, a partir daí o “diabo”, oferece os seus préstimos a Deus e é enviado pelo próprio criador para executar a tarefa. No versículo 23 lemos: “O Senhor pôs um espírito de mentira, atuando pela boca de todos os profetas.” Outro exemplo clássico que a Bíblia nos apresenta é o do profeta Jó, no capítulo 2, v.6, do seu livro: “O Senhor disse a Satanás:”Pois bem, ele(Jó) está em seu poder, poupa-lhe apenas a vida”. Dentro desse pensamento sugerido pelo livro de Jó, Deus é quem comanda as ações do próprio “diabo”, a vontade e a determinação do próprio demônio vem primeiramente de Deus. Em outro trecho do Antigo Testamento vemos: “Absalão, manchando com um incesto o leito de seu pai, perpetrou um crime detestável; contudo Deus declara ser isso obra sua.” Já o profeta Jeremias, ensinava que todas as crueldades que os Caldeus praticavam na Judéia, eram obra de Deus. Reportando-se ainda a narrativa de Esaú e Jacó, Calvino afirma que Jacob sem nenhum mérito adquirido por suas boas obras, tornou-se objeto de graça. Calvino chega mesmo declarar em sua famosa obra “Institutos” que segundo a sua doutrina, a Predestinação, somente uma parte do mundo pertence realmente a Deus. Chega a esse termo, apoiado nas supostas palavras do próprio Cristo, descritas em João cap.27.v.9: “Eu não oro pelo mundo, mas por aqueles que tu me destes.” Calvino não crê que o amor de Deus ou a imitação do Cristo sejam bastante o suficiente para se alcançar a tão almejada salvação, devemos portanto temê-lo. Para Calvino só poderemos obter a salvação pela crença em Jesus, e  este sentimento, se traduz na plena e firme certeza que a própria salvação já nasce com o indivíduo, ou seja, é inata. Portanto, aqueles que de uma forma ou de outra foram predestinados a salvação, já o foram, antes mesmo da sua de sua criação como interpreta Paulo em carta aos Romanos, cap.9,vs. 10 a 13, lemos: “...pois bem, antes de haverem nascido e quando não haviam praticado nem bem nem mal, para que se mantivesse a liberdade da escolha divina que depende não das obras, mas do que chama, foi dito a Rebeca: o maior servirá ao menor como diz a escritura: Amei a Jacó e odiei a Esaú.”. E estes somente serão salvos pelo sacrifício voluntário do cordeiro de Deus no Gólgota. Pois, se Jesus não tivesse vindo a Terra e perecido na cruz, segundo Calvino e Lutero, a humanidade só conheceria o inferno eterno. Este pensamento de alguma forma revive o pensamento equivocado e egoísta do povo hebreu, aonde a milênios atrás asseveravam que o Deus do Universo, era o Deus somente de Israel, condicionando assim, um privilégio e uma Predestinação que os hebreus conferiam ao seu povo. Observemos que na história bíblica de Esaú e Jacó, existe notadamente aí, uma distinção e uma acentuada preferência com relação a Jacó, que já se estabelece no momento do seu nascimento, pois como mesmo a Bíblia nos relata em Gênesis, cap.25, vs. 25; Esaú, apesar de ser o primogênito dos gêmeos, não tinha uma aparência muito boa, a Bíblia diz que ele era vermelho e todo peludo, já o segundo era de aspecto normal ao que tudo indica. Jacó na realidade se encontra como o preferido e predestinado, caindo nas graças de Deus e dos pais. É portanto por intermédio de Jacó através de sua descendência, mais precisamente os seus doze filhos é que formaram-se as doze tribos tão afamdas de Israel, a Esaú, através da sua descendência, ficou a missão da constituição do povo edomita. A idéia da predestinação apregoada por Calvino interpretando as epístolas de Paulo de Tarso, na realidade é o planejamento que é preestabelecido no plano espiritual, que acontece antes da encarnação ou melhor da reencarnação. Este planejamento é o que irá nortear as ações dos Espíritos em linhas gerais enquanto estiverem reencarnados aqui na Terra e essas ações dependerão diretamente do uso do livre arbítrio de cada espírito reencarnante. Desse modo, Rebeca pergunta ao Senhor sobre o futuro dos filhos amados e tão desejados, e o Espírito comunicante responde aos seus apelos em Gênesis cap.25, v.19, traçando em linhas gerais o que deverá acontecer no porvir em relação a vida dos gêmeos. Esse episódio se analisado dentro do entendimento espírita, significa a encarnação de dois espíritos antagônicos que tinham como finalidade a harmonização, e foi isso, o que realmente aconteceu conforme a Bíblia mesmo relata em Gênesis cap.33, v.4, lemos: “Mas Esaú correu-lhe ao encontro e beijou-o; ele(Jacó) atirou-se ao pescoço e beijou-o; e puseram-se a chorar”. Sendo o atributo principal da reencarnação o da evolução do Espírito na Terra, necessário é que os Espíritos aqui exemplifiquem as leis de Deus e do amor ao próximo, aparando as arestas e corrigindo os erros da própria vida ou de encarnações passadas. Foi exatamente o que se sucedeu na história de Esaú e Jacó, no final como vimos, eles se harmonizam. A Predestinação, agora, cabe também a Esaú, pois para Deus e seus prepostos, todos nós estamos fadados a  felicidade, e o que as vezes se apresenta como privilégio nada são do que bônus que provavelmente foram conquistados em outras existências através das “obras da fé”, como nos dizia o apóstolo Tiago, que é justamente o trabalho incessante no bem e no amor ao próximo. Portanto nossa atual posição evolutiva na Terra, é reflexo direto do somatório das nossas atitudes e dos nossos procedimentos nas vidas e ações pregressas. Para uma maior fixação e solidificação  desse pensamento examinemos a vida do grande rei Salomão, que era tido como o homem mais sábio que já vivera na terra nos tempos antigos, e isso a Bíblia relata em I Reis, cap.4,v.31. Ora pela teoria da predestinação, Deus teria privilegiado  o rei Salomão, em detrimento a outras criaturas. Mas percorrendo as páginas da própria Bíblia encontramos a resposta para essa suposta Predestinação, quando vemos em Sabedoria, cap.8, vs.19 e 20, parte do Antigo Testamento que trata de assuntos pertinentes a vida do rei em questão. Lemos: “Eu era menino vigoroso e dotado de uma alma excelente, ou antes, como era bom, eu vim a um corpo intacto.” Ora a Predestinação aqui entendida como uma escolha unilateral de Deus, por Calvino, desta feita conferida ao famoso rei Salomão, nessa passagem, aparece e se expressa como uma subordinação direta aos seus atos em uma encarnação passada. A sua bondade e a pureza de seus pensamentos o condicionaram a ter uma estrutura mental que o permitia ter uma supremacia de raciocínio e um cabedal de conhecimentos superior a outros espíritos encarnados da época. Esclarecemos portanto, que alguns textos bíblicos representam o pensamento daqueles homens, ainda bastante materializados e rudes, que naquela época escreveram, o que não entendiam mais claramente, não representando necessariamente o pensamento de Deus e sim a forma com que eles os homens o entendiam e se relacionavam com a divindade. A Bíblia ostenta em suas páginas, mitos, lendas como também histórias reais, compreendendo a saga do povo hebreu, ao passo que muitas, como já vimos em capítulos precedentes, foram de uma certa forma adaptadas de outros povos. Da mesma forma que o povo judeu na Bíblia, outras civilizações escreveram e imortalizaram suas histórias em seus próprios livros sagrados que também exprimiam o seu modo de pensar e a maneira como entendiam esta mesma divindade. Um dos grandes problemas na interpretação dos textos bíblicos, é entende-los, aceitando-os como a palavra direta de Deus aos homens. Desta forma e através desse pensamento a Bíblia se unifica. Por exemplo: As palavras de Jesus tem para muitos, principalmente entre os protestantes, o mesmo peso das epístolas(cartas) de Paulo e do Velho Testamento, ressaltando que a velha escritura ainda suscita interpretações por parte dos crentes, que o consideram como bússola orientadora, sugerindo procedimentos que ainda devem ser seguidos, apesar do próprio Jesus, ter lançado uma nova versão da lei mosaica,(Mateus,cap.5,v.17 e Hebreus, cap. 8, v.7) através dos seus ensinos, enquanto esteve na Terra. Muitos tentam justificar as suas idéias colocando o velho jargão mosaico ”está escrito na Bíblia”, e os leigos na sua maioria são os cegos guiados por cegos, como bem já nos orientava o Cristo de Deus, esses mesmos cegos que ainda não possuem olhos de ver, colocam os seus arcaicos pontos de vista, modificando-os completamente o sentido, opondo-se radicalmente o que na realidade os textos intentam em nos dizer.
Por outro lado, existem passagens na própria Bíblia, que exprimem o pensamento literal, ou seja, querem dizer exatamente aquilo o que está escrito. E daí, que a Bíblia diz em certas passagens como por exemplo em Hebreus cap.27,v.9: aonde lemos: “E como aos homens está ordenadomorrerem uma vez vindo depois o juízo.”, muitos contrários a reencarnação e adeptos do juízo final, se utilizam dessas palavras e desse momento de Paulo de Tarso, para  asseverarem, que a reencarnação não existe, apesar das inúmeras advertências do próprio Mestre Jesus em diversas oportunidades como no diálogo com Nicodemos, quando procurado por aquele ancião a noite, Jesus segundo a narrativa bíblica, é tomado por uma enorme perplexidade ao perceber que como Nicodemos, um homem considerado mestre em Israel, um religioso seguidor das tradições judaicas, desconhecia, ou mesmo colocava em dúvida a transmigração das almas, ou seja, o processo reencarnatório, demonstrado tão categoricamente na Cabala hebraica de Henoc?
Jesus ressalta ao velho mestre, numa lição inesquecível, descrita em João cap.3, “que necessário é, nascer de novo”. Ainda o Mestre em seus diversos ensinos sobre a reencarnação, esclarece em Mateus, cap.17, aos apóstolos, Pedro, Tiago e João,  logo após a transfiguração, no monte Tabor, aonde Moisés e Elias, dialogam com ele materializados, que João Batista, foi na realidade o profeta Elias. Após tantas provas e fenômenos presenciados pelos apóstolos, a Bíblia diz, que os discípulos compreenderam então e da mesma forma  aceitaram, que João Batista era o profeta Elias reencarnado em missão na Terra. Muitas porém, são as passagens que demonstram a reencarnação nas Escrituras, umas nas entrelinhas, outras se apresentam bem cristalinas e evidentes, como essas advertências diretas que citamos do Mestre, e que ficaram registradas nos Evangelhos, apesar de todas as tentativas das trevas e da ignorância em tentar sufocar essa verdade cósmica e transcendente. A Predestinação pregada por Calvino, não condiz com as leis sacrossantas de Deus, o que temos aqui na Terra, é o cumprimento das leis de causa e efeito se concretizando segundo as obras que nós mesmos efetuamos em nossas diversas estadas no processo de evolução no planeta Terra. Dentro do exposto, podemos ainda contestar este pensamento ou mesmo esta forma de entendimento da teoria da predestinação quando de forma alegórica Jesus, segundo os Evangelhos prediz o seu retorno, enfatizando em Mateus cap.25,v.34 a 36 que “cada um receberá conforme suas obras, já  esse retorno em corpo presente predito pelo catolicismo e protestantismo, é mais uma alegoria, essa volta se concretizará na realidade dentro dos corações dos homens, quando estes aceitarem e praticarem as verdades espirituais contidas não só nos Evangelhos, mais em todos os escritos de todas as religiões da humanidade que ao longo dos séculos, intentam iluminar os homens. Essas orientações foram trazidas a nós pelos próprios mensageiros do Cristo, preparando cada povo de acordo com a sua capacidade e seu entendimento. Para encerramos a questão, transcrevemos a passagem que de uma certa forma constitui a base a teoria da Predestinação e mais adiante devidas explicações para essa colocação de Paulo de Tarso em Efésios cap1, vs. 3 a 12: “Bendito seja Deus e Pai do Nosso Senhor Jesus-Cristo que nos abençoou com toda classe de benções espirituais, nós céus, em Cristo. Porquanto nos elegeu nele antes da criação do mundopara sermos santos e imaculados em sua presença e em seu amor, elegendo-nos de antemão para sermos seus filhos adotivos por meio de Jesus-Cristo segundo o beneplácito de sua vontade para proclamação da glória de sua graça que nos há prodigalizado sobre nós em toda a sabedoria e inteligência, dando-nos a conhecer o mistério de sua vontade segundo o benevolente desígnio que nele se propôs de antemão para realiza-lo na plenitude dos tempos, fazer que todos tenham o Cristo por Cabeça, o que está nos céus e o que está na Terra, a ele por quem encontramos na herança, eleitos de antemão segundo prévio desígnio do que tudo realiza conforme a decisão de sua vontade para sermos nós proclamação de sua glória, os que já antes esperávamos em Cristo.”
Na realidade o texto acima transcrito na íntegra, é perfeitamente entendido a luz da doutrina espírita, como a grande falange de Espíritos que foram exilados do Sistema de Capela, e que foram recebidos amorosamente por Jesus e seus prepostos em tempos longínquos. Percebemos a inspiração magnífica de Paulo de Tarso, que retrata a finalidade do espírito quando ele mesmo diz:  “para sermos santos e imaculados”, estipulando assim, através da intuição do alto, a meta do processo  evolutivo de todos os seres; a angelização. Na imensa escada simbólica na qual desciam e subiam miríades de anjos, vista por Jacó em seu sonho(Gênesis,cap. 28,v.12), representa-nos o processo evolutivo que todos os seres humanos deverão percorrer ao longo do rosário das encarnações, seja aqui na Terra ou em outros mundos, visando o sublime objetivo: a perfeição relativa,  destino Predestinado por Deus para todos os seres viventes do Universo.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

MALDIÇÃO HEREDITÁRIA É BÍBLICA?

MALDIÇÃO HEREDITÁRIA É BÍBLICA?
QuebraDeMaldiçao (1)
Com base em textos fora do contexto e usados como pretexto, tem se tornado cada vez mais comum os cristãos acharem que são vítimas de maldição hereditária. Assim, eles acreditam que herdaram demônios, que vão desde a ira ao alcoolismo, da preguiça à luxúria. Uma análise mais atenta, porém, demonstra que essa ideia é falha.
Primeiro, as Escrituras mostram claramente que consequências — não maldições — passam de geração a geração. Nesse sentido, a Bíblia diz que os filhos são punidos pelos pecados de seus pais “até a terceira e quarta geração” (Êxodo 20.5). Os filhos de pais alcoólatras frequentemente sofrem negligência e abuso, como consequência direta do comportamento pecaminoso dos pais. Igualmente, os descendentes daqueles que odeiam a DEUS, provavelmente seguirão os passos de seus ancestrais.
Além disso, as Escrituras nos mostram de modo explícito que “o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho” (Ezequiel 18.20). Na verdade, quando o antigo Israel citava o provérbio “os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram” (Ezequiel 18.2). Deus respondeu com palavras decisivas: “Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que nunca mais direis este provérbio em Israel… a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.3-4).
Consequências — não maldições — passam de geração a geração.
Por fim, embora a ideia de maldição hereditária seja estranha à Bíblia, existe o sentido de que a maldição do pecado passa de geração a geração. Por intermédio do primeiro Adão, “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23). Por meio do segundo Adão — Jesus Cristo — a redenção é oferecida a todos. Paulo diz: “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Romanos 5.18). Não somos condenados por nenhum ato de nós mesmos; de igual modo, por nenhum ato de nós mesmos somos salvos (Romanos 5.12-21).
A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá nobre ele”.
Ezequiel 18.20
Hank Hanegraaff

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Maldição ou Benção? O que a mulher de Jó proferiu á Deus.

Maldição ou Benção? O que a mulher de Jó proferiu á Deus.



"Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se. Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre.” Jó 2:8-9 



Todos já ouviram sobre a famosa história do sofrimento de Jó. A Bíblia conta sobre como, repentinamente, ele passou de homem rico e próspero para uma criatura miserável. Quem conhece um pouco mais de Bíblia irá se recordar da mulher de Jó. Ao ver que o marido permanecia fiel ao Senhor mesmo naquela situação, ela não resistiu e disse: “Amaldiçoa a Deus e morre!”

A grande pergunta é: a esposa de Jó realmente amaldiçoou Deus? Em português vemos claramente que sim. Contudo, para termos certeza, examinemos o que diz no original, em hebraico:


Barech Elohim vamut;


A tradução literal disto é: abençoa Deus e morre. Ela utiliza o imperativo , que está relacionado a abençoar. A raiz é a mesma que para joelho. A bênção, na tradição antiga, era dada sobre o joelho. Acreditava-se que o sêmen ficava nessa parte do corpo (a palavra genealogia vem de geni = joelho). Não há na Bíblia a expressão amaldiçoe Deus.


Bom, se é assim, por que a palavra foi traduzida como amaldiçoe? Possivelmente, o que ocorreu foi que o redator do livro de Jó, por respeito ao nome de Elohim, não teve coragem de escrever a expressão “amaldiçoe Deus”, e usou “abençoe” como eufemismo:

EUFEMISMO: "Retórica Figura que consiste na substituição de um termo ou expressão rude, chocante ou inconveniente por outro mais suave ou agradável."



Esse eufemismo (a troca da palavra amaldiçoar por abençoar) é encontrado novamente em I Reis 21:10-13. Dois homens acusamNabote de blasfemar contra Deus. A expressão ali é:


Berach Navot Elohim;

O texto é traduzido como: “Nabote blasfemou contra Deus”. Na verdade, o que se lê em hebraico é que Nabote proferiu bênçãos a Deus. Neste caso, é claro o eufemismo, pois seria uma contradição ele ser morto por abençoar Deus.


É possível que, no caso de Jó e sua mulher, tenha ocorrido o mesmo fenômeno, isto é, ela ordenou que o marido amaldiçoasse o Senhor, apesar de o texto dizer o contrário.


"Baruch atá adonay Eloheinu melech haolam"
 Bendito sejas tu ó Eterno nosso D-us, Rei do universo.

fonte: café com hebraico/ livro de Jó.

Por Pr. Anderson Araújo.

sábado, 6 de junho de 2015

Significado da palavra Selá

Significado da palavra Selá


SELÁ???!!! O QUE SIGNIFICA "SELÁ" ?
A PALAVRA “SELÁ” NA BÍBLIA
• SALMOS 3:2,4,8
2 Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus. Selá.
4 Com a minha voz clamei ao SENHOR, e ouviu-me desde o seu santo monte. Selá.
8 A salvação vem do SENHOR; sobre o teu povo seja a tua bênção. Selá.

INTRODUÇÃO Quando fazemos a leitura do versículo, devemos ler também a palavra “Selá” ? Certa feita, um irmão, ao fazer a leitura em voz alta na igreja, leu inclusive a palavra em questão! Retomo a pergunta: tal palavra deve ser lida também, ou não? Qual é o seu significado?

II) SIGNIFICADO DA PALAVRA “SELÁ” (ou Selah)
1) O Dicionário Bíblico Ilustrado para a Família, define assim tal palavra: “Termo que aparece 71 vezes nos Salmos e três vezes em Habacuque. Deve ser uma pausa musical ou uma instrução litúrgica, mas não se conhece o seu significado. (As versões mais recentes costumam suprimir a expressão.)”

2) O Dicionário da Bíblia de John D. Davis, por seu turno, define a palavra em apreço: “SELÁ, Elevação. Palavra que se encontra setenta e uma vezes nos salmos e também em Hc 3.9,13. Stainer oferece seis opiniões distintas quanto ao sentido:
(1) pausa;
(2) repetição semelhante a “da capo”;
(3) final de uma estrofe;
(4) toque com força (fortíssimo);
(5) curvatura do corpo em sinal de obediência; e
(6) repetição da sinfonia (“ritornello”).

Provavelmente significa uma pausa da orquestra ou mudança de piano para forte. 3) Por fim, outros estudiosos no assunto, definem “SELÁ”, como sendo:
• UMA PAUSA para que o nosso pensamento seja elevado a Deus.
• Um SUSPIRO pausado de ALEGRIA, quando alguém que amamos chega inesperadamente a nossa frente ou a nossa casa.
• Seria uma espécie de INTERJEIÇÃO DE ALEGRIA ou SATISFAÇÃO, ou ainda,
• o EXPRESSAR HARMONIOSO de todas as FIBRAS de um CORAÇÃO que ansiasse pelo auxílio de Deus e de repente SENTISSE a DOCE SERENIDADE da presença divina, como se conclui do SALMO 67:1:
“DEUS tenha misericórdia de nós e nos abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós ( Selá. )”

Em assim sendo, não seria o caso de se ler tal palavra, sobretudo em voz alta. O leitor, deveria sim, fazer uma PAUSA na leitura do texto bíblico, para expressar o sentimento de alegria, de satisfação, motivada pela doce presença divina.

Portanto, penso ser este o significado de palavra em apreço, ou seja, ELEVAÇÃO, PAUSA, etc.

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