Google+ O MEU POVO PERECE POR FALTA DE CONHECIMENTO.: agosto 2014

domingo, 31 de agosto de 2014

JUDEUS - A BÍBLIA RESPONDE 149. QUE ME DIZEM SOBRE OS JUDEUS?

JUDEUS - A BÍBLIA RESPONDE

149. QUE ME DIZEM SOBRE OS JUDEUS?

Diante de nós o desafio de síntese para uma linda história de mais de 3.000.

Por maio de provações as mais diversas, Abraão foi desenvolvendo a sua capacidade de crer. E Deus foi lhe fazendo promessas, que passaram a seu filho Isaque e outros patriarcas. Em sofrendo a perseguição no Egito, os Judeus sobe o comando de Moisés saíram à procura da Terra de Canaan prometida por Deus, ao obediente servo. Sob o comando de Moisés o povo saiu rumo a Canaan onde entraram sob a liderança de Josué. A tribo de Judá se tornou líder e dela havia de nascer Jesus Cristo, o Messias. De Judá proveio o nome de Judeu, ligado a Judéia, parte sul da terra prometida, que veio a ser chamada a Palestina.

Os Judeus representam no mundo algo do poder e graça maravilhosa de Deus. Judá se tornou líder, não por ter sido perfeito, mas em virtude de ação da graça maravilhosa de Deus. O povo Judeu tem sido perseguido pelos séculos em fora, mas sempre se une e sempre se ergue.

Ao tempo da II Guerra Mundial chegaram a somar mais de 16 milhões, mas foram dizimados pelo Holocausto.

Mais de 5 milhões foram mortos. Espalhados por todo o mundo eles retornaram como nação à antiga Palestina.

E surgiu em 1948 o Estado de Israel, onde esse povo continua a viver.

Sugiro ao leitor o estudo do meu livro O Judeu chamado Abraão, onde a vida do Patriarca é focalizada e lança muitas luzes sobre a origem desse povo.

POR DAVID GOMES www.ebar.com.br

sábado, 30 de agosto de 2014

JUDAS -A BÍBLIA RESPONDE 148. COMO SE PODE EXPLICAR O FENÔMENO DE JUDAS E SUA TRAIÇÃO. TERIA ELE SIDO OBRIGADO A CUMPRIR O PAPEL DE TRAIDOR?

JUDAS -A BÍBLIA RESPONDE

148. COMO SE PODE EXPLICAR O FENÔMENO DE JUDAS E SUA TRAIÇÃO. TERIA ELE SIDO OBRIGADO A CUMPRIR O PAPEL DE TRAIDOR?

Quando lemos da escolha dos apóstolos feita por Jesus, aprendemos que houve um programa preparatório da parte do Mestre. Ele passou a noite em oração e ao amanhecer escolheu, selecionou, doze dentre milhares que o acompanhavam (Lc 6.12-16).

É evidente que Judas era um homem normal, mas sujeito as mesmas paixões que todos nós. Não houve farsa da parte de Jesus. Podemos ir além para dizer que Judas era o único membro do Colégio Apostólico que era da Judéia, a parte mais sagrada de Israel. Ele havia nascido em Keriote (Judéia), segundo Edersheim.

Judas tinha duas paixões, que o tempo se encarregou de revelar.

Ele gostava de dinheiro em demasia. Certa feita, quando em um jantar, lamentou o desperdício de amor de uma serva de Jesus e foi repreendido (Jo 12.6-8). Observa-se que João o identifica como sendo, no tempo, o tesoureiro do grupo e também usurpador!

A outra paixão de Judas, segundo Edersheim e outros intérpretes, era política. Ele sonhava com um Messias-Judeu, que se dispusesse a vencer politicamente. Este não era, todavia, o intento de Jesus. Era outra frustração do seu coração. A morte trágica de João Batista, sem nenhuma atitude defensiva de Jesus, parece ter lançado na paixão política do apóstolo.

Veio o tempo da Páscoa e ao tempo da instituição da Ceia do Senhor, memorial, Judas se assentou perto de Jesus. Edersheim chega marcar seu lugar próximo ao Mestre, como tendo sido, de forma, de honra. Jesus fez algum empenho para ver seu discípulo convertido.

Ao tempo da celebração, Jesus deixou bem claro que sabia que um dos doze havia de trair. Judas tinha estado no. Conselho dos Sacerdotes, na casa do Sumo-sacerdote Caifás, quando também escribas e anciãos se haviam reunido para decidirem sobre a forma de eliminarem o fogoso e popular pregador dos Judeus!

A presença de Judas teria sido gratificante a todos. Mais, ainda, ouviram de seus lábios que se dispunha a entregar o procurados pelo preço de um escravo,. Era pechincha que eles aceitaram com naturalidade e muita euforia.

Observemos que Jesus havia predito não somente sua traição para a morte, mas também o fato de algum outro que havia de negar três vezes! Tudo aconteceu como dito. Pedro negou a Jesus três vezes. Mas ao ouvir o canto do galo pela segunda vez, acordou à realidade de sua negação, procurou os olhos de Jesus e chorou amargamente. Judas teve oportunidade igual.

No curso da celebração da Ceia sentou-se ao lado de Jesus e presenciou o gesto de amor, quando o Mestre lavou os pés dos discípulos (Jo 13). Quando se encontrou com Jesus para beijá-lo, com beijo de amor (Kataphilein), ouviu de Jesus as palavras: - Amigo, a que vieste? (Mt 26.50). Esta teria sido uma chamada À sua consciência para que decidisse voltar atrás. Judas continuou no sono da sua indiferença e na noite de seu pecado, ao chegarem ao jardim para prenderem a Jesus, houve o fenômeno da queda dos quadrilheiro por terra (Jo 18). Era Jesus, demonstrando seu poder de Messias, Filho de Deus. Nada disto adiantou. Pedro foi traído pelo olhar e chorou amargamente. Judas, ao contrário, consolidou sua traição. Amigo que era do dinheiro, sentia o bater das moedas no bolso e se afeiçoa mais a elas, mesmo pela morte do Mestre.

É clara a lição: Andar com gente boa não torna ninguém bom.

Anotemos algumas lições:

1) Judas teve oportunidade de se tornar bom. Ele precisava querer, todavia. Não podemos culpar a Cristo pela queda e deserção de uma pessoa que viu o que Judas experimentou durante três anos;

2) Deus permite sua inclusão no grupo dos apóstolos, tendo em vista tornar sua falta inescusável;

3) Judas fez parte do Colégio Apostólico e desertou, mas a obra seguia em frente. A vitória de Cristo é e será perfeita, ainda que alguns dos seus seguidores mudem o rumo da caminhada.

POR DAVID GOMES www.ebar.com.br



sexta-feira, 29 de agosto de 2014

JOGO - A BÍBLIA RESPONDE 147. É LÍCITO AO CRENTE JOGAR NA LOTO OU OUTRAS LOTERIAS?

JOGO - A BÍBLIA RESPONDE

147. É LÍCITO AO CRENTE JOGAR NA LOTO OU OUTRAS LOTERIAS?

O princípio da loteria é que muitos vão perder para alguém se beneficiar. E dentre os muitos que perdem, estão os que tiram da boca dos filhos e da despesa do lar para jogar. Esse princípio torna clara a resposta. Aliás, não é prática do povo crente o jogo de qualquer tipo.

POR DAVID GOMES www.ebar.com.br

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

JESUS - A BÍBLIA RESPONDE 146. O JOVEM RICO PEDIU A JESUS PARA HERDAR O REINO DE DEUS. JESUS CORRIGIU A AFIRMAÇÃO DO MOÇO QUE O CHAMOU DE "BOM MESTRE". E JESUS DISSE QUE SOMENTE DEUS É BOM. SERÁ QUE JESUS É DEUS MESMO?

JESUS -  A BÍBLIA RESPONDE

146. O JOVEM RICO PEDIU A JESUS PARA HERDAR O REINO DE DEUS. JESUS CORRIGIU A AFIRMAÇÃO DO MOÇO QUE O CHAMOU DE "BOM MESTRE". E JESUS DISSE QUE SOMENTE DEUS É BOM. SERÁ QUE JESUS É DEUS MESMO?

Jesus quis trabalhar no pensamento do jovem, cujo coração ele sabia que era escravizado pelo dinheiro: -  Ao me chamares bom, aceitas mina Divindade ou reconheces apenas que sou bom Professor? 

Observemos, entretanto, que Jesus cita apenas os mandamentos da segunda tábua da Lei de Moisés, aqueles que diziam respeito ao homem da rua, a pessoa simples das caminhadas... Na conclusão, Jesus mostrou ao jovem rico que a salvação teria de vir numa atitude de desprendimento do que é material e a prioridade absoluta dada a Jesus como Diretor e Dirigente e Salvador de almas. E o moço rejeitou as condições e retirou-se triste.

Não há dúvida quanto a Divindade de Jesus.

Exatamente aqui se descobre a força do Mestre Jesus, como verdadeiro professor das almas: - Você me chama bom, meu jovem; somente Deus é bom; reconhece você na mina na minha pessoa, a Pessoa de Deus?

Jesus buscou uma reflexão do jovem. Ele queria ter certeza de que ali estava uma pessoa que, a exemplo de Pedro, reconhecia Sua Divindade. Este seria o caminho do verdadeiro trato da problemática da alma. Lamentavelmente, o moço que possuía muitas virtudes perdeu a salvação e retirou-se triste, "porque possuía muitas riquezas".

POR DAVID GOMES www.ebar.com.br

Reino de Deus e Mandato Cultural / Igor Miguel

Reino de Deus e Mandato Cultural / Igor Miguel

Igor possui uma vasta experiência em pesquisa Bíblica, especialmente sobre tudo o que diz respeito à Bíblia Hebraica. Como um cientista educacional, Igor ensina teologia e matérias relacionadas à exegese da Bíblia Hebraica em diversos institutos teológicos no Brasil. Ele está atualmente no estágio final de seu Mestrado em Língua Hebraica e Estudos Judaicos. 

Mais especificamente, Igor está conduzindo uma pesquisa sobre os elementos pedagógicos do Livro de Provérbios. Ele também fez diversos cursos sobre a história e a civilização judaica na Universidade Hebraica de Jerusalém, assim como um curso para educadores sobre a memória e os ensinamentos do Holocausto no Yad Vashem. 









O Massacre da Noite de São Bartolomeu / 24 de Agosto de 1572

O Massacre da Noite de São Bartolomeu / 24 de Agosto de 1572

 

O Massacre da Noite de São Bartolomeu / 24 de Agosto de 1572


Hoje, vamos relembrar a história do massacre da noite de São Bartolomeu, que aconteceu em 24 de agosto de 1572, em Paris. Nesta data, a casa real francesa organizou uma matança generalizada contra religiosos protestantes que comemoravam o casamento do seu líder Henrique de Navarra com Margarida Valois. As matanças duraram vários meses e se espalharam por outras cidades francesas. Ao todo, entre 30 mil e 100 mil protestantes franceses, chamados huguenotes, foram brutalmente assassinados.
Massacre de São Bartolomeu - François Dubois
O tema pode ser uma boa pedida para explicar aos alunos a hierarquia das sociedade europeias medievais e a influência da Igreja no poder político.

A motivação do massacre


Catarina de Médici
A Igreja Católica tem muita importância histórica nos conflitos políticos da Europa medieval. Colocada como no topo da sociedade hierárquica, a Igreja era vista como o poder de Deus na terra, e fervorosamente adorada por seus fieis. Conforme o protestantismo passou a ganhar força, principalmente no final do século XV e início do século XVI, a Igreja Católica tratou de criar pequenos conflitos armados para proteger seu legado.
No caso da França do século XVI, o maior poder estava concentrado nas mãos da Igreja e não no rei. Todavia, vale lembrar que a Igreja era controlada por nobres franceses. Isso quer dizer que mesmo não sendo governada pelo rei, a nobreza dominava a política francesa atendendo a seus interesses exclusivos.
A proposta de reforma no clero significava a perda de poder dos príncipes. Nesse sentido, a família Guise, influente na sociedade francesa do século XVI, ficou à frente da batalha pela preservação do status quo da nobreza na França.
A rainha francesa, Catarina de Médici, era reconhecida por sua frieza e pelo seu instinto de poder. Dois anos antes, Catarina havia assinado o tratado de paz de Saint-Germain, em que propunha trégua aos protestantes ou huguenotes. Todavia, a sua atitude foi vista com maus olhos pela família Guise. Do lado protestante, a rainha incomodava-se com a influência que Gaspard de Coligny, almirante francês e líder huguenote tinha sobre o seu filho, o rei Carlos IX.
Prevendo o conflitos, a rainha precisou escolher um lado: o dos católicos. Assim, ela se antecipou aos católicos ordenando o massacre dos líderes protestantes.

Fim (da trégua) de casamento

Naquele dia 24 de agosto, estava marcado o casamento de Henrique, rei de Navarra e chefe da dinastia dos huguenotes, e Margarida Valois, princesa da França, filha do falecido rei Henrique II e de Catarina de Médici, e irmã de Carlos IX. O casamento foi arranjado para cessar as lutas religiosas entre católicos e huguenotes que predominou na França durante anos, com assassinatos, depredações e estupros.
Milhares de huguenotes e de católicos foram convidados para participar da celebração em Paris. Mais tarde, eles saberiam que tudo não passava de uma armadilha francesa preparada pela nobreza francesa. A família Guise observava com profunda desconfiança a cerimônia ao lado da catedral de Notre Dame. Vale lembrar que a cerimônia não foi realizada dentro da  catedral. O noivo protestante não deveria entrar na Notre Dame, ou assistir à missa. Diante do portal ocidental da catedral, foi construído um palco sobre o rio Sena, no qual se celebrou o matrimônio. Margarida não respondeu com um “sim” à pergunta se desejava desposar Henrique, mas com um aceno positivo com a cabeça. Como era comum na época, o casamento tinha motivação exclusivamente política.
 Poucos dias depois da cerimônia, o almirante Coligny sofreu um atentado em rua aberta. O líder huguenote teve apenas ferimentos leves. Ainda assim, os huguenotes pressentiram uma conspiração. Estava em perigo a trégua frágil, lograda através do casamento. Por trás do atentado, estavam os Guise e Catarina. Carlos, o rei com olhar de louco, ficou furioso ao saber do atentado a Coligny, seu conselheiro e confidente. Os católicos espalharam então o boato de que os huguenotes estavam planejando uma rebelião para vingar-se do atentado.



Carlos foi pressionado pela mãe e vacilou. Mas cedeu, finalmente, e ordenou a execução de Coligny. O rei exigiu um trabalho completo: não deveria sobrar nenhum huguenote que pudesse acusá-lo posteriormente do crime. Coligny foi assassinado com requintes de crueldade na noite de São Bartolomeu. Com ele, outras milhares de pessoas que professavam a mesma fé.
Henrique de Navarra sobreviveu à noite de São Bartolomeu nos aposentos do rei, que tinha dado a ordem para o massacre. Henrique teve de renegar sua fé e foi encarcerado no Louvre. Quatro anos mais tarde, ele conseguiu fugir. Retornou ao seu reino na Espanha e, anos depois, subiu ao trono francês.

 Henrique, que permaneceu católico, mas irmão espiritual dos huguenotes, concedeu-lhes a igualdade de direitos políticos através do Édito da Tolerância de Nantes. Uma compensação tardia para os huguenotes. Henrique defendia a coesão do país: “A França não se dividirá em dois países, um huguenote e outro católico. Se não forem suficientes a razão e a Justiça, o rei jogará na balança o peso da sua autoridade.”
  

Moeda cunhada na França por ordem do Papa Gregório XIII.



Uma dica de filme para trabalhar o assunto em sala de aula é o  filme Rainha Margot:


Gênero: Drama
Direção: Patrice Chéreau
Elenco: Isabelle Adjani, Daniel Auteuil, Vincent Perez, Virna Lisi
Idioma: Francês
Sinopse: No século XVI um casamento de conveniência é celebrado com o intuito de manter a paz. A união entre a católica Marguerite de Valois, a rainha Margot (Isabelle Adjani), e o nobre protestante Henri de Navarre (Daniel Auteuil) tinha como meta unir duas tendências religiosas. O objetivo do casamento foi tão político que os noivos não são obrigados a dormirem juntos. As intrigas palacianas vão culminar com a Noite de São Bartolomeu, na qual milhares de protestantes foram mortos. Após isto Margot acaba se envolvendo com um protestante que está sendo perseguido. Filme completo abaixo. 





quarta-feira, 27 de agosto de 2014

JESUS - A BÍBLIA RESPONDE 145. OUÇO AFIRMAÇÕES QUE SEUS É DEUS; MAS LEIO EM Jo 14.28 SUA AFIRMAÇÃO QUE DEUS É MAIOR DO QUE ELE. COMO ENTENDER?

JESUS - A BÍBLIA RESPONDE

145. OUÇO AFIRMAÇÕES QUE SEUS É DEUS; MAS LEIO EM Jo 14.28 SUA AFIRMAÇÃO QUE DEUS É MAIOR DO QUE ELE. COMO ENTENDER?

O Cristo encarnado tornou-se pequeno e nasceu numa estrabaria. Paulo apóstolo fala sobre isto em Fp 2.6-11. Ele comenta o esvaziamento do Messias de Deus. O mesmo apóstolo comenta com muita beleza a realidade de Cristo, que, sendo rico, por amor de nós se fez pobre! Um dos nossos poetas cantou em belos versos que Jesus viveu de coisas emprestadas. Seu barco era emprestado, o jumento que cavalgou ao encontrar em Jerusalém era emprestado, o quarto da celebração da Ceia era emprestado e foi também o seu túmulo. Este, sem dúvida, o majestoso preço da nossa salvação.

Cristo, Deus eterno, se tornou no Jesus da História, homem, para nos salvar.

POR DAVID GOMES www.ebar.com.br

terça-feira, 26 de agosto de 2014

JESUS - A BÍBLIA RESPONDE 144. IRMÃOS DE JESUS. ERAM PRIMOS OU IRMÃOS REAIS?

JESUS - A BÍBLIA RESPONDE

144. IRMÃOS DE JESUS. ERAM PRIMOS OU IRMÃOS REAIS?

A interpretação natural dos textos reconhece como legítima a informação da família, tomando em conta, evidentemente, a cultura e pensamento dos judeus a respeito de filhos e filhas (Sl 127.3-5, 128.3-4). Edersheim, grande autor e também judeu, aceita esta como sendo a posição mais normal.

O arquidiácono Morris "irmãos" fossem filho de José do primeiro matrimônio. Surgem duas perguntas que nos parecem dignas de ser mencionar logo de início: Como poderia José ter sido considerado descendente de Davi se tivesse tido outro casamento? Onde teriam ficado os seis órfãos, quando da viagem de José e Maria a Belém, em tempos quando aquela viagem seria de longa duração? E durante o tempo no Egito?

Observe-se que o caminho natural seria aceitar que José e Maria tiveram relações normais no seu casamento, depois do nascimento de Jesus.

Na História de José, o Carpinteiro, livro apócrifo, encontra-se uma afirmação que criou outra escola de pensamento. "José era pai de quatro filhos homens e várias filhas, num primeiro casamento. Seus filhos Justo e Simão e suas filhas Ester e Tamar casaram-se formando seu próprio lar. Mas Judas e Tiago, o menor, permaneceram com a Virgem em casa. Eu também permaneci com eles  (uma referência talvez a Jesus) ainda que não me considerassem pleno irmão. Passei todos os dias de minha vida e eles sempre me consideravam obediente, e sempre submisso ao que diziam" (citado pelo Deão Farrar).

Lembremos que a citação é de um autor apócrifo. Mas temos de reconhecer que representa uma classe numerosa de adeptos que aceitam a informação, como para defender o dogma católico que que Maria permaneceu para sempre virgem.

Temos, entretanto, outra posição e esta goza da paternidade de Jerônimo, considerado entre os chamados Pais da Igreja. Na sua interpretação, Jesus era primo dos demais. Maria teria tido uma irmã ou uma meia-irmã de mesmo nome. Esta teria se casado com Alfeu ou Clopas, nascendo os chamados irmão de Jesus dessa união. Seriam, neste caso, primos.

Chamo a atenção de todos para dois textos da Bíblia. Em Mt 1.25, aprendemos que José não a conheceu sexualmente "até que deu à luz o seu filho primogênito". Por que primogênito? Lucas entra na mesma linha de seu colega evangelista e registra no cap. 2.2: "e deu à luz a seu filho primogênito". A Bíblia, evidentemente, segue o natural no caso, que é nossa opinião.

As três escolas acima discutidas tomam nome de seus autores ou defensores:

Epifaniana, é a escola que admite o primeiro casamento de José, quando nasceram os filhos chamados "irmãos" nos Evangelhos.

Hieronymania é a escola da Igreja Romana. Teria sido originada por Orígenes, dando como primos os chamados irmãos.

Helvidiana era a escola que defendia o texto como natural. Maria e José teriam tido vida normal depois do nascimento de Jesus.

Helvídio, ao defender a idéia, se baseava também em Tertuliano. O leitor poderá encontrar a base bíblica nos textos: Mt 12.46-50, 13.55-56, Mc 6.3; Jo 2.12, 7.1-4; At 1.14, e 1Co 9.5.

POR DAVID GOMES www.ebar.com.br


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

JESUS - A BÍBLIA RESPONDE 143. SERÁ QUE JESUS ESTÁ MESMO VISITANDO ESTE MUNDO DE INIQUIDADE?

JESUS -  A BÍBLIA RESPONDE

143. SERÁ QUE JESUS ESTÁ MESMO VISITANDO ESTE MUNDO DE INIQUIDADE?

Certamente que sim.

Não me refiro apenas àqueles que sentem o perdão dos seus pecados e se alegram no pulsar do coração pela presença de Cristo. Ali está o testemunho daquela mãe: "Pastor, quando o senhor pediu que subisse ao altar os que desejassem  depositar ali os problemas, subi com o coração dorido pelo problema de minha filha. Já ali no altar senti inexplicável alívio e hoje, segunda-feira, em palestra com minha filha, senti uma imensa vitória com Deus." O conselho que daremos a todos quantos desejam é apenas o que Jesus nos faz na página final da Revelação (Ap 22.11-21).

*dorido = triste

POR DAVID GOMES www.ebar.com.br

domingo, 24 de agosto de 2014

JESUS. A BÍBLIA RESPONDE 142. POR QUE JESUS TERIA ESCOLHIDO JUDAS, SE PASSOU A NOITE EM ORAÇÃO ANTES DE ESCOLHÊ-LO, CONFORME Lc 6.12-16?

JESUS. A BÍBLIA RESPONDE

142. POR QUE JESUS TERIA ESCOLHIDO JUDAS, SE PASSOU A NOITE EM ORAÇÃO ANTES DE ESCOLHÊ-LO,  CONFORME Lc 6.12-16?

Recomendamos a dificuldade de se explicar seu ponto de dúvida.

Lembremos que sobressai na problemática de se explicar muitas coisas a realidade maravilhosa do que chamamos "Cristologia", quando se estuda o tema belíssimo da Teologia!

A. B. Bruce, no seu monumental trabalho The Training of the  Twelve, entra na consideração pedida na sua pergunta de modo sábio. Primeiro, declara, Judas não foi escolhido para se tornar o traidor e aquele que havia de cumprir o que estava previsto; segundo, Judas,  por todas as aparências, era normal e obediente. Na sua opinião, no campo do colegiado, nenhum dos apóstolos sentia algo errado em Judas. Mas Jesus o sentia e sabia, como testifica sua afirmação feita de que um deles o havia de trair. Todavia, somente depois da lavagem dos pés dos discípulos (Jo 13), Jesus o expulsa do meio dos seus companheiros.

Lembra-nos Bruce a capacidade que homens da História tiveram  de segurar a mascara por muito tempo. No tempo da Bíblia, Balaão se sobressaía. Falava melhor do que muitos, mas podia cumprir os desejos dos mórbidos do seu coração, como nos diz o texto  de Nm 31.15-16:

"Disse-lhes Moisés: - Deixaste viver todas as mulheres? Eis que estas, por conselho de Balaão, fizeram prevaricar os filhos de Israel contra o Senhor."

O outro exemplo citado pelo autor e o de Robespierre, que na juventude renunciou ao cargo de Juiz, tendo em vista a repugnância que sentia em condenar um criminoso à pena de morte. Mais tarde, entretanto, guilhotinou milhares no tempo da Revolução Francesa! E não lhe pareceu ter pesado a consciência. Alcebíades é também citado; sempre ligado às causas morais mais dignas, era, no fundo, licencioso e mau.

Judas, segundo Bruce, teria tido todos os pontos positivos de aparência, qualificando-se para o Colegiado dos Apóstolos, ainda que o tempo revelasse a falta de estrutura para tanto.

Deixando o autor de lado, ouso dizer que o exemplo de Judas destaca pontos muito interessantes. Primeiro, a capacidade da vontade humana de resistir até aos ensinos  maravilhosos de Jesus! Judas demonstra a impossibilidade de alguém ser de verdade ALGUÉM, senão pela ação maravilhosa do Espírito Santo na conversão da alma e do coração de uma pessoa.

POR DAVID GOMESwww.ebar.com.br

sábado, 23 de agosto de 2014

O Credo e Metodologia de Columba / Gilson Santos - IGREJA PRIMITIVA/CREDO/CONFISSÃO

O Credo e Metodologia de Columba / Gilson Santos


O Pacto de Lausanne / 1974 / Suíça - IGREJA PRIMITIVA/CREDO/CONFISSÃO

O Pacto de Lausanne / 1974 / Suíça

O PACTO DE LAUSANNE- 1974, NA SUÍÇA

Sumário
Introdução


1. O Propósito de Deus
2. A Autoridade e o Poder da Bíblia
3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo
4. A Natureza da Evangelização
5. A Responsabilidade Social Cristã
6. A Igreja e a Evangelização
7. Cooperação na Evangelização
8. Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização
9. Urgência da Tarefa Evangelística
10. Evangelização e Cultura
11. Educação e Liderança
12. Conflito Espiritual
13. Liberdade e Perseguição
14. O Poder do Espírito Santo
15. O Retorno de Cristo
Conclusão

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Lausanne, na Suíça é o lugar em que ocorreu Congresso Internacional em 1974. Líderes cristãos de 150 países compareceram, e daí surgiu o Lausanne Committee for World Evangelization (Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial). Esse congresso também estabeleceu um pacto, este que você lê abaixo. Este pacto foi assinado por 2.300 evangélicos que se comprometeram a ir mais a fundo no compromisso com a evangelização mundial. Desde então o pacto tem sido uma referência para igrejas e missões. Eu não poderia deixar de postar sobre o Pacto de Lausanne e alguns trechos do Livro sobre o Pacto de Lausanne, que marcou a minha vida e o meu amor por Cristo e pelo Evangelho.
Introdução 

Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e dasafiados pela tarefa inacabada da evangelização. Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça, decidimos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto.

1. O Propósito de Deus
2. A Autoridade e o Poder da Bíblia

3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo

Afirmamos que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se deu uma só vez em resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e o homem. Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de Deus. Proclamar Jesus como "o Salvador do mundo" não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.
4. A Natureza da Evangelização

Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo.

5. A Responsabilidade Social Cristã

Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.

6. A Igreja e a Evangelização

Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de serviço sacrificial da igreja a evangelização é primordial. A evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas.
7. Cooperação na Evangelização

Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo, e para o compartilhamento de recursos e de experiências.

8. Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização

Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel dominante das missões ocidentais está desaparecendo rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante auto-exame que as levem a uma avaliação correta de sua eficácia como parte da missão da igreja.

9. Urgência da Tarefa Evangelística

Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições para-eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.
10. Evangelização e Cultura

O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões, muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.

11. Educação e Liderança

Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm sido muito remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas justas responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de liderança não em termos de domínio, mas de serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiáticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.

12. Conflito Espiritual

Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salva guardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. A igreja tem que estar no mundo; o mundo não tem que estar na igreja.
13. Liberdade e Perseguição

É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem impedimentos. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que foram injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Não nos esqueçamos de que Jesus nos previniu de que a perseguição é inevitável.

14. O Poder do Espírito Santo

Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.

15. O Retorno de Cristo

Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.
CONCLUSÃO

Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia!


Conteúdo do Livro:

Congresso Internacional de Evangelização mundial. Suíça- 1974, mais de 150 nações, 2.700 participantes líderes e 4.000 congressistas.


Conflito Espiritual

Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar a sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração.
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O Congresso Internacional de Evangelização Mundial, realizado em 1974 em Lausanne, Suíça, não foi somente um evento marcante na vida de 4.000 congressistas vindos de muitos países. Ele desencadeou um movimento de evangelização de grupos humanos concretos, que antes não contavam com a presença cristã significativa, como também deu impulso a uma reflexão teológica sobre assuntos relacionados com a evangelização do mundo. Na verdade, o movimento de Lausanne é um interessante experimento de convívio entre peritos em estratégia missionária (os práticos) e peritos em teologia (os teóricos); convívio, aliás, por vezes tenso, mas frutífero e criativo.
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Entre várias reinterpretações populares hodiernas de Jesus, encontram-se Jesus o revolucionário violento, Jesus o palhaço de circo(ver godspell) E Jesus o super-astro desiludido.
Contra essas fantasias da mente humana, devemos ser fiéis ao Jesus autêntico, o Cristo bíblico e histórico.Para melhor compreensão da soberania de Cristo, faça uma análise profunda no livro( carta) de Hebreus.

Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da Salvação e condenam-se à separação eterna de Deus.

Particularmente, não podemos falar acerca de missão ou evangelização sem primeiro falarmos acerca de Deus. Pois missão e evangelização não são novidades do homem moderno, mas parte do eterno propósito de Deus.
Jesus chamou o diabo de "mentiroso e pai da mentira" ( Jo 8:44). Ele odeia a verdade e está constantemente procurando induzir o homem ao erro.
O diabo usa armas tanto morais como intelectuais. Se ele não consegue induzir a igreja em erros, tenta corrompê-la com pecado e mundanismo. A Igreja tem que está no mundo; e não o mundo estar na Igreja ( 2 Co 4:2; 17:15).
O Senhor está conosco, Mt 28:19-20; At 1:8-11.
Falsos Cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo ( Mc 13:21-23; I Jo 2:18; 4:1-3).
" O Evangelho que pregamos precisa ser rico de conteúdo." E esse conteúdo precisa ser bíblico.

[Lausanne, Suíça, 1974]

www.lausanne.org/