Google+ O MEU POVO PERECE POR FALTA DE CONHECIMENTO.: janeiro 2016

domingo, 31 de janeiro de 2016

QUAL O VERDADEIRO NOME DE DEUS

CONHEÇA O VERDADEIRO NOME DE DEUS

Por: Alexandre Garcia

VOCÊ saberia dizer com certeza qual é realmente o verdadeiro nome de DEUS? Muitas pessoas sinceras, católicas ou evangélicas, não sabem realmente o nome do DEUS a qual servem.

Dia destes conversando com um conhecido evangélico ele pergunta: quem é esse tal de YAHWEH? Ao explicar que YAHWEH era o nome do DEUS ao qual ele servia, ele pergunta novamente: Como é que eu já li toda a Bíblia e nunca vi esse nome? E não deveríamos estranhar o fato de inúmeras pessoas não conhecerem O Nome divino, já que a maioria das Bíblias modernas que temos em mãos não nos apresenta DEUS pelo seu nome próprio, mas sim pelo seu titulo de SENHOR.

A IMPORTÂNCIA DE UM NOME

Talvez você se pergunte qual a importância de se saber o nome de DEUS. No que isso influenciaria em sua vida espiritual. Não basta conhecê-lo como SENHOR? Não basta conhecer à JESUS? Não basta saber que Ele existe? O que mudaria um nome? Em primeiro lugar, o nome é uma invenção do próprio DEUS. Ao Ele criar o primeiro ser humano, Adão, Ele próprio deu nome a Adão. Ao criar os animais, deu ao homem a incumbência de dar nomes a eles. E Ele próprio tem um nome. Um nome que todos iriam conhecer. (Ez. 39:7). Ao chamar pessoas para algum ministério, DEUS quase sempre muda seu nome, deixando-o conforme sua nova tarefa. Como vimos, nosso DEUS considera muito termos um nome; como poderia eu, nós, considerarmos menos? Portanto, é de suma importância sabermos sim, e divulgarmos que nosso DEUS, o SENHOR, tem um nome.

TÍTULOS

Deus tem um só nome, mas muitos títulos. Os dois títulos mais comum que Ele apresenta é justamente o título de DEUS e de SENHOR. Sim, DEUS não é nome, é um título que demonstra ao universo inteiro quem Ele é: ao saberem que Ele é DEUS sabe-se que Ele é o ser máximo no universo: máximo em poder, em autoridade, em sabedoria (...) Sabe-se que Ele deve ser o único a ser adorado, Afinal só Ele é DEUS e Criador da vida. O título tem por finalidade mostrar, em uma ou poucas palavras, quem é o ser que o usa e o que ele faz. Outro título fácil de encontrarmos é o titulo de SENHOR. Ele é assim chamado por ser Ele o SENHOR de nossas vidas. Aqui há algo interessante: costumamos adorá-Lo como o DEUS que é, e, da boca para fora, O honramos com nossos lábios chamando-O de SENHOR. Geralmente dizemos: "Paz no SENHOR"! Ou "que o SENHOR os abençoe"! Ou "louvemos o SENHOR". Mas o nosso coração esta longe do SENHOR. O queremos como SENHOR apenas nos lábios, mas não como O SENHOR de nossas vidas. O que significa isso? Significa que O queremos como DEUS, como SENHOR, apenas da boca para fora. Mas não O queremos como O SENHOR que guia nossos passos e nosso viver. DEUS tem outros títulos também, que não nos demoraremos aqui. Apenas os citaremos. Os outros títulos de DEUS são: ETERNO, CRIADOR, PAI, PAI DAS LUZES, PAIZINHO, ALTÍSSIMO, ALFA E OMEGA, JIREH (provedor), NISSI (nossa bandeira), RAPHA (nossa cura), SHALOM (nossa paz), TSIDKENU (nossa justiça), MACCADESHKEM (que santifica), SABAOTH (dos esxércitos), SHAMAH (está presente), ELYON (altíssimo), ROHY (meu pastor), HOSEENU (nosso criador), ELOENÚ (nosso Deus), ELOÉ (vosso Deus), ELOAY (meu Deus) assim como também os já vistos SENHOR ('ADHONAY) e DEUS (EL) entre outros. De JIREH para cá, todos os títulos vem acompanhado de Seu nome. Ex.: YAHWEH SHALOM, que significa YAHWEH é nossa paz. Se você conhece mais algum outro título e quiser citá-lo aqui, esteja a vontade. Geralmente se confunde nome e títulos. Nome nós temos um. Algumas pessoas até mais de um, como minha esposa. Mas títulos temos muitos. Exemplo: Alguém pode se chamar Gustavo. Mas ter os títulos de Doutor, Mestre e Professor (...) Muitos são os Seus títulos, mas Ele nos dá apenas um só nome.

PRONÚNCIA MAIS POPULAR, PORÉM NÃO A MAIS FIEL

Quem nunca ouviu falar em Jeová? A pronúncia mais popular do nome de nosso DEUS, é cantada em vários hinos, e é parte integrante das Bíblias 'Tradução Brasileira' da SBB assim como também da inglesa 'King James', entre outras. Seja em países de língua inglesa, portuguesa ou outra qualquer, com pequenas variações como um "H", por exemplo, Jeová é o nome mais conhecido de nosso DEUS. Embora seja a pronúncia mais popular, está longe de ser a mais fiel ao original hebraico. Na realidade, o nome Jeová foi criado meio que sem querer. Hebreus massoretas (séc. X aproximadamente) inventaram de introduzir as vogais de 'ADHONAY (SENHOR em hebraico - ou meu SENHOR) nas consoantes YHWH. O objetivo original dos massoretas ao acrescentar as vogais de 'Adhonay ao tetragrama, era de que os leitores ao se depararem com  YHWH, deveriam pronunciar 'Adhonai, como já vinha sendo pronunciado pelos judeus antes mesmo de CRISTO. Jamais, em momento algum tiveram eles a intenção de inventar um novo nome para DEUS, chamando-o erroneamente de Jeová.
"Toda vez que os massoretas achavam que algo devia ser lido de maneira diferente do que estava escrito no texto, colocavam suas sugestões de mudanças na margem,  não mudavam o texto em si. Um exemplo é a leitura do nome de Deus, que consiste das quatro consoantes hebraicas YHWH ( chamadas tetragrama), que provavelmente era pronunciado Yavé nos tempos antigos. Mas durante séculos os judeus devotos, temendo profanar o nome santo, não o haviam pronunciado. Em vez disso, quando chegavam ao nome YHWH, diziam Adhonai, "Senhor". Os massoretas, leais a seu principio de não modificar as Escrituras, deixavam as quatro consoantes hebraicas YHWH onde quer que as encontrassem, mas acrescentavam a elas as vogais da palavra 'Adhonai. Todo leitor judeu iniciado que chegasse a essa palavra leria, portanto, 'Adhonai, embora encontrasse apenas as vogais da palavra 'Adhonai acrescentadas às consoantes YHWH. Uma vez que esse principio não era conhecido pelos cristãos quando começaram a usar a Bíblia hebraica nos primeiros tempos da Reforma, o nome de Deus foi transliterado como Jeová e pronunciado da mesma forma". (Comentário Bíblico Adventista, pág. 11 -  Vol. 1).
Jeová é portanto um nome hibrido que não lembra em nada as consoantes do tetragrama hebraico.
Veja que o tetragrama (יהוה) transliterado para o português, fica YHWH. Agora comparemos este tetragrama (YHWH) passo a passo, desde as inserções das vogais pelos massoretas até chegar ao nome Jeová, nome este difundido no meio cristão pela primeira vez pelo católico e confessor do Papa Leão X, Petrus Galantinus (1518) (THOMPSON, 1992) - e defendido hoje em dia ardorosamente, vejam só, pelas Testemunhas de Jeová.
(As letras maiúsculas e em vermelho são as originais).
יהוה - quatro letras hebraicas. Escritas da direita para a esquerda, foram estas letras que os profetas hebreus escreveram em seus autógrafos (escritos) originais. Há cerca de 6.828 citações deste tetragrama em todo o Tanak, livro sagrado dos judeus que corresponde ao nosso Antigo Testamento. Da direita para a esquerda temos: ([י] Yud - [ה] Hey - [ו] Waw - [ה] Hey). Mais ou menos como no português, onde temos por exemplo uma letra neste formato "L", e que se pronuncia "Ele", para a letra que tem esta outra forma, "B" temos a pronuncia "Bê" e para a letra "J" temos a pronuncia "Jota".
YHWH - as letras originais do tetragrama hebraico vistas acima, transliteradas - transliterar é transcrever a escrita de um alfabeto em outro -  em nosso alfabeto;
YaHoWaH - as três letras em minúsculo, são vogais da palavra hebraica "Adhonay" incluídas entre as consoantes pelos massoretas;
YeHoWaH - a primeira vogal "a" é substituída pela vogal " e".
jeHoWaH - Transferiu-se o "Y" por "J" para se adaptar ao alfabeto latino. Esta forma ficou imortalizada em inglês através da Versão Autorizada King James;
jeová - forma de como ficou o nome divino visto acima após a inserção das vogais; retirada dos dois "agás" e troca do "Y" por "J".
Note que nesta forma de nome, em português, não sobrou ao menos uma única letra original do tetragrama para contar a história. Portanto, Jeová, nada mais é do que a falta de conhecimento dos cristãos pós massoretas em entender o porque de eles terem inserido estas vogais entre as consoantes; e transliterando YHWH com as vogais de 'Adhonay para o nosso alfabeto, lia-se então Jeová. As vogais, porém, não estavam lá para mudar-se o nome divino, mas apenas para que todo o leitor que se deparasse com o tetragrama, lembrasse de ler 'ADHONAY, ou seja, SENHOR. Jeová, portanto, pode até ser uma forma respeitosa de se chamar a DEUS, mas nunca pretendeu ser o Seu verdadeiro nome.
Um verdadeiro cristão, um verdadeiro servo do DEUS Altíssimo, chamaLo-á pelo seu verdadeiro nome, deixando a forma católica e jeovista de lado.

Vejamos o que diz o Dr. David H.Stern (Doutor em economia pela universidade de Princeton; Prof. da universidade da California; Mestre em Teologia pelo Seminário Teológico Fuller trabalhando na University of Judaism e autor da Bíblia Judaica: Tanakh e B'rit Hadashah) sobre o nome Jeová:

"O nome ‘’Jeová’’ é invenção moderna, um híbrido baseado nas quatros letras hebraicas numa transliteração em alemão J.H.V.H com as vogais individualmente".

"O mais antigo exemplo que se conhece do emprego da palavra Jeová é do ano 1.518 d.C. É originada da má compreensão de um termo hebraico cujas consoante são YHWH."
Dr. João Batista Ribeiro, Pr. Mestre em Ciência da Religião e professor de hebraico bíblico, pela Universidade Metodista de São Paulo. Dicionário Bíblico, pág. 241.

"A pronúncia Jehovah é um erro resultante entre cristãos por combinar as consoante YHWH com as vogais de Adhonay".
Enciclopédia Americana.

"Jeová. Forma falsa do nome Divino 'Yahweh’"
Wew Catholic Encyclopedia. (Nova Enciclopédia Católica).

(Jeová) "Palavra mal pronunciada do hebreu YHWH, o Nome de Deus. Esta pronúncia é gramaticalmente impossível, a forma Jehovah é uma possibilidade filogica".
The Jewish Encyclopédia, pg 160 - (Enciclopédias Judaica).

"Erro de pronúncia do tetragrama. Ou palavra de quatro letras do nome de Deus. Composta pelas letras hebraicas Yod- He- Waw- He. A palavra Jehovah, portanto, não faz sentido em hebraico’’.
The Universal Jewish Enciclopédia. A Enciclopédia Judaica Universal)

"Jeová é uma ironia do nome divino do Deus da aliança de Ysrael".
Nova Enciclopédia Schaff Herzog.

"Jeová é uma forma artificial".
The Interpreters Dictionary of the Bible (Dicionário dos Interpretes da Bíblia)

"As vogais de uma palavra com as consoantes de outra foram lidas erradamente como Jeová".
Enciclopédia International.

"Quando os eruditos cristãos da Europa iniciaram o estudo do hebraico bíblico eles não compreendiam o que isto realmente significava, e introduziram o nome híbrido Jehovah. A verdadeira pronúncia do nome YHWH, nunca foi perdia. Vários escritores do grego no primeiro séculos da igreja cristã afirmavam que o nome era pronunciado "Yahweh". Isto é confirmando ao menos pelas vogais da primeira sílaba do nome. A forma curta de Yah que é algumas vezes usada em poesia. Ao menos até a destruição do primeiro templo no ano de 586, a.C. este nome era regularmente pronunciado com suas próprias vogais, como está claramente dito nas cartas de Laquis, escritas não muito depois desta data. Mas a pronúncia do nome YHWH foi evitada, e Adonai, "O Senhor" a substituiu".
Enciclopédia Judaica de Jerusalém, pág. 680, vol. 7.

"Se bem que favoráveis a opinião de que a pronúncia 'Yahweh' seja a mais correta, nós preferimos adotar a forma 'Jehovah' pelo fato de já ser bem conhecida pelo povo desde o fim do séc. XVI".
Comissão de Tradutores das Testemunhas de Jeová na introdução da "The Kingdom Interlinear Translation off the Greek Scriptures", pg. 23.

Veja que coisa interessante: Até mesmo as Testemunhas de Jeová - ao menos as mais esclarecidas - entendem e concordam que YAHWEH é a forma mais fiel ao tetragrama YHWH. Porém, por razões próprias escolheram a forma hibrida Jeová. E hoje em dia, por razões óbvias,  não podem - e nem querem - passar a chamar a DEUS pelo Seu próprio nome, YAHWEH. Prefere-se chamar e divulgar um nome que é gramaticalmente impossível, dizendo-se apenas que não importa como O chamaremos, desde que entendamos que seja um nome para Ele.

Imagine eu, Alexandre, chegar em outro país por exemplo, e lá me chamarem de "Alecsandro". Eu diria: - "Não, meu nome é Alexandre". Mas as pessoas me diriam: -"Ah... nós achávamos que era Alecsandro. Mas  agora deixa assim mesmo. Todos o conhecem por Alecsandro. O que importa é que criamos um outro nome para você, e o chamamos por esse nome". Eu te pergunto: Iriam estar me chamando pelo nome correto? Claro que não. E o pior é que ainda estariam ensinando a seus compatriotas erradamente o meu nome, mesmo sabendo a forma correta dele. Na realidade o que houve foi apenas uma mudança de posição; antes: "Jeová É a versão portuguesa do tetragrama hebraico JHVH" - [Raciocinamos Fazendo Uso das Escrituras, pg. 155], agora, diante das provas incontestáveis que o nome de DEUS não é Jeová, prefere-se dizer: "a pronuncia original do nome de Deus não é mais conhecida (...) isto não é importante". [O nome divino que Durará para Sempre, pg. 47].
Me perdoem se estou sendo taxativo, mas há a necessidade de se fazer esclarecer. Quanto mais se apregoa que o nome de DEUS é Jeová, como um dia eu também cheguei a acreditar, mais há de se ter que esclarecer a grafia correta: יהוה em hebraico e YHWH no alfabeto latino. Quanto a pronúncia, há ainda muita discussão pois - יהוה - transliterado como YHWH, - parece ser impronunciável. Mas judeus massoretas cuidaram em criar sinais vocálicos para nossa melhor pronunciação. Antes das vogais serem adicionadas ao texto consonantal no século VII de nossa era, a vocalização era inconstante, variando através dos séculos e em vários países.  Em certo número de casos, por exemplo a LXX e outras versões antigas leram as consoantes do texto, mas vocalizaram-nas diferentemente.
Alguém poderia ler ptt como pateta, patota, e patativa, por exemplo.
Os massoretas inventaram um sistema de dez sinais com variação para as vogais, a, e, i, o, u. O objetivo destes sinais era preservar a melhor pronúncia do texto hebraico.

O NOME MAIS APROPRIADO

Se Jeová, como vimos, realmente não é a pronúncia que mais bem representa o nome divino na língua portuguesa, embora de longe seja o mais conhecido e popular, como seria então este nome? Há na Bíblia alguma pista? Algo que nos acene à memória?
Há em nossas Bíblias uma palavrinha que muitas vezes nos passa despercebido, mas que nos é de grande valia: “Aleluia”! Esta palavra foi retirada do alfabeto hebraico e transliterada para o nosso alfabeto, o latino, ficando então da seguinte forma: “HALLELU YAH”.  O que tem esta palavra de tão interessante assim?
Quando YHWH inspirou os profetas, estes escreveram em seu alfabeto, o hebraico (עברית) – com poucas partes em aramaico. No alfabeto deles, de origem semita, “Aleluia” então originalmente foi grafado pelos profetas da seguinte forma: “הללויה”

(הללויה - em hebraico);   
(HALLELU YAH - palavra hebraica transliterada em alfabeto latino);
(ALELUIA – em português).

Mas afinal, o que significa Aleluia? Bem, a primeira parte da palavra, Hallelu (הלל) significa "Louvor"; a segunda parte da palavra é Yah (יה)  uma forma abreviada do nome de DEUS, o tetragrama YHWH -  יהוה). Yah escreve-se com as letras yod (י) e he (ה). Portanto, aleluia significa "Louvem YAH", ou "Adorem YAH". Quem é esse tal de YAH? YAH é a forma abreviada de YAHWEH - uma espécie de apelido, assim como temos Alex, forma abreviada de Alexandre. Há na Bíblia cerca de 25 vezes este tetragrama em sua forma diminuitiva, (Yah) como uma espécie de apelido. Assim como temos o diminuitivo de outros nomes: Alexandre (Alex) Fabiane (Fabi) Eduardo (Edu) Francine (Fran) e assim por diante. Perceba que todos os apelidos tem o fonema inicial do nome. Da mesma forma temos 25 vezes DEUS sendo chamado de YAH. E não de JEOH ou de YEOH... Esta forma abreviada do nome Divino, nos da uma ideia de qual o fonema certo para a primeira silaba do nome de DEUS. Não e Jeo, mas sim, YAH.
Veja em sua Bíblia a primeira passagem em que se encontra "aleluia":
"Desapareçam da terra os pecadores, e já não subsistam os perversos. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! Aleluia"! [Sl. 104:35]- ARA.
A versão em português "Almeida Revista e Atualizada" - ARA, não traz o nome YAHWEH onde no original em hebraico está [יהוה], ou seja: YHWH. Trás SENHOR. Não trás nem ao menos a forma incorreta Jeová. As versões de Bíblias modernas, trazem, SENHOR, ETERNO ou algo semelhante. Acabamos de ver a Almeida atualizada acima. Veja agora a versão Bíblia de Jerusalém:

"Que se acabem os pecadores na terra; e já não mais existam os ímpios. Bendiga a Iahweh, ó minha alma. Aleluia!" [Sl. 104:35] - B.J.

Perceba que a última sílaba de HALLELU - YAH, é a inicial de YAH - do nome YAHWEH. Portanto podemos ver que as primeiras letras do nome divino, não é Jeo, e sim Yah; forma abreviada do nome Divino.
"Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai montado sobre os céus, pois o seu nome é Iahweh, e exultai diante dele" - Sl. 68:4. -B.J.

Portanto, temos para YHWH, o seguinte:
YHWH - as letras originais do tetragrama hebraico vistas acima, transliteradas em nosso alfabeto;
YAH-   a primeira sílaba do nome divino corroborada pela última da palavra 'aleluia', ou seja 'louvem YAH';
YAH - WEH - a pronúncia mais correta do nome Divino, sendo reconhecida por católicos (Bíblia de Jerusalém), Testemunhas de Jeová, e pela grande maioria dos estudiosos hebraístas.

Em Êxodo 3:13, Moisés pergunta a DEUS qual era o Seu nome. No verso subsequente (14) DEUS responde à Moisés: "Ehyeh Asher Ehyeh", que segundo o Dr. David Stern, significa "EU SOU O QUE SOU / SEREI O QUE SOU / SEREI", e acrescentou: "Assim dirás aos filhos de Israel: "Ehyeh" (EU SOU ou EU SEREI) me enviou a vós". (vs. 15: E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: יהוה (Yud-Heh-Waw-Heh), Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome. Os filhos de Israel foram levados ao cativeiro babilônico em 606 a. C. aproximadamente e desde aquela época o nome de DEUS tem sido profanado, contaminado e substituído. Após o nome de DEUS ter sido quase esquecido e trocado por outro, segundo o profeta Daniel, o conhecimento do mundo aumenta (Dn. 12:4). E ele aumenta rapidamente na ciência, medicina, tecnologia (...) Com tudo isso, você não acha que o nosso DEUS esteja novamente revelando o Seu santo nome ao homem para que Ele seja adorado como Lhe convém?
"Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que só profetizam do engano do seu coração? Os quais cuidam fazer com que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu próximo, assim como seus pais se esqueceram do meu nome por causa de Baal". [Jer. 23:26-27]-BJ.
"E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo Israel, e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e os gentios saberão que eu sou Yahweh, o santo em Israel" - [Ez. 39:7]- BJ.

Como foi visto, a grande maioria de enciclopédias e hebraístas, também as próprias Testemunhas de Jeová, e eruditos judeus, concordam que o nome divino (YHWH) é mais apropriadamente transcrito como Yahweh. Em português, antigamente se escrevia Iavé, mas, segundo o novo acordo ortográfico, o "Y" e o "W" hoje em dia fazem parte do alfabeto brasileiro, podendo-se escrever YAHWEH, YAVÉ ou IAVÉ. Veja que eram retirados o Y, o H e o W. Letras que não existiam no Português, com exceção do H e eram substituídas por letras do nosso alfabeto que reproduziam o mesmo som: Y por I, e W por V. Hoje em dia, pode-se já, se quiser, escrever com as letras originais transliteradas.

CONCLUSÃO

Vimos então que no alfabeto original hebraico, o nome divino é יהוה; (da direita para a esquerda);
Para o alfabeto latino, translitera-se YHWH;
Em Inglês, Português e na grande maioria das línguas, o nome divino é YAHWEH;
Jeová é uma forma errada de se ler YHWH com as vogais de 'ADHONAY. Vogais incluídas pelos massoretas, e erroneamente inserida no meio cristão pelo confessor do Papa Leão X, Petrus Galantinus (1518);
Este post, de forma alguma pretende ser conclusivo e ou verdade absoluta. Mas diz o nosso DEUS: "E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo Israel, e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e os gentios saberão que eu sou Yahweh, o santo em Israel". [Ez. 39:7] - BJ.
Eu e você temos hoje o dever de tornar o nome do nosso DEUS conhecido perante o mundo. É claro que conhecer o nome de DEUS, não é garantia de conhecer à DEUS. Para conhecermos à DEUS, precisamos de comunhão diária com Ele, de intimidade. Intimidade não é chamar seu pai pelo nome. Não chamo a meu pai de Valdir. Não digo: "Valdir, você não viu meu casaco?" Digo: "Pai..."
Seja como for, há um só DEUS, e Seu nome é YAHWEH. Este UM SÓ DEUS, se revela a nós em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Mas isso é outra história. Que YAHWEH te abençoe hoje e sempre.

O NOME DIVINO (יהוה), EM DIVERSOS IDIOMAS

Alemão: Jahwe;
Azerbaijano: Yahweh;
Búlgaro: Яхве-Yakhve;
Bósnia: Jahve;
Bielo-russo: Яхве-Jachvie;
Coreano: 야훼- Yahwe;
Catalão: Yahweh;
Croata: Jahve;
Dinamarquês: Yahweh;
Espanhol: Yahweh;
Finlandês: Jahve;
Francês: Yahvé;
Grego: Гιαχβε - Giachvé;
Georgiano: იაჰვე- iahve;
Húngaro: jahve;
Holandês: Jahweh;
Hebraico: יהוה - Yhwh;
Irlandês, : Yahweh;
Inglês: Yahweh;
Japones: ヤハウェ Yahau~e;
Javanês: Yahweh;
Laosiano: Yahweh;
Lituano: Jahvé;
Português: Yahweh, Yavé;
Russo: Яхве- Yakhve;
Ucraniano: Яхве - Yakhve;
Vietnamita: Yahweh.

Referências

Bíblia Almeida Fiel - SBTB;

Bíblia de Jerusalém - Paulus Editora;

Bíblia Judaica Completa - David Stern;

Biblia ARA- SBB;

Comentário Bíblico Adventista, vol.1 pág. 11;

Dicionário Bíblico Hebraico e Grego Strong;

Enciclopédia Judaica;

Enciclopédia de Jerusalém.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O JUÍZO E A JUSTIÇA DE DEUS

O JUIZO E A JUSTIÇA DE DEUS

O caráter de Deus é tão santo que ele não pode pecar, nem aprovar qualquer tipo de pecado cometido por outros. O grande amor de Deus nunca faz com que ele renegue sua santidade neste sentido. Se ele fizesse isso, não seria amor verdadeiro. Se Deus aceitasse o pecado cometido por outros, ele seria participante deste pecado, portanto, ele se tornaria pecador também. E Deus não fará isso.

A experiência demonstra, de mil maneiras, que seguir os padrões de Deus traz bençãos, mesmo nesta vida terrena; desviar-se destes padrões, por outro lado, leva à total miséria.

Deus sempre faz o que é correto. Quando os homens pensam que Deus não agiu corretamente, é porque eles não compreendem os seus caminhos e o tempo irá provar que eles estavam totalmente enganados.

Meu desejo e minha oração é que você confie neste Deus vivo e verdadeiro, este Deus santo que nunca erra. Ele nunca irá pecar, nem tolerar o pecado.

Espero que você perceba pela sua própria experiência pessoal que seguir os padrões de Deus traz, de fato, bençãos.

A santidade de Deus não é passiva. A santidade de Deus é, obviamente, ativa na própria conduta dele. Mas, sendo ele o dominador do universo, ele tem que agir em relação à conduta dos outros. Ele precisa decidir não apenas o que é certo e o que é errado, mas ele precisa decidir QUEM está certo e QUEM está errado. Então, ele precisa decidir o que será feito com aqueles que agem de forma errada, e também a maneira pela qual serão recompensados os que agem corretamente.

Isso não é tudo. Deus tem que se assegurar que os seus decretos sejam executados. Ele é um Deus de amor, mas seu amor nunca abre mão da sua justiça. Se o seu amor for conceder misericórdia a alguém que foi condenado pela sua justiça, é necessário que haja uma maneira justa de se fazer isso, caso contrário este amor terá que seguir a justiça e o juízo.

Vamos tratar do assunto da justiça e do juízo de Deus, do fato de Deus ser um juiz. Vamos considerar seis pontos.

Primeiro: não há parcialidade nem favoritismo com Deus. Em I Pedro 1:17 Deus diz: E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação.

Observe que o Pai executa juízo segundo a obra de cada um. Ele faz isso sem acepção de pessoas. Deus não se importa se você é rico ou pobre, oriental ou europeu, estudado ou não estudado, homem ou mulher, religioso ou não religioso; Deus vai  te julgar, baseado na justiça e na santidade dele, sem qualquer favorecimento à sua pessoa.

Em Romanos 2:11, lemos novamente, Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas. Você não vai conseguir subornar Deus, nem impressioná-lo acerca de quem você é. Aquele que fez os céus, a terra, e tudo que neles há (Êxodo 20:11, Atos 4:24) não se deixará influenciar pelas coisas que você fez.

Deus julgará sem acepção de pessoas, porque diante dele, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade. (Salmo 39:5b).

Segundo: Deus julga os pensamentos e segredos dos homens, bem como suas ações exteriores.

Romanos 2:16 diz, No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho. Virá o dia em que Deus julgará, não apenas as coisas que você fez (que os outros homens viram), não apenas as palavras que você falou (que os outros homens ouviram), mas Deus julgará também os segredos do seu coração. Este é o Deus da Bíblia.

Em Lucas 12:1-3 está escrito: Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido. Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado. 

Você não está escondido. Todos os seus pensamentos, palavras, ações e obras são conhecidos por Deus. No dia do juízo, ele vai te chamar para prestar contas da vida que você viveu.

Terceiro: A lei de Deus para o homem tem sido proclamada pela consciência e pela Bíblia. Esta lei nunca pode ser alterada.

Novamente, em Romanos 2:14-15 a Bíblia diz, Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os.

Os céticos dizem, “Mas, e aquelas pessoas que viveram e morreram sem nunca terem possuído uma cópia da Bíblia em suas mãos para lerem?”.

Senhoras e senhores, estes versículos mostram que cada homem e mulher na face da terra têm dentro de si a luz vinda do Deus santo (João 1:9). A palavra de Deus não está escrita somente num livro, mas também está escrita nos corações dos homens que Deus criou. Você sabe, em sua consciência, que Deus existe. Você sabe, na sua consciência, que Deus é Todo-Poderoso. Você sabe, na sua consciência, que Deus é seu Criador. Você sabe, na sua consciência, que um dia você vai estar diante de Deus. E você sabe, na sua consciência, que você pecou contra ele.

A pergunta é, o que você vai fazer em relação a isso?

A lei perfeita de Deus para o homem também está proclamada nas páginas da Bíblia. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido (Mateus 5:18).

Ao invés de ficar discutindo sobre aquelas pessoas que não têm uma Bíblia, é melhor você se ocupar em obedecer a Bíblia que você tem. Você não vai se apresentar diante de Deus um dia e prestar contas por outra pessoa. Você não vai estar diante de Deus um dia para clamar pela causa de outro homem. Um dia, você vai estar diante de Deus e Deus vai te perguntar sobre VOCÊ, não sobre outra pessoa.

Quarto: Junto com a proclamação da sua lei, Deus anunciou a penalidade pela sua violação. Esta penalidade é a morte eterna.

Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados (Romanos 2:12).

Deixe isso fazer efeito na sua consciência, porque você sabe, ao ler o versículo, que ele está falando de você.

Amado, a questão não é quanta luz de Deus um homem tem, quando comparado com outro homem. A questão é, você obedeceu perfeitamente toda a luz que Deus deu a você? Você sabe que a resposta é: não.

A Bíblia diz em Romanos 3:23, Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.

Romanos 6:23 diz, Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.

O salário do pecado É, não “era”, nem “será”, mas o salário do pecado É a morte.

O que é pecado? É a violação da santidade de Deus. O pecado traz o juízo do Deus justo.

Quinto: Uma única violação de uma única lei, até mesmo no pensamento, já faz com que a pessoa mereça a punição. Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las (Gálatas 3:10). “Todo aquele”, significa que não há exceção a esta regra. “Todas as coisas” significa que não há desculpas aceitáveis. A pessoa tem que fazer todas as coisas, guardar todos os mandamentos, obedecer todos os jotas, tios e palavras da Escritura, ou então cairá debaixo da maldição de Deus. Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos (Tiago 2:10).

Isso precisa ser repetido várias e várias e várias vezes, porque há muitas pessoas que querem justificar a si mesmas diante de Deus, estabelecendo seu próprio padrão de justiça. O padrão de Deus é absoluta perfeição, sem pecado. A pessoa não pode transgredir nem violar nenhuma lei, durante toda a sua vida.

Querido leitor, você pode ver claramente que, pelos seus próprios méritos, obras ou feitos, nenhum homem tem a menor chance de ser aprovado pelo juízo de Deus baseado na sua própria justiça.

Sexto: Nenhum serviço apresentado, ou pedido de perdão, pode anular a execução da penalidade, a não ser que algum outro meio seja encontrado para satisfazer a justiça de Deus. Veja, Deus é um Deus justo. Seu juízo é imparcial. Ele não irá, ele NÃO PODE, perdoar o pecado até que alguém pague por aquele pecado.

Observando novamente a lei do Velho Testamento, no livro de Êxodo, encontramos esta afirmação claramente, Passando, pois, o SENHOR perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração. E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, adorou (Êxodo 34:6-8).

Nosso Deus é um Deus de misericórdia (beneficência). Nosso Deus é um Deus de graça. Nosso Deus é tardio em irar-se. Ele é um Deus de abundante bondade e verdade. Nosso Deus é um Deus que perdoa a iniqüidade, a transgressão, e o pecado, MAS ele não pode e não terá o culpado por inocente. Deus não pode tirar o pecado até que alguém pague a penalidade por aquele pecado. Isso explica porque aqueles que morreram na fé, antes de Jesus ter morrido na cruz, não podiam ir para o céu. Eles esperavam alguma coisa melhor (Hebreus 11:40) no seio de Abraão (Lucas 16), que iria permitir que os cativos fossem libertados (Efésios 4:8). Esta coisa melhor era o pagamento pelo pecado, feito por Jesus, que limpou a culpa.

A Bíblia afirma que a alma que pecar, essa morrerá (Ezequiel 18:20) e o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). Mas os pecadores estão vivos ao redor de nós. Isso ocorre porque Deus é misericordioso e gracioso. Por causa da sua longanimidade, Deus está esperando que os homens se arrependam. Mas não presuma, por causa disso, que estes homens não estão debaixo da sua condenação. Eles precisam ser limpos de sua culpa. Isso só pode ocorrer através da fé na expiação do sangue de Jesus Cristo.

No Novo Testamento, encontramos nas Escrituras o seguinte: Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada (Gálatas 2:16).

Nenhuma obra dos homens pode satisfazer a justiça de Deus. A Bíblia diz que o Senhor Jesus Cristo pagou a penalidade pelo teu pecado. O Senhor Jesus Cristo pagou pela tua transgressão. O Senhor Jesus Cristo levou tua iniqüidade no seu corpo sobre a cruz, e se você puser tua fé no Senhor Jesus Cristo você pode e será justificado.

Gálatas 2:21 afirma, Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde. Veja bem, se as obras, atos e ações de homens pecadores pudessem pagar pecados, então a morte do Senhor Jesus Cristo teria sido um ato debalde (ou seja, sem significado). Mas, meu amigo, é verdade sim, que a justiça não pode vir da lei, e que a justiça não pode vir por se guardar regras e mandamentos. Se é verdade que você só pode ser justo diante de Deus pela graça de Deus, através da fé no Senhor Jesus Cristo, então não frustre a graça de Deus. Deus quer te salvar. Deus quer te perdoar. Mas ele não pode fazer isso até que os teus pecados tenham sido pagos. Jesus Cristo pagou pelos seus pecados. Você vai confiar nele? Você vai crer nele? Você quer recebê-lo como seu Salvador e Senhor pessoal?

A ira e vingança de Deus são apenas outros termos para expressar a sua justiça. O significado destes termos sempre inclui uma punição justa pelo pecado. O termo “vingança” nunca é aplicável a Deus da mesma forma que é usado pelos homens. Deus nunca é “vingativo” neste sentido. Ele não revida aos homens por gratificação própria. O objetivo de Deus em punir o pecado é praticar a justiça; porque só é possível haver verdadeiro gozo e felicidade quando a justiça perfeita é exercida.

Na dispensação da graça, Deus traz outros juízos além da morte, mas estes são apenas temporários e não substituem o seu juízo final contra o pecado. Quantas vezes já ouvimos pessoas dizerem que os homens sofrem em guerras, em doenças, em pobreza, perdem seus entes queridos, sofrem tragédias na vida pessoal, e portanto eles sentem que seus pecados foram punidos e que não existe inferno. Muitas vezes ouvimos as pessoas dizendo “Eu estive numa guerra e aquilo era o inferno. Eu passei por uma doença e aquilo era o inferno. Eu sofri uma aflição terrível, aquilo era o inferno.”

Estas circunstâncias podem ter sido, sim, o juízo de Deus sobre o pecado. Nada disso jamais teria acontecido se não houvesse pecado no mundo. Mas isso não é o inferno.

O inferno é um lugar que arde em chamas (Lucas 16:23-24). O inferno é descrito como “trevas exteriores” (Mateus 25:30). O inferno é um lugar onde há pranto e ranger de dentes, onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga (Marcos 9:44-48).

Se você está vivendo e respirando, você não está no inferno, e você nunca esteve no inferno. E, ainda melhor, você não tem que ir para o inferno. Você pode ser salvo, crendo no Senhor Jesus Cristo. A única exceção para o julgamento de Deus é o homem receber o Senhor Jesus Cristo. Perceba que, os juízos temporários de Deus são na verdade atos de bondade, ainda que você não compreenda nem goste deles. Estes juízos são a forma de Deus te avisar  e te corrigir, antes que seja muito tarde.

Num juízo como o dilúvio dos dias de Noé, os ímpios foram destruídos para preservar a semente do justo. Quando Deus enviou fogo sobre Sodoma e Gomorra, os justos foram salvos. Quando Deus enviou o destruidor no Egito, na noite da Páscoa, Deus matou os primogênitos na casa de todos os incrédulos, mas os justos foram salvos.

Deus julga o pecado, mas Deus salva e livra o justo. Você e eu não somos justos. Jesus Cristo é justo. Temos que ir a ele. Temos que recebê-lo. Temos que crer e confiar nele, para salvação de nossa alma.

Amigo, você percebe que você é um pecador, e que você enfrentará o juízo de um Deus justo? Você quer vir até este Deus justo e ser honesto com ele? Ele já sabe que você é um pecador, mas ele está esperando você se arrepender deste pecado. Se você lançar sua alma aos pés do Senhor Jesus Cristo, e invocá-lo para que ele salve você, para que ele te perdoe, então ele te dará a justiça dele, o dom gratuito da vida eterna, o perdão total e gratuito de todos os pecados. Confie nele. Você quer fazer isso hoje?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

OS DEZ MANDAMENTOS NA ATUALIDADE

INTRODUÇÃO

Tenho percebido uma certa escassez literária quanto aos dez mandamentos. Realmente falta material que se aprofunde nesse tema e aborde os princípios do Decálogo de forma prática e atual. Atribuo essa escassez a dois aspectos:

•    Os judeus, receptores e guardiões dos dez mandamentos, acabaram diluindo-os em centenas de outras leis (havia mais de 248 mandamentos 365 proibições) que perderam o impacto e a força nas dez sentenças dadas por Deus.
•    Os cristãos, privilegiados pela “Lei do Espírito”, temendo incorrer no mesmo erro dos antigos intérpretes da Torah, de transformar os preceitos de Deus em um mero código escrito, evitam abordar esse tema de forma aberta e sem preconceitos por temer excessos e legalismos.

Penso que Yahweh deu os dez mandamentos como um presente à humanidade, sendo esses uma herança ao mundo sem direção. Essa dádiva é fruto do amor divino por sua criação e manifesta a essência da sua graça. Evidentemente uma mente corrompida sempre levará até mesmo a mais precisa verdade a extremos e extravagâncias que a deturpará e a transformará em um peso difícil de ser carregado.

“Decálogo” – Vem do grego deka (dez) e logos (palavra), ou seja, “dez palavras”.

Considerações Preliminares

O Princípio da Lei

Todo povo precisa ter leis, e até as tribos mais primitivas contam com sua legislação, formal ou informal.
Uma lei mostra um padrão a ser seguido pela sociedade.

Lei e Graça

Podemos reconciliar a Lei e a Graça. Se considerarmos aquelas obras como operações do Espírito, então a Lei e a graça são sinônimos. A Lei aponta para os princípios morais, e as operações do Espírito tornam-nos pessoas moralmente inclinadas, capazes de pôr em prática aquilo que a lei mosaica recomenda moralmente. Naturalmente, a letra mata. Por si mesmo, a lei nunca será uma força espiritual capacitadora. É o Espírito de Deus quem nos dá vida (2Co 3.6).

A Lei é boa e mostra os padrões divinos para a humanidade. Porém quando chega o momento de cumprir o espírito dos mandamentos, então é que precisamos do poder capacitador do Espírito Santo.

Não há qualquer contradição ou antipatia entre a graça e a Lei, ou entre o amor e Lei. A vida cristã envolve a observância das “ordenanças de Deus” (1Co 7.19). Mas isso só pode ser feito mediante a atuação do Espírito capacitador, que vem residir no crente (Rm 8.2ss). A espiritualidade é uma obra do Espírito (Gl 5.22,23) e não meramente a tentativa de obedecer, segundo nossas melhores possibilidades de atender aos mandamentos.

A Lei: Um Espelho

Os dez mandamentos despertam em nós a consciência de nossa própria imperfeição:
Romanos 3:20: “Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado”.

Universalidade dos Mandamentos

O número dez fala de universalidade. Os dez mandamentos não foram dados só para os judeus, mas a toda a humanidade através dos judeus.

O decálogo é mais que um código de leis. Antes, é a base do pacto teocrático que separou o povo de Israel como um veículo do favor divino, como um elemento através do qual a mensagem espiritual haveria de ser transmitida.

Todos os aspectos da vida estão embutidos nos dez mandamentos. Esse fato nos ensina que não existe o chamado dualismo que é a separação entre o sagrado e o secular. Tudo o que diz respeito a nós é sagrado.

Os dez mandamentos não envolvem os deveres dos judeus para com os judeus, mas dos homens para com todos os homens.

A Eternidade dos Mandamentos

ALei foi escrita em tábuas de pedras pelo próprio Deus. Nos países orientais, a pedra simbolizava a perpetuidade da Lei, ali contida. As tábuas de pedra estavam escritas em ambas as faces, indicando quão completa era aquela legislação. Subseqüentemente, as tábuas de pedras foram guardadas no lugar sagrado do tabernáculo, salientando o ato e a importância da revelação divina (Hb 9.4).

Divisões dos Mandamentos

Aprimeira parte trata da responsabilidade do homem diante de Deus, incluindo o primeiro e grande mandamento de se amar a Deus com todas as fibras e potencialidades do ser (Dt 6.4,5; Mt 22.36ss). A segunda parte definia os deveres do homem para com os seus semelhantes, o que é elaborado em Lv 19.18.

Os Dez Mandamentos e o Novo Testamento

Mateus 5:17: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir”.
Jesus não só validou os dez mandamentos, mas ampliou o seu alcance (Mt 5.22) elevando e aprofundando o seu sentido às motivações humanas.

Todos os dez mandamentos são reiterados no Novo Testamento. De acordo com o Novo Testamento, é necessário o ministério do Espírito Santo, a fim de que a lei moral seja inscrita em nossos corações, e não seja meramente entendida por nosso intelecto (2Co 3.3).

A Lei do Espírito, que não é assimilada simplesmente num código escrito, mas no nosso espírito pelo Espírito Santo que em nós opera é que nos transforma (Rm 8.2).

Os Dez Mandamentos e a Salvação

A observância aos mandamentos, por si só, não é capaz de salvar a alma, pois a mesma é um ato da graça de Deus aceita mediante a fé em cada coração arrependido (Ef 2.8,9).

Tiago 2:24: “Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente”.

Lei e graça não são dois princípios separados, opostos, contraditórios, mas são pólos opostos de um mesmo princípio mais profundo, formando uma única verdade.

Romanos 3:28: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”.

A Lei para Paulo

Segundo Paulo, a lei tinha funções diferentes daquelas que os judeus lhe atribuíam:

•    A Lei nos dá o pleno conhecimento do pecado (Rm 3.20);
•    A lei atrai o julgamento (Rm 7.10) pois nos mostra o quão miseráveis e desobedientes nós somos.

Paulo não subestima a Lei, pelo contrário, considera-a a “lei de Deus” (Rm 7.22; 8.7), “santa, justa, espiritual e boa” (Rm 7.12; 14,16). Serve para a vida (Rm 7.10), porque as pessoas que a observam viverão por ela (Gl 3.12; Rm 10.15).

Paulo diz que essa lei precisa ser cumprida em nós que andamos “segundo o Espírito” (Rm 8.4); e conforme Rm 8.7, sua não-observância constitui inimizade contra Deus. De acordo com o ensino de Paulo, o homem  interior tem prazer na lei de Deus (Rm 7.22).

O problema é que a lei não pode salvar ninguém e nem tampouco gerar santidade (Rm 8.3; Gl 3.21), porque é enfraquecida pela carne. Pode apenas revelar nossa pecaminosidade (Rm 3.20), a merecida ira de Deus sobre a desobediência (Rm 4.15) e, finalmente, trazer a condenação sobre a humanidade inteira (Gl 3.10).

É impossível ganhar a justiça de Deus através da lei (Rm 3.28; 4.6; 10.3), mas tão somente pelo sangue precioso de Jesus Cristo (Rm 3.28; 5.9; Gl 2.1; Ef 2.8). Paulo vai mais longe e afirma que Cristo é o fim, o cumprimento da Lei (Rm 10.4).

O Amor e os Mandamentos

João 13:34: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”.

Dt 4.6; Rm 13.10; 1Tm 1.5. O amor deve ser a motivação para cumprirmos os mandamentos e não a obrigatoriedade. Foi por amor que Yahweh nos deu a Lei e só por amor conseguiremos cumpri-la. Quando amamos a Deus, evitamos a idolatria. Quando amamos ao próximo, não o prejudicamos.

A Lei do amor inspira-nos a ações positivas, de tal forma que não cumpriremos a Lei meramente a fim de evitar certos atos errados. O respeito ao próximo envolve mais do que evitar coisas que possam prejudicá-lo. Também precisamos promover ativamente o bem de nossos semelhantes.

Mateus 22.37-40: “Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.

O primeiro mandamento consiste no amor a Deus, no grau mais elevado e final possível; e o segundo, na ordem de importância, é a extensão horizontal desse amor, isto é, o amor ao próximo.

Romanos 13.9,10: “Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”.

“Vivemos numa sociedade pluralista e materialista em que os valores tradicionais vêm sendo questionados (…). A secularização da sociedade moderna não pára diante das igrejas evangélicas. Os jovens cristãos desafiam as lideranças eclesiásticas, os pais, os educadores e os valores espirituais e práticos do Cristianismo histórico. Surge, então, uma reflexão: será que ainda é possível viver de acordo com os dez mandamentos? O decálogo, como expressão clara do bem, ainda é válido para as gerações de hoje e de amanhã?” (Hans Ulrich Reifler).
Os dez mandamentos são de caráter:
•    Atual – Mt 5.18 (Deus mudou? O homem mudou?)

•    Prático – “Os dez mandamentos são tão aplicáveis hoje quanto a três mil anos para os hebreus, pois representam a expressão perfeita de quem é Deus e de como Ele quer que seu povo viva”.

•    Pessoal – Precisamos enxergar cada um dos dez mandamentos como um desafio que devemos assumir vivermos na vida pessoal e em todos os aspectos dela.

A APLICABILIDADE DOS DEZ MANDAMENTOS

1.    Uma bússola na peregrinação do deserto

O povo de Israel estava vivendo no Egito como escravo, sem leis próprias, sem orientação e sem rumo, mas Deus os trouxe ao Sinai a fim de lhe dar Suas Leis e formar a identidade daquele povo como Nação sacerdotal (Êx 19.5,6).

Hoje vivemos num mundo confuso. A maioria das pessoas não sabe definir os principais valores que norteiam suas vidas e a conseqüência disso é uma geração sem princípios. Vivemos numa sociedade volúvel e superficial.

Assim como ocorreu ao povo de Israel, Deus tem direção e propósito para essa sociedade que caminha no deserto existencial sem rumo e propósito. Os Dez Mandamentos continuam tendo para a nossa geração o mesmo valor que tinha para Israel a mais de 3 mil anos atrás. Somente um povo com valores eternos é capaz de permanecer eternamente (Nação de Israel).

É muito diferente alguém que não sabe o que está fazendo nessa vida e alguém que sabe para onde está indo. Quem tem uma direção, canaliza nela todas as suas energias.

2.    Princípios e valores verdadeiros

O Dez Mandamentos são muito mais do que um conjunto de princípios éticos para a humanidade, eles nos dão rumo e propósito na vida porque nos ensinam a olhar para os valores verdadeiramente eternos. Eles nos fazem olhar para Deus como um Deus real e único, digno de ser adorado e nos ajudam a ver a vida dos homens com algo sagrado (nossos deveres para com Deus e para com o próximo).

Os Dez Mandamentos nos ensinam a vivermos com valores! Uma vida sem valores perde o seu valor! A sua vida tem mais valor do que você imagina. Quando encontramos o valor na vida, então a nossa visão acerca de tudo muda: matrimônio, saúde, trabalho, dinheiro, serviço, missão, as pessoas etc.

3.    Divina orientação de como seguir a retidão

Toda infração ou pecado que cometemos é uma infração a algum (s) dos Dez Mandamentos. A causa de toda desgraça humana resulta da quebra desta aliança. Se a nossa sociedade seguisse os Dez Mandamentos, teríamos justiça e paz.

4.    Essência: liberdade

Os Dez mandamentos são palavras que preparam as pessoas para viver uma vida de liberdade (Dt 6.21-24). Deus havia libertado o povo do Egito e o povo não queria mais ser escravo. Um povo sem princípios eternos se torna escravo dos tiranos físicos e espirituais (internos e externos).

5.    Fruto de uma experiência com Deus

Os dez mandamentos não são resultados de uma reflexão racional, mas de uma profunda experiência com Deus:

Êxodo 34:29: “Quando desceu Moisés do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu do monte, não sabia Moisés que a pele do seu rosto resplandecia, depois de haver Deus falado com ele”.

2 Coríntios 3:18: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”.

2Coríntios 3
•    Para que os mandamentos tenham um efeito transformador em nossas vidas, precisamos de uma experiência no espírito (vs.3,6).
•    Haverá uma glória superior e crescente (vs. 7-11).

1Jo 1.1-4.

A revelação é o principal aspecto para compreendermos os Dez Mandamentos. A própria palavra “Decálogo” que no grego é traduzida como ta deka rhemata, nos sugere que deve ser uma revelação transformadora (a palavra rhema).

6.    Revela o plano divino para o nosso sucesso

Deus quer que a nossa vida dê certo, por isso nos deu os Dez Mandamentos. Eles são instruções reveladoras de como podemos ser bem sucedidos em nossa relação com Ele, com a família, com o próximo, no trabalho, nas finanças, no direito de propriedade etc. Se todos nós aplicássemos o Dez Mandamentos em nossas empresas, famílias, igreja etc, nossa vida seria outra!

Dt 4.1-6

7.    Só podem ser compreendidos e cumpridos em amor

Toda a vida humana está traduzida nos Dez Mandamentos e estes, segundo Cristo, estão resumidos numa única palavra: “amor”. A grande questão é se amamos a Deus, aos seres humanos e a nós mesmos, porque o verdadeiro fundamento em nossa vida é o amor.

Sem o amor, os Mandamentos parecem vazios e sem sentido.

Mateus 22.37-40: “Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.

Romanos 13.9,10: “Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”.

CONCLUSÃO

Os Mandamentos do Senhor não pretendem impor sobre nós uma carga enfadonha, mas encorajar-nos a vivermos alinhados com o propósito para o qual fomos criados.

Sl 19. 8-14: “Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa. Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão. As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!”.

UM ÚNICO DEUS – “Não terás outros deuses diante de mim”
“Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o YHWH, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.1-3)

INTRODUÇÃO

1. Deus não começa ordenando, Ele começa se revelando!

•    Nossa obediência a Deus deve brotar da consciência de quem Ele é (Conhecer a Deus – YHWH).
•    Se não entendermos quem Ele é, não entenderemos o que Ele quer.
•    Quando conhecemos alguém, sabemos o que lhe agrada ou não. Quando amamos esse alguém, o nosso desejo é agradar-lhe.

2. Deus revela ao Seu povo quem Ele é através das coisas que Ele faz (“que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”).

Tt 3.3-7: “Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna”.

3. Amar a Deus é o centro da nossa obediência a Ele.

A REVELAÇÃO DE DEUS NO PRIMEIRO MANDAMENTO
O primeiro mandamento é o testemunho da exclusividade e singularidade de Deus, ou seja, revela o Senhor em Seu caráter, Seu ser e Sua ação.

Seis verdades, seis atributos de Deus são revelados através desta autodeclaração divina:

1. É um Deus e Senhor exclusivo – o Alpha e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Início, o Absoluto, a Suprema Autoridade, que tudo ordena, exige e completa.

2. É um Deus pessoal (“teu Deus”) – “Teu” é pronome possessivo. Deus está pronto a se entregar totalmente, com toda abnegação divina, e faz isso através de seu único filho, Jesus Cristo, que se entregou por nós. Por isso, podemos dizer hoje: “Ele é meu Deus”.

3. É um Deus de relacionamento – Ele se relaciona com aquilo que criou. Deseja comunicar-se conosco e nos revelar a Sua vontade.

4. É um Deus presente e constante – “Eu sou” significa que Ele é no presente, e mais, Ele é “onipresente”. Deus é o mesmo hoje e sempre (Hb 13.8); Ele não muda. Não é um Deus do passado, é um Deus presente nas aflições do dia-a-dia (Sl 46).
•    De todos os seres do universo, somente Deus tem dignidade “intrínseca”. “Intrínseco” significa “que pertence à essência do ser” ou lhe é “inerente”. Em outras palavras, somente Deus tem valor totalmente em Si e de Si. Todas as outras coisas recebem seu valor da associação com Ele.

5. Ele é um Deus de ação libertadora e salvadora – um Deus que não dorme, mas que atua, age e liberta o povo.

6. É um Deus fiel – Ele não muda de opinião ou de propósito eterno, é fiel a Si mesmo e ao Seu plano eterno para com os homens. “Sou quem sou”. Os homens podem mudar de idéias, convicções ou propósitos; Deus não muda (Ml 3.6), Ele reina soberanamente sobre todos de maneira absoluta e irrevogável.

UM MUNDO COM MUITOS DEUSES
1. Deus anuncia Sua exclusividade num mundo em que existiam muitos deuses (egípcios, cananeus, jebuseus).
a. Hoje, ao invés de Baal e Astarte, os deuses se chamam sucesso, prestígio, o próprio “eu”, fama etc.
b. Os Ídolos modernos trazem insegurança, necessidade de aceitação… escravidão!!

2. Se pertencemos só a Deus, estamos livres de pertencer aos tiranos que querem nos aprisionar.
•    O objetivo do primeiro mandamento é proteger a nossa liberdade.

3. Quando amamos a Deus “tridimenssionalmente” (Mt 22.37), não nos apaixonamos pelas futilidades desse mundo:
Salmos 31:6: “Aborreces os que adoram ídolos vãos; eu, porém, confio no SENHOR”.
•    Amar a Deus de todo o coração não significa odiar o mundo e as pessoas. Jesus entende o amor de Deus manifestado no amor ao próximo. Por isso, acrescentou ao primeiro mandamento um segundo: “Mas o segundo é semelhante a este: amarás o próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39).

4. O primeiro mandamento contém a condenação explícita de qualquer forma de idolatria, seja visível, ou invisível.
a. A revelação do Sinai é totalmente contrária à idolatria, na forma de imagens ou apegos insensatos. “Não terás outros deuses DIANTE de mim”.

5. A idolatria é uma loucura condenada nas Escrituras: Jr 2.26-28; 10.1-16; Is 40.18-20; 41.4-7; 44.9-20; Sl115.
a. “Sacrificar” a outros deuses leva a destruição (Êx 22.20). “Sacrificar” é dedicar-se.
b. Não lembrar e nem usar o nome de outros deuses (Êx 23.13). Usar o nome de alguém é identificar-se com tal pessoa.
c. Três espécies mais comuns de idolatria praticada em Israel: Altares, colunas e postes-ídolos (Êx 34.13,14). Deus não tolerará desde a idolatria mais extravagante, explícita, visível a mais íntima, implícita, invisível.
d. A idolatria é vista como prostituição espiritual, adultério (Êx 34.16). Podemos parafrasear 1Co 6.17 e 1Co 6.16: “Quem adora a um ídolo se torna um só com ele”.

6. Dt 11.16 refere-se a quatro quedas consecutivas no caminho da idolatria:
•    O engano do coração
•    O desviar-se
•    O servir a outros deuses
•    O prostrar-se diante deles

POR QUE “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM”?
1. Porque Deus é Todo-Suficiente
Não temos motivos para querer outros deuses ou precisar deles, porque Deus é suficiente.

Quando o povo de Israel estava “coxeando entre dois pensamentos”, diante do poder de Deus, entendeu que não necessitava de outro deus:
1 Reis 18:39: “O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus!”

2. Porque só podemos provar fidelidade quando O adoramos e O servimos diante da idolatria e pressão que nos cerca
Daniel adorava a Deus três vezes por dia (de janela aberta voltado para o templo de Jerusalém) na Babilônia, cercado de hostilidade e de paganismo.
Daniel 6:10: “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas (não era segredo) do lado de Jerusalém (sabia para onde olhar), três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer”.

Salmos 138:1: “Render-te-ei graças, SENHOR, de todo o meu coração; na presença dos poderosos te cantarei louvores.

3. Porque só assim manteremos o nosso foco na vontade dEle e seguiremos em retidão
Quando não temos nenhum outro deus, mas servimos e adoramos somente o verdadeiro Deus, nos guardamos do mal, da queda e da desobediência.

4. Porque isso nos ajudará a nos posicionarmos diante dos apelos do mundo
Só assim manteremos o nosso coração focado na vontade perfeita de Deus
Josué 24:23: “Agora, pois, deitai fora os deuses estranhos que há no meio de vós e inclinai o coração ao SENHOR, Deus de Israel”.

Quais são as coisas que me prendem (pensamentos e decisões) no dia-a-dia? Com o que eu gasto meu tempo e recursos?

5. Porque assim venceremos as tentações
Mateus 4.8-11: “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”.

Quando o nosso foco está unicamente no Deus Verdadeiro, não haverá espaço para as tentações prevalecerem.

CONCLUSÃO

Reserve este momento para sondar o seu coração e ver a sua vida à luz do primeiro mandamento. O que ocupa seus pensamentos na maior parte do dia? Suas tomadas de decisões são tomadas em cima de que valor principal? Há algo que você percebe um apego fora do normal? Você tem buscado conhecer a Deus como prioridade em sua vida?

domingo, 3 de janeiro de 2016

NOS PASSOS DE JESUS

COMO FOI A VIDA DE JESUS DOS 12 AOS 30 ANOS?

Este tempo da vida de Jesus que os Evangelhos não narram sempre despertou em nós muita curiosidade. Deste período nos Evangelhos encontramos apenas a passagem de Jesus no Templo aos 12 anos de idade, discutindo com os doutores da lei. Depois disto um grande silêncio que vai até o início da vida pública de Jesus.

Se buscarmos explicações os proprios evangelhos nos fornecem. Inicialmente constatamos que os 4 evangelhos oficiais, escritos pelos evangelistas, em locais diferentes do Império Romano confirmam Comunidades de origem heterogêneas e com dificuldades próprias. Os evangelistas colocaram por escrito aquilo que oralmente as comuniddes lembravam a respeito da vida de Jesus e que serviam de testemunho e força para a comunidade vencer as adversidades. É de se considerar que os fatos a respeito da vida de Jesus que marcavam as comunidades eram os acontecimentos da vida pública de Jesus e pouco importância foi dada para a sua vida privada no recanto da casa de Nazaré com Maria e José.

Mas por outro lado os textos que aparecem sobre Jesus deste período poderão nos ajudar a reconstruir elementos da sua vida oculta em Nazaré.

Os anos esquecidos de Jesus em Nazaré com Maria e José

Um episódio único deste período encontramos nos evangelhos. Jesus contava com 12 anos e numa Festa da Páscoa como era tradição Judaica, festa de preceito com peregrinação a Jerusalém, ele com sua familia foram para a cidade de Jerusalém segundo a narrativa de Lucas. Jesus se perdeu em Jerusalém durante a festa da Páscoa e como Maria e José o encontram no Templo, sentado em meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os e todos os que o ouviam ficavam extasiados com sua inteligência e com suas respostas (Lc 2,46-47), A narrativa de Lucas nos conta que a sagrada família retornou para Nazaré e nada mais encontramos por escrito da vida de Jesus até os 30 anos.

A ausência de textos nos evangelhos para nos contar da vida de Jesus neste período alimentou a imaginação dos escritores que passaram a contar fatos inusitados da vida de Jesus. As afirmações são desde que Jesus esteve, na India com os Budas que o ensinaram a ler e a escrever, que esteve no Egito, conhecendo os segredos dos Faraós, que esteve na Inglaterra com José de Arimatéia e entrou em contato com a religião dos Celtas. Alguns escritores andaram dizendo que esteve na América onde entrou em contato com a sabedoria dos antigos peles vermelhas.

A leitura atenta dos Evangelhos como primeira fonte

O leitor desatento dos evangelhos poderá chegar a conclusão que existe um grande vazio de conhecimento dos 12 anos de Jesus até os 30 anos. Mas será isto verdade. No evangelho de Lucas encontramos pistas importantes para esclarecer os fatos. Lucas no início do Evangelho narra que Jesus uma vez apresentado no Templo segundo a prescrição judaica e as ofertas rituais segundo a Lei, “voltou para Galiléia, para Nazaré, sua cidade. E o menino crescia, tornava-se robusto, enchia-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com êle” (Lc,39-40). Assim podemos dizer que Jesus passou dos 12 anos até os 30 anos na cidade de Nazaré. Ele era um adolescente comum, de sua época, crescendo fisicamente e intelectualmente e ajudava seu pai adotivo José na carpintaria e na vida agrícola, pois a cidade não comportava o trabalho único e exclusivo da profissão de carpinteiro durante todo o tempo.

Encontramos nos evangelhos um segundo texto: Lucas 2,51-52. Este texto confirma o pensamento do primeiro narrando a perda de Jesus em Jerusalém com 12 anos de idade.

Jesus era um jovem como qualquer outro de sua terra

O evangelista Lucas simplesmente narra que depois do acontecimento da perda no Templo Jesus voltou para Nazaré. Podemos então concluir que Jesus permaneceu em seu círculo familiar, era submisso a José e Maria. Jesus estudou e trabalhou como qualquer Jovem Judeu de sua época.

Marcos confirma este dado, quando descreve que Jesus pregou pela primeira vez na sinagoga de Nazaré e todos os presente neste acontecimento se assombraram e disseram: “De onde lhe vem tudo isto? E que sabedoria é esta que lhe foi dada ? E como se fazem tais milagres por sua mãos? Não é este o filho do carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, Joset, Judas e Simão?” (Mc 6,2–3). A vida de Jesus transcorreu, no pacato vilarejo de Nazaré e no dia que se apresentou na sinagoga de Nazaré causou surpresa a todos os conterrâneos. Mas afinal como conseguiu Jesus toda esta sabedoria, se êle é filho de pessoas conhecidas, José o carpinteiro e Maria. Se Jesus tivesse a oportunidade de estudar em Jerusalém ou ter viajado conforme os fatos que citamos anteriormente, este espanto não teria acontecido.

Entretanto, as indagações continuam, como poderemos encontrar fatos a respeito de Jesus durante este período? Como podemos ter informações a respeito de Jesus além de sua idas a Jerusalém nos períodos de peregrinações da religião Judaica a Jerusalém, ou de alguma viagem as cidades vizinhas de Nazaré. Hoje contamos com as narrativas literárias da época e das descobertas arqueológicas que muito nos ajudam.

Jesus um nome muito comum da época?

Conforme ordenava o livro do Genesis 17,12, os pais escolhiam o nome da criança e apresentavam ao sacerdote do templo fazendo uma oferta de sacrifício conforme a prescrição da lei judaica. Assim o nome escolhido por José e Maria foi foi Yehoshua, que em hebraico significa Josué, na região da Galileia, onde se falava de um modo diferente do resto do país, abreviava-se o nome e pronunciava-se Yeshu. Os primeiros cristãos de origem grega traduziram por Jesus.

O nome de Yeshua, era dos nomes mais comuns e ordinários da época, muitas familias davam este nome aos filhos. O escritor Flávio Josefo, que descreveu a história Judaica de sua época menciona mais de 20 pessoas que se chamavam Jesus das quais, pelo menos 10 são do tempo de Jesus de Nazaré.

Em hebraico, Jesus (ou Josué) significa “Deus salva”. E segundo o evangelista Mateus, um anjo disse a José: “dar-lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”(Mt 1,21).

Jesus sabia ler e escrever?

Podemos citar três episódios que afirmam esta verdade:
O primeiro é aquele da mulher surprendida em adultério. Jesus responde a pergunta dos fareiseus escrevendo na areia “Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra” (Jo 8,6).

O segundo acontecido na sinagoga de Nazaré em que foi retirado pelos fariseus e era para ser jogado no principício, “segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler e lhe entregaram o livro do profeta Isaías…” (Lc 4,16-17).

O terceiro é aquele em que os judeus, ao ouvi-lo pregar em Jerusalém, se perguntaram maravilhados: “Como é que este é letrado, se não estudou?” (Jo 7,15).

Embora estes três textos podem ser contestados, pois o primeiro pode mos dizer que Jesus só traçou riscos na areia, no segundo são textos salteados de Isaías (isto é: Is 61,1; 58,6; e 61,2) e o terceiro se pode dizer que Jesus sabia os textos de cor, como era comum na época. Apesar de todas estas considerações olhando o contexto da época podemos acreditar que Jesus era um menino comum, vivendo em Nazaré e percorreu os caminhos das crianças da época, aprendeu a ler e a escrever.

A necessidade de aprender a ler e a escrever de toda a criança judaica

Olhando a literatura Judaica da época de Jesus vemos que toda a criança judaica, por motivos religiosos necessitava aprender ler e a escrever. Jesus não fugiu esta regra do judaísmo. Percorreu todos os caminhos que uma criança deveria percorrer.

Não temos, pois, nos Evangelhos provas seguras de que Jesus soubesse ler e escrever. Entretanto podemos saber por outras vias.

Durante o tempo de infância de Jesus existia em Nazaré, uma pequena escola, aonde se reuniam os meninos a partir dos 5 anos. O local por motivos religiosos estava anexo à sinagoga, e o programa escolar constava de dois ciclos básicos fundamentais.

O primeiro ciclo durava cinco anos. Se iniciava com o alfabeto hebraico, logo que se dominava a leitura se estudava a Bíblia ao ponto de decorar textos e junto com isto se ampliava os conhecimentos em outras areas como geografia, história e gramatica hebraica.

Terminada esta primeira etapa, os meninos passavam para o segundo ciclo, que durava dois anos. Neles, aplicavam-se ao conhecimento da “Lei Oral” judaica (chamada Mishná), isto é, às interpretações e complementos que os doutores da Lei faziam das leis bíblicas.

Ao chegar aos 12 anos, os meninos terminavam os seus estudos. Se algum era particularmente brilhante, então podia cursar estudos mais avançados; para isso tinha de ir para Jerusalém ou outra cidade importante do país, e inscrever-se nas escolas dirigidas pelos mais célebres doutores da Lei. Mas isso era privilégio de uns poucos; a maioria dos jovens reintegrava-se na sua família, onde começava a aprender com seu pai uma profissão para ganhar a vida.

Sem dúvida, Jesus, durante a sua infância, assistiu como todos os meninos da sua época nos dois ciclos básicos escolares na sinagoga de Nazaré, onde aprendeu a ler e a escrever. Mas não parece ter recebido o ensino superior próprio dos centros urbanos como Jerusalém. O comentário que dele faziam os judeus dizendo: “Como é que este é letrado, se não estudou?” – confirma-o.

Jesus era carpinteiro?

Qual foi a profissão que Jesus praticou na casa de seus pais? Pela literatura Judaica sabemos que era uma obrigação do Pai encontrar um profissão para o filho. Como vimos, São Marcos diz que quando Jesus pregou na sinagoga de Nazaré, os seus conterrâneos comentaram: “Não é este o carpinteiro?” (Mc 6,3). Daí se ter pensado sempre que ele foi carpinteiro.
Com o tempo alguns estudiosos colocaram duvidas sobre esta profissão de Jesus: Afirmam que outros evangelhos como Marcos e Lucas preferem ocultar esta profissão alegando ser ela não bem vista na sociedade. Outros alegam que a Galiléia por ser uma região fertil todos se dedicavam a agricultura. As Parábolas de Jesus sempre se utilizava de elementos vindos do campo (o semeador, a semente, a cizânia, a vinha, a figueira, o grão de mostarda, etc.), e não do ambiente da carpintaria…

O aludir tanto à agricultura nas suas Parábolas, em especial as do Reino de Deus, deve-se ao fato do auditório estar formado, por agricultores e que Jesus trabalhou tambem como agricultor, pois José não sobreviveria so da carpintaria, assim Jesus usou muito bem um recurso do discurso da literatura Judaica as Parábolas e procurou adaptar sua linguagem aos ouvintes. Podemos, pois, concluir que Jesus, durante os 30 anos da sua vida oculta, trabalhou como carpinteiro.

Como rezava Jesus?

Jesus aprendeu a rezar, pois qualquer criança israelita, depois dos 13 anos, deveria rezar três vezes por dia: de manhã, ao meio-dia e à noite segundo instruções dos livros biblicos (Sl 55,18; Dn 6,11; Act 10,9).

Um judeu devia recitar por dia duas orações a partir da adolescência. A primeira chamava-se “Shemá” (em hebraico, “Escuta”). E a segunda era a chamada “Shemoné Esre” (em hebraico, “Dezoito”)

Foi neste clima de oração que Jesus cresceu e que o marcou profundamente seu tempo de vida oculta.

A sinagoga de Nazaré nos sábados?

Desde a infância, aos sábados Jesus frequentava à sinagoga de Nazaré acompanhado pelos seus pais José e Maria. Com o andar dos anos, ele foi aprendendo todas as orações e os ritos, até se lhe tornarem fáceis e familiares.

Além da frequência na sinagoga, Jesus aprendeu que no sábado devia práticar o descanso total. Assim, desde Sexta-feira à tarde ajudava a mãe nos preparativos do sábado, participava dos rituais de abertura do sábado na família e da refeição no sábado na volta do serviço religioso na sinagoga.

Concluindo

A vida oculta de Jesus, como podemos constatar não teve nada de extraordinário , como a pintam as absurdas histórias e lendas sobre este período da vida de Jesus. Foi nesta atmosfera simples e familiar, própria das aldeias da Galileia, que o menino Jesus cresceu, amadureceu e descobriu a vida em uma familia simples, igual a tanta outras das aldeias da Galileia. Fazia parte do coro dos meninos na escola, que recitavam textos da Biblia, ouvia o monótono golpear do martelo de seu Pai José na carpintaria, ou o grito repetido da mãe, Maria chamando-o para casa tirando-o da rua. Este foi o clima que Jesus viveu e assimilou durante 30 anos.

E quando chegou o tempo previsto em que o Pai do céu lhe pediu que deixasse tudo e fosse anunciar a mensagem de salvação aos seus irmãos humanos, nunca se arrependeu dos anos passados na pequena vila de Nazaré, na Galiléia, na sua casa, dos seus anos ocultos e silenciosos; do seu trabalho na oficina de carpintaria. Nunca considerou esse tempo como “perdido”, pois viveu cada dia e cada época como a melhor que tinha.

Obs. O texto foi adaptado por vários autores e também exposto em outros blogs e sites.