Google+ O MEU POVO PERECE POR FALTA DE CONHECIMENTO.: OS DEZ MANDAMENTOS NA ATUALIDADE

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

OS DEZ MANDAMENTOS NA ATUALIDADE

INTRODUÇÃO

Tenho percebido uma certa escassez literária quanto aos dez mandamentos. Realmente falta material que se aprofunde nesse tema e aborde os princípios do Decálogo de forma prática e atual. Atribuo essa escassez a dois aspectos:

•    Os judeus, receptores e guardiões dos dez mandamentos, acabaram diluindo-os em centenas de outras leis (havia mais de 248 mandamentos 365 proibições) que perderam o impacto e a força nas dez sentenças dadas por Deus.
•    Os cristãos, privilegiados pela “Lei do Espírito”, temendo incorrer no mesmo erro dos antigos intérpretes da Torah, de transformar os preceitos de Deus em um mero código escrito, evitam abordar esse tema de forma aberta e sem preconceitos por temer excessos e legalismos.

Penso que Yahweh deu os dez mandamentos como um presente à humanidade, sendo esses uma herança ao mundo sem direção. Essa dádiva é fruto do amor divino por sua criação e manifesta a essência da sua graça. Evidentemente uma mente corrompida sempre levará até mesmo a mais precisa verdade a extremos e extravagâncias que a deturpará e a transformará em um peso difícil de ser carregado.

“Decálogo” – Vem do grego deka (dez) e logos (palavra), ou seja, “dez palavras”.

Considerações Preliminares

O Princípio da Lei

Todo povo precisa ter leis, e até as tribos mais primitivas contam com sua legislação, formal ou informal.
Uma lei mostra um padrão a ser seguido pela sociedade.

Lei e Graça

Podemos reconciliar a Lei e a Graça. Se considerarmos aquelas obras como operações do Espírito, então a Lei e a graça são sinônimos. A Lei aponta para os princípios morais, e as operações do Espírito tornam-nos pessoas moralmente inclinadas, capazes de pôr em prática aquilo que a lei mosaica recomenda moralmente. Naturalmente, a letra mata. Por si mesmo, a lei nunca será uma força espiritual capacitadora. É o Espírito de Deus quem nos dá vida (2Co 3.6).

A Lei é boa e mostra os padrões divinos para a humanidade. Porém quando chega o momento de cumprir o espírito dos mandamentos, então é que precisamos do poder capacitador do Espírito Santo.

Não há qualquer contradição ou antipatia entre a graça e a Lei, ou entre o amor e Lei. A vida cristã envolve a observância das “ordenanças de Deus” (1Co 7.19). Mas isso só pode ser feito mediante a atuação do Espírito capacitador, que vem residir no crente (Rm 8.2ss). A espiritualidade é uma obra do Espírito (Gl 5.22,23) e não meramente a tentativa de obedecer, segundo nossas melhores possibilidades de atender aos mandamentos.

A Lei: Um Espelho

Os dez mandamentos despertam em nós a consciência de nossa própria imperfeição:
Romanos 3:20: “Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado”.

Universalidade dos Mandamentos

O número dez fala de universalidade. Os dez mandamentos não foram dados só para os judeus, mas a toda a humanidade através dos judeus.

O decálogo é mais que um código de leis. Antes, é a base do pacto teocrático que separou o povo de Israel como um veículo do favor divino, como um elemento através do qual a mensagem espiritual haveria de ser transmitida.

Todos os aspectos da vida estão embutidos nos dez mandamentos. Esse fato nos ensina que não existe o chamado dualismo que é a separação entre o sagrado e o secular. Tudo o que diz respeito a nós é sagrado.

Os dez mandamentos não envolvem os deveres dos judeus para com os judeus, mas dos homens para com todos os homens.

A Eternidade dos Mandamentos

ALei foi escrita em tábuas de pedras pelo próprio Deus. Nos países orientais, a pedra simbolizava a perpetuidade da Lei, ali contida. As tábuas de pedra estavam escritas em ambas as faces, indicando quão completa era aquela legislação. Subseqüentemente, as tábuas de pedras foram guardadas no lugar sagrado do tabernáculo, salientando o ato e a importância da revelação divina (Hb 9.4).

Divisões dos Mandamentos

Aprimeira parte trata da responsabilidade do homem diante de Deus, incluindo o primeiro e grande mandamento de se amar a Deus com todas as fibras e potencialidades do ser (Dt 6.4,5; Mt 22.36ss). A segunda parte definia os deveres do homem para com os seus semelhantes, o que é elaborado em Lv 19.18.

Os Dez Mandamentos e o Novo Testamento

Mateus 5:17: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir”.
Jesus não só validou os dez mandamentos, mas ampliou o seu alcance (Mt 5.22) elevando e aprofundando o seu sentido às motivações humanas.

Todos os dez mandamentos são reiterados no Novo Testamento. De acordo com o Novo Testamento, é necessário o ministério do Espírito Santo, a fim de que a lei moral seja inscrita em nossos corações, e não seja meramente entendida por nosso intelecto (2Co 3.3).

A Lei do Espírito, que não é assimilada simplesmente num código escrito, mas no nosso espírito pelo Espírito Santo que em nós opera é que nos transforma (Rm 8.2).

Os Dez Mandamentos e a Salvação

A observância aos mandamentos, por si só, não é capaz de salvar a alma, pois a mesma é um ato da graça de Deus aceita mediante a fé em cada coração arrependido (Ef 2.8,9).

Tiago 2:24: “Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente”.

Lei e graça não são dois princípios separados, opostos, contraditórios, mas são pólos opostos de um mesmo princípio mais profundo, formando uma única verdade.

Romanos 3:28: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”.

A Lei para Paulo

Segundo Paulo, a lei tinha funções diferentes daquelas que os judeus lhe atribuíam:

•    A Lei nos dá o pleno conhecimento do pecado (Rm 3.20);
•    A lei atrai o julgamento (Rm 7.10) pois nos mostra o quão miseráveis e desobedientes nós somos.

Paulo não subestima a Lei, pelo contrário, considera-a a “lei de Deus” (Rm 7.22; 8.7), “santa, justa, espiritual e boa” (Rm 7.12; 14,16). Serve para a vida (Rm 7.10), porque as pessoas que a observam viverão por ela (Gl 3.12; Rm 10.15).

Paulo diz que essa lei precisa ser cumprida em nós que andamos “segundo o Espírito” (Rm 8.4); e conforme Rm 8.7, sua não-observância constitui inimizade contra Deus. De acordo com o ensino de Paulo, o homem  interior tem prazer na lei de Deus (Rm 7.22).

O problema é que a lei não pode salvar ninguém e nem tampouco gerar santidade (Rm 8.3; Gl 3.21), porque é enfraquecida pela carne. Pode apenas revelar nossa pecaminosidade (Rm 3.20), a merecida ira de Deus sobre a desobediência (Rm 4.15) e, finalmente, trazer a condenação sobre a humanidade inteira (Gl 3.10).

É impossível ganhar a justiça de Deus através da lei (Rm 3.28; 4.6; 10.3), mas tão somente pelo sangue precioso de Jesus Cristo (Rm 3.28; 5.9; Gl 2.1; Ef 2.8). Paulo vai mais longe e afirma que Cristo é o fim, o cumprimento da Lei (Rm 10.4).

O Amor e os Mandamentos

João 13:34: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”.

Dt 4.6; Rm 13.10; 1Tm 1.5. O amor deve ser a motivação para cumprirmos os mandamentos e não a obrigatoriedade. Foi por amor que Yahweh nos deu a Lei e só por amor conseguiremos cumpri-la. Quando amamos a Deus, evitamos a idolatria. Quando amamos ao próximo, não o prejudicamos.

A Lei do amor inspira-nos a ações positivas, de tal forma que não cumpriremos a Lei meramente a fim de evitar certos atos errados. O respeito ao próximo envolve mais do que evitar coisas que possam prejudicá-lo. Também precisamos promover ativamente o bem de nossos semelhantes.

Mateus 22.37-40: “Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.

O primeiro mandamento consiste no amor a Deus, no grau mais elevado e final possível; e o segundo, na ordem de importância, é a extensão horizontal desse amor, isto é, o amor ao próximo.

Romanos 13.9,10: “Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”.

“Vivemos numa sociedade pluralista e materialista em que os valores tradicionais vêm sendo questionados (…). A secularização da sociedade moderna não pára diante das igrejas evangélicas. Os jovens cristãos desafiam as lideranças eclesiásticas, os pais, os educadores e os valores espirituais e práticos do Cristianismo histórico. Surge, então, uma reflexão: será que ainda é possível viver de acordo com os dez mandamentos? O decálogo, como expressão clara do bem, ainda é válido para as gerações de hoje e de amanhã?” (Hans Ulrich Reifler).
Os dez mandamentos são de caráter:
•    Atual – Mt 5.18 (Deus mudou? O homem mudou?)

•    Prático – “Os dez mandamentos são tão aplicáveis hoje quanto a três mil anos para os hebreus, pois representam a expressão perfeita de quem é Deus e de como Ele quer que seu povo viva”.

•    Pessoal – Precisamos enxergar cada um dos dez mandamentos como um desafio que devemos assumir vivermos na vida pessoal e em todos os aspectos dela.

A APLICABILIDADE DOS DEZ MANDAMENTOS

1.    Uma bússola na peregrinação do deserto

O povo de Israel estava vivendo no Egito como escravo, sem leis próprias, sem orientação e sem rumo, mas Deus os trouxe ao Sinai a fim de lhe dar Suas Leis e formar a identidade daquele povo como Nação sacerdotal (Êx 19.5,6).

Hoje vivemos num mundo confuso. A maioria das pessoas não sabe definir os principais valores que norteiam suas vidas e a conseqüência disso é uma geração sem princípios. Vivemos numa sociedade volúvel e superficial.

Assim como ocorreu ao povo de Israel, Deus tem direção e propósito para essa sociedade que caminha no deserto existencial sem rumo e propósito. Os Dez Mandamentos continuam tendo para a nossa geração o mesmo valor que tinha para Israel a mais de 3 mil anos atrás. Somente um povo com valores eternos é capaz de permanecer eternamente (Nação de Israel).

É muito diferente alguém que não sabe o que está fazendo nessa vida e alguém que sabe para onde está indo. Quem tem uma direção, canaliza nela todas as suas energias.

2.    Princípios e valores verdadeiros

O Dez Mandamentos são muito mais do que um conjunto de princípios éticos para a humanidade, eles nos dão rumo e propósito na vida porque nos ensinam a olhar para os valores verdadeiramente eternos. Eles nos fazem olhar para Deus como um Deus real e único, digno de ser adorado e nos ajudam a ver a vida dos homens com algo sagrado (nossos deveres para com Deus e para com o próximo).

Os Dez Mandamentos nos ensinam a vivermos com valores! Uma vida sem valores perde o seu valor! A sua vida tem mais valor do que você imagina. Quando encontramos o valor na vida, então a nossa visão acerca de tudo muda: matrimônio, saúde, trabalho, dinheiro, serviço, missão, as pessoas etc.

3.    Divina orientação de como seguir a retidão

Toda infração ou pecado que cometemos é uma infração a algum (s) dos Dez Mandamentos. A causa de toda desgraça humana resulta da quebra desta aliança. Se a nossa sociedade seguisse os Dez Mandamentos, teríamos justiça e paz.

4.    Essência: liberdade

Os Dez mandamentos são palavras que preparam as pessoas para viver uma vida de liberdade (Dt 6.21-24). Deus havia libertado o povo do Egito e o povo não queria mais ser escravo. Um povo sem princípios eternos se torna escravo dos tiranos físicos e espirituais (internos e externos).

5.    Fruto de uma experiência com Deus

Os dez mandamentos não são resultados de uma reflexão racional, mas de uma profunda experiência com Deus:

Êxodo 34:29: “Quando desceu Moisés do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu do monte, não sabia Moisés que a pele do seu rosto resplandecia, depois de haver Deus falado com ele”.

2 Coríntios 3:18: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”.

2Coríntios 3
•    Para que os mandamentos tenham um efeito transformador em nossas vidas, precisamos de uma experiência no espírito (vs.3,6).
•    Haverá uma glória superior e crescente (vs. 7-11).

1Jo 1.1-4.

A revelação é o principal aspecto para compreendermos os Dez Mandamentos. A própria palavra “Decálogo” que no grego é traduzida como ta deka rhemata, nos sugere que deve ser uma revelação transformadora (a palavra rhema).

6.    Revela o plano divino para o nosso sucesso

Deus quer que a nossa vida dê certo, por isso nos deu os Dez Mandamentos. Eles são instruções reveladoras de como podemos ser bem sucedidos em nossa relação com Ele, com a família, com o próximo, no trabalho, nas finanças, no direito de propriedade etc. Se todos nós aplicássemos o Dez Mandamentos em nossas empresas, famílias, igreja etc, nossa vida seria outra!

Dt 4.1-6

7.    Só podem ser compreendidos e cumpridos em amor

Toda a vida humana está traduzida nos Dez Mandamentos e estes, segundo Cristo, estão resumidos numa única palavra: “amor”. A grande questão é se amamos a Deus, aos seres humanos e a nós mesmos, porque o verdadeiro fundamento em nossa vida é o amor.

Sem o amor, os Mandamentos parecem vazios e sem sentido.

Mateus 22.37-40: “Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.

Romanos 13.9,10: “Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”.

CONCLUSÃO

Os Mandamentos do Senhor não pretendem impor sobre nós uma carga enfadonha, mas encorajar-nos a vivermos alinhados com o propósito para o qual fomos criados.

Sl 19. 8-14: “Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa. Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão. As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!”.

UM ÚNICO DEUS – “Não terás outros deuses diante de mim”
“Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o YHWH, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.1-3)

INTRODUÇÃO

1. Deus não começa ordenando, Ele começa se revelando!

•    Nossa obediência a Deus deve brotar da consciência de quem Ele é (Conhecer a Deus – YHWH).
•    Se não entendermos quem Ele é, não entenderemos o que Ele quer.
•    Quando conhecemos alguém, sabemos o que lhe agrada ou não. Quando amamos esse alguém, o nosso desejo é agradar-lhe.

2. Deus revela ao Seu povo quem Ele é através das coisas que Ele faz (“que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”).

Tt 3.3-7: “Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna”.

3. Amar a Deus é o centro da nossa obediência a Ele.

A REVELAÇÃO DE DEUS NO PRIMEIRO MANDAMENTO
O primeiro mandamento é o testemunho da exclusividade e singularidade de Deus, ou seja, revela o Senhor em Seu caráter, Seu ser e Sua ação.

Seis verdades, seis atributos de Deus são revelados através desta autodeclaração divina:

1. É um Deus e Senhor exclusivo – o Alpha e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Início, o Absoluto, a Suprema Autoridade, que tudo ordena, exige e completa.

2. É um Deus pessoal (“teu Deus”) – “Teu” é pronome possessivo. Deus está pronto a se entregar totalmente, com toda abnegação divina, e faz isso através de seu único filho, Jesus Cristo, que se entregou por nós. Por isso, podemos dizer hoje: “Ele é meu Deus”.

3. É um Deus de relacionamento – Ele se relaciona com aquilo que criou. Deseja comunicar-se conosco e nos revelar a Sua vontade.

4. É um Deus presente e constante – “Eu sou” significa que Ele é no presente, e mais, Ele é “onipresente”. Deus é o mesmo hoje e sempre (Hb 13.8); Ele não muda. Não é um Deus do passado, é um Deus presente nas aflições do dia-a-dia (Sl 46).
•    De todos os seres do universo, somente Deus tem dignidade “intrínseca”. “Intrínseco” significa “que pertence à essência do ser” ou lhe é “inerente”. Em outras palavras, somente Deus tem valor totalmente em Si e de Si. Todas as outras coisas recebem seu valor da associação com Ele.

5. Ele é um Deus de ação libertadora e salvadora – um Deus que não dorme, mas que atua, age e liberta o povo.

6. É um Deus fiel – Ele não muda de opinião ou de propósito eterno, é fiel a Si mesmo e ao Seu plano eterno para com os homens. “Sou quem sou”. Os homens podem mudar de idéias, convicções ou propósitos; Deus não muda (Ml 3.6), Ele reina soberanamente sobre todos de maneira absoluta e irrevogável.

UM MUNDO COM MUITOS DEUSES
1. Deus anuncia Sua exclusividade num mundo em que existiam muitos deuses (egípcios, cananeus, jebuseus).
a. Hoje, ao invés de Baal e Astarte, os deuses se chamam sucesso, prestígio, o próprio “eu”, fama etc.
b. Os Ídolos modernos trazem insegurança, necessidade de aceitação… escravidão!!

2. Se pertencemos só a Deus, estamos livres de pertencer aos tiranos que querem nos aprisionar.
•    O objetivo do primeiro mandamento é proteger a nossa liberdade.

3. Quando amamos a Deus “tridimenssionalmente” (Mt 22.37), não nos apaixonamos pelas futilidades desse mundo:
Salmos 31:6: “Aborreces os que adoram ídolos vãos; eu, porém, confio no SENHOR”.
•    Amar a Deus de todo o coração não significa odiar o mundo e as pessoas. Jesus entende o amor de Deus manifestado no amor ao próximo. Por isso, acrescentou ao primeiro mandamento um segundo: “Mas o segundo é semelhante a este: amarás o próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39).

4. O primeiro mandamento contém a condenação explícita de qualquer forma de idolatria, seja visível, ou invisível.
a. A revelação do Sinai é totalmente contrária à idolatria, na forma de imagens ou apegos insensatos. “Não terás outros deuses DIANTE de mim”.

5. A idolatria é uma loucura condenada nas Escrituras: Jr 2.26-28; 10.1-16; Is 40.18-20; 41.4-7; 44.9-20; Sl115.
a. “Sacrificar” a outros deuses leva a destruição (Êx 22.20). “Sacrificar” é dedicar-se.
b. Não lembrar e nem usar o nome de outros deuses (Êx 23.13). Usar o nome de alguém é identificar-se com tal pessoa.
c. Três espécies mais comuns de idolatria praticada em Israel: Altares, colunas e postes-ídolos (Êx 34.13,14). Deus não tolerará desde a idolatria mais extravagante, explícita, visível a mais íntima, implícita, invisível.
d. A idolatria é vista como prostituição espiritual, adultério (Êx 34.16). Podemos parafrasear 1Co 6.17 e 1Co 6.16: “Quem adora a um ídolo se torna um só com ele”.

6. Dt 11.16 refere-se a quatro quedas consecutivas no caminho da idolatria:
•    O engano do coração
•    O desviar-se
•    O servir a outros deuses
•    O prostrar-se diante deles

POR QUE “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM”?
1. Porque Deus é Todo-Suficiente
Não temos motivos para querer outros deuses ou precisar deles, porque Deus é suficiente.

Quando o povo de Israel estava “coxeando entre dois pensamentos”, diante do poder de Deus, entendeu que não necessitava de outro deus:
1 Reis 18:39: “O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus!”

2. Porque só podemos provar fidelidade quando O adoramos e O servimos diante da idolatria e pressão que nos cerca
Daniel adorava a Deus três vezes por dia (de janela aberta voltado para o templo de Jerusalém) na Babilônia, cercado de hostilidade e de paganismo.
Daniel 6:10: “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas (não era segredo) do lado de Jerusalém (sabia para onde olhar), três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer”.

Salmos 138:1: “Render-te-ei graças, SENHOR, de todo o meu coração; na presença dos poderosos te cantarei louvores.

3. Porque só assim manteremos o nosso foco na vontade dEle e seguiremos em retidão
Quando não temos nenhum outro deus, mas servimos e adoramos somente o verdadeiro Deus, nos guardamos do mal, da queda e da desobediência.

4. Porque isso nos ajudará a nos posicionarmos diante dos apelos do mundo
Só assim manteremos o nosso coração focado na vontade perfeita de Deus
Josué 24:23: “Agora, pois, deitai fora os deuses estranhos que há no meio de vós e inclinai o coração ao SENHOR, Deus de Israel”.

Quais são as coisas que me prendem (pensamentos e decisões) no dia-a-dia? Com o que eu gasto meu tempo e recursos?

5. Porque assim venceremos as tentações
Mateus 4.8-11: “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”.

Quando o nosso foco está unicamente no Deus Verdadeiro, não haverá espaço para as tentações prevalecerem.

CONCLUSÃO

Reserve este momento para sondar o seu coração e ver a sua vida à luz do primeiro mandamento. O que ocupa seus pensamentos na maior parte do dia? Suas tomadas de decisões são tomadas em cima de que valor principal? Há algo que você percebe um apego fora do normal? Você tem buscado conhecer a Deus como prioridade em sua vida?

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