BATISMO NO TANQUE OU EM ÁGUA CORRENTE?

BATISMO

11. QUEM ORDENOU QUE SE BATIZE NO TANQUE DE ÁGUA (BATISTÉRIO), QUANDO O PRÓPRIO JESUS FOI BATIZADO DENTRO DO RIO?

        Ouvimos pelo rádio a longa exposição de um orador que pretendia provar que todas as cenas de batismo no relato bíblico foram efetuadas em rio. Em vão tentou convencer os seus ouvintes. Escreveu H. Tucker a rezão: "Dois males intelectuais perturbam o curso certo do raciocínio; primeiro é olhar as coisas apenas de um lado; segundo é levar a conclusão parcial a um extremo de prática." E prossegue o historiador: "Em nenhum tema o abuso foi mais longe que na questão do batismo. Muito cedo se começou a anunciar o batismo como essencial a salvação."

     Noutro extremo estão os que desprezam a forma batismal, revelando-a a um segundo plano. O testemunho imparcial entre crentes e evangélicos ou padres católicos é que o batismo bíblico é por imersão em água, como significa a própria palavra, que é mera transliteração do vocábulo grego "baptizo", eu imerjo.

          Ora, João Bastita batizou no Jordão. Jesus ordenou o batismo, mas em nenhuma referência preceituou que deveria ser ministrado em rio ou em mesmo em água corrente!

      Tomemos os quase 3.000 que foram batizados em Jerusalém. Onde foram eles batizados? Sabemos que Jerusalém não é banhada por rio. O Jordão passa nas proximidades de Jericó, já bem distante. O comentador Hackett, apreciado pela simplicidade e competência, observa em relação ao culto batismal de At 2: Ao declarar "foram batizados" não se deve entender que o fato ocorreu naquele exato minuto. Mas se pelo relato de At 8.1-2 a perseguição teve curso logo em seguida, entende-se que os doze batizaram no curso daquele dia os novos convertidos. Prossegue o comentarista: "São muitos os poços ao redor de Jerusalém e pela prática comum entre os orientais não seria difícil usar tais poços, ainda que privativos" (An American Commentary on the NT). Onde teria sido batizado o carcereiro, conforme At 16.33? Naquela hora da noite teria sido impossível saírem os batizados à procura do rio onde Lídia costumava orar. De Wett declara que o carteiro teria sido batizado no mesmo tanque onde guardavam água e de onde tiraram para lavar as costas dos maltratados apóstolos. Meyer acrescenta: o batismo foi realizado em dependências do próprio tribunal, onde o carcereiro residia. E acrescentou: "Nas casa daquela região se colocava um tipo de tanque de forma retangular chamado impluvium, por coletar água de chuvas. Mas o batismo poderia, numa outra hipótese, ter sido ministrado no columbetra, que era o poço de banho dos prisioneiros, sempre nas prisões." Gregos e romanos eram cuidadosos desta parte importante da higiene dos presos e limpeza dos presídios.

         Devemos nos lembrar que o ato do batismo fazia parte do ensino e da prática cristã, de tal forma que o convertido da estrada de Gaza pediu logo o batismo. De modo igual, o carcereiro, após ter recebido a salvação pela fé em Cristo, foi submetido as batismo. Certamente ele estava informado pela irmã Lídia da realidade do rito batismal.