Google+ O MEU POVO PERECE POR FALTA DE CONHECIMENTO.: Liderança Eclesiástica

sábado, 24 de maio de 2014

Liderança Eclesiástica

*Liderança Eclesiástica


O LÍDER QUE DEUS USA

 Liderança faz a diferença, por sinal uma grande diferença, pois ela oferece direção, molda o caráter e cria oportunidades. Os efeitos da liderança começam no nascimento, mas não deixam de existir com a morte. Os pais nutrem uma pequena vida em direção a um destino, embutindo valores, alvos e objetivos. Mesmo ainda jovem em maturidade, uma forma especial de potencial é despertada em alguns. Juntamente com os genes, paternos e maternos, e a formação vêm as escolhas de Deus: alguns homens e mulheres são destinados a liderar e influenciar outros. Aqueles que Deus separa para liderar desfrutam tanto os privilégios quanto as responsabilidades. Suas influências, extensivas e efetivas, sobre outras pessoas os distinguem dos seguidores. A liderança de alta qualidade será encontrada entre os mais valiosos tesouros que qualquer comunidade ou organização possui. A liderança de baixa qualidade, ao contrário, produz um desperdício trágico e uma frustração caótica. Líderes de Deus estão sempre em falta.

Muitas pessoas mantêm a opinião que líderes nascem com um talento especial para a direção de outros. Eles são presentes de Deus para a sua igreja. Outra opinião é mantida de que líderes são feitos e moldados pela educação, experiência e circunstâncias. As oportunidades favoráveis que surgem em alguns ambientes e situações formam a prova máxima, na qual líderes adquirem seus incentivos e oportunidades. A melhor explicação une elementos das duas teorias. Deus escolhe e molda o caráter dos homens e das mulheres que ele quer para liderar seu povo, tanto pelo nascimento como pela oportunidade.

Algumas pessoas têm um talento administrativo. Naturalmente, elas almejam a liderança. A influência e o controle lhes dão uma sensação de importância. Já que cada pessoa tem uma necessidade natural de se sentir valorizada e querida, os líderes tendem a ser invejados. Contudo, seguidores devem saber que alguns líderes talentosos são uma ameaça. O caráter do líder e a qualidade de sua liderança fazem uma grande diferença no progresso e bem-estar de um grupo.

Não há discussão quanto a importância da liderança. Basta apenas pensarmos em uma sala de aula sem um professor ou professora. Através da história, Deus tem escolhido líderes que ele tem usado para dirigir e preservar seu povo. Uma comunidade sem liderança é como um corpo sem uma cabeça, ou um barco sem um leme. No momento em que a falta de liderança surge, uma organização tende a seguir alguém, ou então, se dispersar. Jesus lamentou a falta de propósito da vida de seus contemporâneos. Ele os comparou as ovelhas que não têm pastor (Mt 9.36). A tendência de um grupo sem um diretor é questionar a sua existência. Como uma flor fora do tempo, sua tendência natural é murchar e desaparecer. Onde estavam o homem ou a mulher que Deus poderia ter usado para liderar seu povo?

Dr. Anthony d'Souza, sócio-diretor da Xavier Institute of Manage­ment em Bombain na Índia, definiu liderança como: "a habilidade de controlar, gerenciar e alcançar determinados alvos por meio de pessoas". Não existe nenhuma menção de valores éticos nessa definição. Adolph Hitler levantou-se do grau de soldados comuns, e "pintor de casas", para tornar-se um dos mais poderosos homens da história. Em apenas seis anos o Fuehrer reanimou o potencial alemão, unindo seu povo e colocando expectativas tão eficientes que a "máquina-de-guerra” alemã conquistou muito da Europa e ameaçou o mundo. Nenhum cristão poderia imitar seu estilo perverso de liderança, nem seus objetivos pecaminosos. Pelo contrário, quando um líder toma as rédeas de uma nação inteira, e a direciona para fins justos, ele abençoa qualquer povo. A liderança poderosa precisa, então, procurar o benefício de todas as pessoas sobre as quais ela mantém influência. Esta é a forma pela qual homens de Deus são usados por ele e o glorificam.

 John Haggai vê liderança como: "A disciplina de deliberadamente exercer influência dentro de um grupo para levá-lo a alvos de benefício permanente, que satisfaz as necessidades do grupo". Esse pensamento se encaixa bem com a perspectiva de Jesus e dos autores do Novo Testamento. O Reino precisa ser procurado e seus alvos seguidos. Aqueles que assumem a liderança abençoam e agradam seu Senhor.

Liderança cristã, mais do que outra qualquer, precisa escolher objetivos que são coerentes com a vontade e lei de Deus. A liderança positiva precisa ser exercida por um homem ou uma mulher que conheça a Deus e inclua os alvos dele. As prioridades do líder precisam ser prioridades bíblicas. Suas qualidades precisam ser aquelas que lhe dêem o nome de amigo de Deus (]o 15.15) e de cooperador com ele (lCo 3.9). Como Paulo, sua ambição única será agradar a Deus (2Co 5.9). O apóstolo sabia que tinha sido escolhido por Deus para liderar outros, mesmo antes de seu nascimento (Gl.1.15). Deus lhe deu a responsabilidade de influenciar permanentemente outras pessoas para a glória dele.

Nosso alvo neste livro é refletir nos componentes essenciais da liderança bíblica. Por que ela é tão importante? Por que Deus escolhe líderes eficientes, em vez de pessoas sem qualificações? A quem deve ser dado o privilégio e a responsabilidade para liderar e controlar outras pessoas? Como pode a eficiência de um líder ser prognosticada? Como Jesus e os autores bíblicos entendiam a liderança? Qual treinamento é necessário para um líder, e como ele pode melhorar as suas habilidades adquiridas? Se pela leitura desse livro o leitor entender mais claramente as armadilhas e o potencial que uma liderança piedosa oferece, nosso alvo principal terá sido alcançado.

QUE TIPO DE LÍDER DEUS USA?

Quando pensamos em um líder, nosso foco recai sobre alguém "que convence seguidores de que pode resolver seus problemas de uma forma melhor e mais eficaz do que qualquer outra pessoa”. A compreensão do de que consiste a liderança, leva-nos a um indivíduo que reconhece os problemas, as dificuldades e as necessidades de um grupo. Ele ajuda a identificar o que está errado e lidera pessoas no caminho de soluções satisfatórias. Qualquer indivíduo que segue um bom líder vive confiantemente. O otimismo penetra qualquer grupo que é abençoado com uma liderança piedosa.

Um líder convence outras pessoas a segui-lo porque tem respostas e soluções. Ele sabe o caminho a seguir ou, pelo menos, convence seus seguidores de que é competente. Pouca ou nenhuma vantagem pode ser obtida pela elevação de alguém a uma posição de autoridade, se essa pessoa é nitidamente incapaz de convencer o grupo de que pode resolver seus problemas. Visto que um grupo sem líder sente-se instintivamente como se estivesse condenado, ele dará as boas-vindas a qualquer um que estiver disposto a indicar-lhe a saída. Este poderá ser um homem de Deus ou um patife ambicioso, um destruidor, ou alguém que determina o passo ideal. E será tolerado até que apareça um líder mais persuasivo. Esse tipo de líder administra precariamente em sistemas democráticos, mantendo seu poder através do medo e por ameaças. Fidel Castro talvez não tenha  melhorado a vida de muitos cubanos, mas tem mostrado como o poder pode ser mantido através da força e do medo.

Para um líder guiar, precisa ter autoridade, tanto quanto um automóvel precisa de um motor para ser dirigido. Se o líder é escolhido desconsiderando-se os critérios de Deus e os valores bíblicos, o grupo e seus propósitos serão postos em perigo. Exemplo claro disso foram as trágicas conseqüências da escolha de Israel, para que Abimeleque reinasse sobre eles (Jz 9). A sua história sórdida demonstra o quão é importante fazer a escolha certa. A Bíblia oferece grandes exemplos de líderes escolhidos por Deus. Suas personalidades foram tão distintas quanto as suas faces e as suas biografias, no entanto, algumas características merecem uma consideração especial. A liderança depende de algumas qualidades e habilidades.

Exemplos Bíblicos de Homens Usados por Deus
José: Um Líder Ideal Moldado em uma Prova Severa de Rejeição

A famosa história bíblica de José apresenta-nos um homem humilde de princípios. O status de filho favorito que José tinha, em vez de fazê-lo orgulhoso e esnobe, despertou-lhe o desejo de viver à altura das expectativas de seus pais. Os sonhos que Deus dava a José convenceram-no não do fato de que de era muito bom para servir outras pessoas mas, ao contrário, de que Deus o tinha escolhido para uma tarefa especial. Quando seus irmãos venderam-no como escravo, em vez de nutrir um espírito de autocomiseração, José manteve sua atitude positiva. Deus duramente testou seus princípios, mas ele não vacilou. Embora a esposa de Potifar tenha tentado repetidamente seduzi-lo, José resistiu às suas investidas por causa de seu caráter bem desenvolvido. Mesmo sendo inocente, seu aprisionamento falhou na indução da ira escondida ou de um espírito vingativo. Enquanto o copeiro de faraó tinha esquecido de apelar por sua causa justa diante do rei, José continuou servindo a Deus, abnegado, na prisão. O desapontamento grosseiro diante da terrível injustiça não provocou nenhuma ferida destrutiva em seu espírito. O sofrimento desmerecido não produziu uma falta de confiança na providência de Deus.

José foi um homem tão incomum, que sua preparação, por Deus, para a liderança, pode ajudar pessoas que aspiram qualquer ministério que influencie outras pessoas. A seguir veremos algumas de suas grandes qualidades, necessárias a líderes bem sucedidos.

Destaca-se um senso de vocação indestrutível. Desde sua infância, José acalentou um senso de destino. A atenção especial do seu pai, intensificada pelos sonhos que José entendera serem dados por Deus, lançou os alicerces da responsabilidade e da maturidade. A vocação, para um cristão, é algo sério porque ele sabe que a vida não é sem propósito. Ele sabe, como José sabia, que Deus marcou a sua vida com um valor distinto. O "chamado" bíblico não concede meramente a uma pessoa o direito de regozijar-se na liberdade de escolha e no auto-desenvolvimento, mas obriga-a a beneficiar outras pessoas. Através do curso da sua vida, José nunca perdeu aquela certeza. Ele pôde confiantemente falar a seus irmãos bajuladores, que temiam por suas vidas após a morte de Jacó: "Não temais; porque, porventura, estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande" (Gn 50.19-20). Um profundo senso do chamado de Deus para servir outros deve marcar a vida dos líderes.

Deus, depois de moldar seu servo através de muitos sofrimentos e provas, finalmente elevou José à posição de primeiro ministro do Egito. Ele foi tirado das algemas da prisão para exercer autoridade absoluta sobre todo o Egito, ao lado do próprio faraó. Ele não foi motivado pelo poder ilimitado para despejar a vingança sobre seus irmãos invejosos ou da esposa mentirosa de Potifar. Ele chorou diante de seus irmãos enquanto eles pediam seu perdão. A liderança, de acordo com os parâmetros de Deus, não pode ser contaminada com a inveja e o ressentimento.

Examinando mais profundamente a vida de José, um líder escolhido por Deus, podemos ressaltar outras qualidades marcantes, como estrelas brilhando em uma noite sem nuvens. Stogdill sugeriu que perfis psicológicos, em si mesmos, dão pouca indicação do surgimento de um líder capacitado. Porém, em resumo, a vida de José era significativamente caracterizada pelo seguinte perfil:

 Primeiro, ter capacidade e potencial indiscutíveis (inteligência, atenção, facilidade de se comunicar, originalidade, julgamento). José demonstrou todas essas qualidades durante sua vida. Ambos, Potifar e o faraó, imediatamente reconheceram em José uma pessoa dotada e incomum. A confiança deles acabou sendo bem fundamentada.

Segundo, realização requer sabedoria, conhecimento e consumação. Ainda que não tenhamos qualquer idéia sobre a formação acadêmica de José, não há dúvida alguma com relação à sua habilidade de administrar o armazenamento da colheita e o seu programa de distribuição.

        Terceiro, ter uma responsabilidade irrefutável (confiança, iniciativa, persistência, auto confiança, desejo de vencer). Sem ter dado atenção aos detalhes e a integridade, José raramente poderia ter manejado o imenso e complexo trabalho ordenado pelo faraó.

Quarto, ter uma participação direta (atividade, sociabilidade, cooperação, adaptação). Claramente, José tomou parte no processo de implementação de um programa nacional estabelecido para evitar a fome sobre a nação. A mudança de longos anos em uma prisão para uma alta posição governamental, requer mais do que uma pequena dose de adaptação. A sociabilidade e a cooperação foram o seu pão de cada dia. A participação direta fez com que o programa fosse bem-sucedido.

Quinto, ter um status integrado (posição socioeconômica, popularidade). A popularidade de José em todas as esferas Sociais e econômicas em que Deus o tinha colocado, brilha através das linhas da narrativa de Gênesis. Embora seja verdade que a falta de popularidade entre seus irmãos fosse gerada pela inveja destes, não houve hostilidade alguma da parte de José que encorajasse essa animosidade destes. Obviamente, líderes que carecem popularidade precisam implementar força.

Sexto, estar em uma situação ordenada por Deus (habilidade mental, experiências, necessidades e interesses de seguidores, objetivos para serem alcançados e tarefas para serem realizadas). Durante sua longa vida, José demonstrou uma habilidade incrível de manejar as tarefas a ele apresentadas. Não há sugestão alguma de que ele sentiu-se derrotado completamente pela situação que Deus colocara diante dele.

José ilustra como as circunstâncias e as capacidades para liderar combinam-se na formação de líderes marcantes. Como Stogdill escreveu: "A evidência forte indica que habilidades diferentes de liderança e as peculiaridades são exigidas em situações diferentes. Os comportamentos e as peculiaridades que capacitam um criminoso para ganhar e manter o controle sobre uma quadrilha não são as mesmas que capacitam um líder religioso para formar e manter um grupo de seguidores. Contudo, algumas qualidades gerais como a coragem, a firmeza e a convicção parecem caracterizar ambos"

Notavelmente sociável e articulado, José atraiu atenção, independentemente de sua posição servil, como escravo na casa de Potifar. Que outra razão teria uma pessoa de alta-classe, esposa de um oficial, para seduzi-lo? Sua adaptabilidade brilha durante toda a narrativa de Gênesis. Como um escravo em uma casa, como um prisioneiro na cadeia ou como o primeiro ministro do país, José conduziu as suas responsabilidades naturalmente. Ele deu a impressão de que havia sido especialmente treinado para as diversas atividades que realizara. Sua responsabilidade brilha adiante, como um diamante polido no meio de seixos.

Em todas as tarefas que era obrigado a fazer, ele sempre inspirava confiança. José foi elevado ao topo por causa da peculiaridade de seu caráter. Desse modo é que um líder deve demonstrar sua capacidade. Ele pode confiantemente levar adiante as responsabilidades pesadas pertinentes à liderança.
Sua auto confiança não deve ser entendida como mera segurança de que ele poderá realizar com êxito qualquer exigência que for posta diante dele. José foi mais do que um administrador habilidoso e capacitado. Ele demonstrou em sua conduta que era um homem que tinha completa confiança em Deus. Paulo descreveu essa atitude assim: "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.13). Um líder piedoso precisa possuir este tipo de atitude, não em si mesmo, mas naquele que é totalmente confiável: Deus. José foi elevado ao topo por causa de qualidades marcantes que um bom líder necessita ter.
  MOISÉS: UM HOMEM PREPARADO E USADO POR DEUS

  O potencial da liderança de Moisés teve origem na criatividade de sua família (Hb 11.23). Quando recusara aceitar o status de neto do Faraó, ele demonstrou firmeza e convicção (v.24). Ele escolheu ser maltratado e alienado, em vez de permanecer no conforto e na segurança do palácio. Moisés expressou sua segurança pessoal de um homem que reconhecera que Deus o tinha separado à parte para uma missão especial (vv. 25,26). Sem medo perante a ira do rei, nem imprudência, demonstrou fé nas promessas de Deus, as quais o mantiveram cativo a Deus e seus propósitos por quarenta anos no deserto. Deus testou a paciência de Moisés severamente, enquanto assistia sua vida mergulhando nas areias do deserto, aparentemente, sem nenhum alvo desafiador ou resultados marcantes que pudessem virar história. Quando Deus, finalmente, o chamara para abandonar o pastoreio das ovelhas do seu sogro, para assumir uma posição ímpar de pastor da nação de Israel e libertar o povo do cativeiro, Moisés tentou escapar dessa responsabilidade. Deus superou sua relutância natural, devido ao seu impedimento de falar, para que, por fim, ele comunicasse bravamente a vontade de Deus ao Faraó, ainda que naquele momento isso pudesse custar sua própria vida.

Moisés demonstrou incríveis qualidades de liderança durante os quarenta anos de jornada pelo deserto. A paciência, a preocupação pela glória de Deus e a perseverança são as qualidades que especialmente se sobressaem. Quase que com a mesma importância foram a sua coragem perante o perigo, a sua criatividade perante a rebeldia e a sua mansidão diante de tribulações. Todos esses elementos de liderança de alta qualidade são manifestos em Moisés. Sua fama, depois de milhares de anos, eleva-o ao nível de um dos mais extraordinários líderes de todos os tempos.

A atual análise de liderança mostra que as excelentes qualidades que Moisés apresentara são tão necessárias hoje quanto elas foram três mil anos atrás. Alguns líderes desenvolvem certos valores de âmbito pessoal. Por exemplo, James J. Cribbin enfatizou a seguinte lista de traços:

A. Desempenho Atual: É a habilidade de desempenhar bem as funções na posição atual que uma pessoa se encontra. Moisés recebeu o melhor treinamento e educação disponível no Egito. Como pastor das ovelhas de Jetro, ele foi completamente confiável.

B. Iniciativa: É a habilidade de ser um "auto-iniciador". Moisés tomou sua posição ao lado dos rejeitados escravos hebreus contra o mestre-de-­obra egípcio que batia em um companheiro hebreu. Caso não tivesse a fibra de um líder, certamente, Moisés não poderia ter escolhido se identificar com os oprimidos e ter assassinado o opressor (Ex 2.12-13).

C. Aceitação: É a habilidade de ganhar respeito e vencer a confiança de outras pessoas. Moisés levantou a questão de aceitação pelos israelitas desde o começo. Ele sabia que quarenta anos passados no deserto do Sinai, tomando conta de ovelhas, não era a experiência que a maioria consideraria como algo essencial à liderança (Ex. 3.11). Deus usara de pragas e da função mediadora de Moisés, infligindo aqueles julgamentos milagrosos, para ganhar o respeito dos egípcios e também o dos israelitas.

D. Comunicação: É a habilidade de articular claramente o propósito e os alvos do grupo. Embora Moisés acreditasse que não tinha eloquência  tendo sido afligido com uma "boca pesada” (Ex 4.10) durante o curso de sua vida, ele exibiu uma habilidade de comunicação incomum. A habilidade "de ter acesso" às pessoas em vários níveis precisa fazer parte das funções de um líder. Em várias ocasiões, Moisés teve que responder às murmurações e as incredulidades dos israelitas com argumentos válidos e decisões persuasivas. Mais importante ainda, ele foi especialmente perito em comunicar-se com Deus. Considere a exposição do autor da conclusão de Deuteronômio  "Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o SENHOR houvesse tratado face a face" (Dt 34.10). Um homem de oração é a exigência básica para a liderança cristã.

E. Análise e discernimento: É a habilidade de alcançar conclusões idôneas baseadas na evidência. Moisés julgou corretamente a criação do bezerro de ouro, e a sua adoração, como repúdio a Deus. De alguma forma, Arão não demonstrou a habilidade para analisar o pedido da liderança israelita. Sua análise foi tristemente prejudicada pela falta de discernimento, de tal forma, que coincidiu com os desejos deles sem qualquer reação negativa (Ex 32.1-6). Como um líder deficiente, Arão trouxe destruição à nação. O resultado foi o caos espiritual, e milhares morreram como conseqüência.

F. Realização: É a quantidade e a qualidade de trabalho produzido através do uso efetivo do tempo. Mais uma vez Moisés se sobressai nessa categoria. Foi ele que, não somente liderou o povo para fora do Egito, mas também, deu a Lei, o tabernáculo e as cerimônias pelas quais Israel tinha que se aproximar de Deus e conhecer a sua vontade.

G. Flexibilidade: É a habilidade de adaptar-se a mudanças e de ajustar-­se ao inesperado. De um príncipe honrado na corte do faraó, a um pastor insignificante no Sinai, até um porta-voz de Deus e líder de uma nação, Moisés demonstrou tremenda adaptabilidade. Sua humildade ímpar o fez verdadeiramente maleável nas curvas e travessas do caminho que Deus colocara perante ele.

H. Objetividade: É a habilidade para controlar sentimentos pessoais, uma mente aberta. A reação de Moisés, à sugestão de Deus que ele haveria de destruir Israel da face da terra e fazer de Moisés uma grande nação, demonstra como este era destituído de sentimentos pessoais e de ambições orgulhosas (Ex 32.11-13). Uma breve reflexão mostrará que cada uma dessas oito características foram refletidas na liderança de Moisés.

Um estudo supervisionado pelo Fuller School of World Mission em Pasadena, na Califórnia avaliou 900 líderes de igrejas do passado e do presente, na esperança de descobrir quais os comportamentos básicos que melhor podiam explicar sua eficiência. A primeira convicção desses líderes afirma que eles acreditam que a autoridade espiritual é um princípio básico do poder espiritual. Já que o impacto de uma vida flui do poder espiritual de um homem, é necessário esclarecer que aqueles que têm melhor servido a Deus são aqueles que têm vivido em relacionamento mais íntimo com ele. Moisés alimentou sua intimidade com Deus através da oração, da comunhão e da obediência.

Sabemos muito pouco sobre a mãe de Moisés para tecermos comentários sobre o seu impacto na vida do filho. Podemos ter. certeza, porém, que sua criatividade, livrando a vida de seu filho (Ex. 2.3,4), e a coragem que ela demonstrou aceitando a responsabilidade de criá-lo para a princesa egípcia, foram fatores primordiais na formação do caráter de Moisés. Será que podemos justificar a criação de um paralelo entre a mãe de Moisés e Susanna Wesley que teve um impacto no mundo através da influência que ela exerceu nos seus filhos, John e Charles Wesley, os fundadores do Metodismo do século XVIII, na Inglaterra?

Os segredos da criação dos filhos de Susanna foram resumidos da seguinte forma:
1. Ela ensinou autoridade, pela sua reverência.
2. Ela ensinou domínio, pela sua satisfação.
3. Ela ensinou sucesso, pela sua criatividade.
4. Ela ensinou sofrimento, pela sua tolerância.
5. Ela ensinou responsabilidade, pela sua regularidade.
6. Ela ensinou disciplina, pela sua bondade.
7. Ela ensinou liberdade, pela sua lealdade.
8. Ela ensinou planejamento, pela sua determinação.
9. Ela ensinou propósito, pela sua fé.
10. Ela ensinou liderança, pela sua iniciativa.
11. Ela ensinou vitória, pelo amor.
12. Ela ensinou domínio, pela sua segurança.
13. Ela ensinou liberdade, pela sua virtude.
14. Ela ensinou responsabilidade, pela sua firmeza.
15. Ela ensinou alegria, pela sua alegria.

É verdade que não podemos saber completamente como a mãe de Moisés demonstrou essas virtudes. Porém, podemos ter uma idéia de que as qualidades que o escolhido de Deus apresentara durante os quarenta anos de exaustivos desafios e tribulações, foram instiladas por um tipo de retaguarda que ele e os Wesleys receberam. Os primeiros sete anos de vida de uma criança são os mais cruciais na formação da sua personalidade.

 Será que as mães estão instilando qualidades de caráter bíblico em suas crianças? Qual a influência que a televisão e os filmes têm em nossos jovens? Será que eles estão sendo moldados para o serviço de Deus, líderes que guiarão a Igreja e as organizações cristãs para o próximo milênio de forma bem-sucedida?

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Um Grande Líder e Bons Soldados

Grandes maravilhas o homem pode fazer quando é influenciado por um grande amor a um líder! As tropas de Alexandre marcharam milhares de quilômetros a pé deixando os homens extremamente cansados. Tudo isso eles fizeram por causa de seu zelo por Alexandre. Ele os levou conquistar e vencer. 

A presença de Alexandre era a essência da sua coragem e a glória da sua força. Uma coisa sabiam ao enfrentar um dia longo de marcha sobre as areias quentes: Alexandre marcharia com eles; se estivessem sedentos, sabiam que ele também estaria, pois quando lhe trouxeram um copo de água ele recusou – não se importou com o tamanho da sua sede – e mandou que aquele copo de água fosse dado ao soldado doente. Quando cansados pelo peso das cargas que levavam, pelos vistosos vestuários que usavam e por carregarem cunhas de ouro começaram a andar lentamente, o rei temeu que talvez não conseguissem alcançar o inimigo.

 Alexandre deixou que grande parte do carregamento que levava caísse aos seus pés e depois o queimou diante dos olhos de seus soldados. Ordenou que todos fizessem o mesmo, pois desta forma poderiam perseguir o inimigo e ganhar muito mais. “A porção de Alexandre está muito além”, gritou ele. Vendo o carregamento do rei em chamas seus soldados alegremente fizeram o mesmo. Ele fez a si mesmo o que havia mandado que os outros fizessem: na negação de si mesmo e na privação ele foi
cúmplice de seus companheiros de guerra. Da mesma maneira nosso Senhor e Mestre age conosco. Ele diz:
  “Renuncie aos prazeres pelo bem do próximo. Negue-se a si mesmo e tome a sua cruz. Sofra, embora esta provação possa ser evitada; labore embora possa descansar, mas a glória de Deus demanda sofrimento e labuta. Não lhe foi dado um exemplo?”

 Quem, “sendo rico se fez pobre por amor de vocês, para que por meio da sua pobreza vocês se tornassem ricos?” Ele se despiu de todas as coisas para que pudesse nos vestir com sua glória. Quando servimos a um líder de coração, somos inspirados pelo seu espírito e a murmuração, a reclamação o cansaço e a fadiga do coração são abandonados; e uma paixão divina nos leva para além de nós mesmos.

  Creio que um grande número de trabalhadores – não gostaria de julgá-los por isto – sempre levam em consideração o quão pouco podem fazer para receber sua recompensa e sua pergunta não é: “Quanto posso fazer para receber a recompensa?” Mas sim: “Qual é o mínimo que posso dar? Qual é o trabalho mínimo a ser feito para que eu não seja demitido por preguiça?” Alguns dirão: “Não podemos fazer tudo hoje, pois nada restará para ser feito amanhã: nosso Mestre não nos dará mais do que ele suporta e portanto não faremos mais do que somos obrigados”. Este é o espírito comum, e como nação estaremos arruinados se este espírito estiver entre nós, pois, cada vez mais seremos abatidos pela competição externa. 

  Entre os cristãos, no serviço ao Senhor Jesus, este conceito não pode ser tolerado. Nunca deve um ministro dizer: “Se pregar três vezes na semana farei mais do que alguém poderia esperar de mim, portanto não farei tal coisa”. Nunca será certo dizer: “Sou um professor de uma Escola Dominical e se chegar na classe na hora e alguns de vocês não chegarem também – e se eu terminar a aula exatamente na hora – não precisarei procurar nenhum de vocês durante a semana: não quero ser incomodado e farei exatamente o que se espera que seja feito por mim, nada mais”.

 Contaram-me que em uma determinada cidade havia uma mulher – esposa de um comerciante – que cortava a ameixa ao meio porque temia que uma ameixa pesasse mais que outra. E, então seus amigos começaram a chamá-la de D. Ameixa Partida. Há muitas Donas Ameixa Partida na religião. Não querem fazer mais que o necessário por Jesus. Gostariam de dar a melhor parte, mas ficam entristecidas por serem convencidas a dar tanto assim. Ora, quando percebemos que estamos servindo
ao Senhor Jesus Cristo adotamos uma escala muito mais liberal e jamais calculamos quanto unguento será suficiente para seus pés, mas damos a ele tudo que o nosso frasco contém . 

É assim que você fala? “Por favor, traga-me a balança porque este unguento é caro demais e devemos ser econômicos. Cuidado com cada centavo, cada miligrama e cada pingo, pois o nardo é muito precioso”. Se esta é a sua maneira de calcular a sua oferta ela não vale um figo podre. Observe o caso da filha amorosa narrado nos evangelhos. Ela quebrou a talha e derramou tudo o que tinha sobre o Senhor. “Seu gesto foi um ato de desperdício”, Judas exclamou (Jo 12.5). Foi Judas quem falou, assim você pode perceber o valor da observação. Os servos de Cristo têm prazer em dar muito, a ponto de outros acharem que aquilo que fazem é um grande desperdício. Porém, tais servos acreditam que quando outros julgam seus atos extravagantes por Cristo é que começaram a mostrar o amor que sentem por seu Senhor. Este é o poder do espírito da consagração que nos torna superiores à miserável avareza da mera formalidade.

 “O trabalho está bom o suficiente?” Disse um de seus servos. O homem replicou: “Está suficiente para o preço: e está de bom tamanho para o homem que vai recebê- lo”. É assim que funciona, quando servimos aos homens talvez julguemos de forma correta, mas quando o serviço diz respeito a Cristo eu lhe pergunto: “Há algo bom o suficiente para ele?” Poderíamos ser zelosos continuamente, nossa oração poderia não cessar, nossos esforços não saberem o que vem a ser descanso, poderíamos dar todo o nosso tempo, riqueza, talento, oportunidade; poderíamos morrer como um mártir milhares de vezes, pois o Amado de nossas almas não mereceria muito mais? É claro que sim! Portanto, a auto-congratulação foi banida para sempre. 

 Depois que tivermos feito tudo, ainda sentiremos que nada é incomparável ao mérito de Jesus e seremos humilhados só em pensar no assunto. Fazer tudo por Jesus estimula o zelo e provoca a humildade – uma mistura agradável que tem efeitos profícuos.

 Fazer tudo para Cristo produz um resultado incrível: você será superior a busca pelo reconhecimento que é a doença de muitos. Um sério problema do cristão é não conseguir fazer algo a não ser que o mundo todo comente a seu respeito. Ele é como a galinha da fazenda que se sente tão orgulhosa de chocar os ovos que cacareja até que todos comentem a novidade. É assim com alguns professores: seu trabalho tem de ser publicado ou não o fazem nunca mais. Certa vez, um destes professores disse: “trabalho aqui nesta escola há anos e ninguém jamais me cumprimentou por isto. Creio que alguns de nós fazemos muito, porém somos pouco notados, e isso é uma vergonha”. Se você estiver fazendo o serviço para o Senhor não deve comentar a respeito; seu objetivo tem de ser outro. 

O verdadeiro servo do Senhor dirá: “Não quero ser a manchete do dia. Fiz para o meu Mestre e estou contente porque ele me vê. Tentei agradá-lo, sei o que fiz e, portanto, não preciso de mais nada, já recebi o que buscava. Não procuro o louvor dos homens, pois creio que ele embaçará a prata – pura – das minhas obras”.

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Leia pensamentos clássicos essenciais de JOHN STOTT 

John Stott

BÍBLIA

O mundo moderno detesta a autoridade mas cultua a relevância. Nossa convicção cristã é que a Bíblia tem autoridade e relevância e que o segredo de ambos é Jesus Cristo.

CIÊNCIA

A Palavra de Deus visa nos fazer cristãos, não cientistas, para nos levar à vida eterna através da fé em Jesus Cristo. Não foi intenção de Deus revelar nas Escrituras o que os seres humanos podem descobrir por sua própria pesquisa e experimento.

CRUZ

O Evangelho é boas novas de misericórdia para os miseráveis. O símbolo da religião de Jesus é a cruz, não a balança da justiça.



Se você acha difícil crer em Deus, recomendo-lhe fortemente não começar sua pesquisa com questões filosóficas acerca da existência e da pessoa de Deus, mas com Jesus de Nazaré. Se você ler novamente a história de Jesus e lê-la como um pesquisador honesto e humilde, Jesus é capaz de se revelar a si mesmo e assim fazer com que Deus seja real para você.

IGREJA

A vida cristã não tem a ver apenas com nossos assuntos particulares. Se nascemos de novo na família de Deus, Ele não apenas se tornou nosso Pai, mas todo crente cristão no mundo, não importa sua nação ou denominação, se tornou nosso irmão ou irmã em Cristo. Mas não é bom supor que o pentercer à igreja universal de Cristo seja bastante; nós precisamos pertencer a algum ramo local dela. O lugar de todo cristão é na igreja local, compartilhando seu culto, sua comunhão e seu testemunho.

JUSTIÇA 

Nunca é suficiente ter pena das vítimas da injutiça, se nada fazemos para mudar sua própria situação injusta.

PAZ 

Deus é um pacificador. Jesus Cristo é um pacificador. Então, se queremos ser filhos de Deus e discípulos de Cristo, devemos ser pacificadores também.

PAZ

O estímulo para a promoção da paz é o amor, mas amor degenera em apaziguamento quando a justiça é ignorada. Perdoar e pedir perdão são exercícios custosos. Todo autêntico promotor cristão da paz demonstra amor e justiça , bem como a dor da cruz.

PECADO

O pecado e o filho de Deus são incompatíveis. Eles podem até se encontrar de vez em quando, mas não podem viver juntos em harmonia.

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LIDERANÇA ESPIRITUAL

A Necessidade de um Líder

Deus inicia seu programa, não com uma organização, mas com um homem.

"Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei". (Ezequiel 22.30)


"Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João". (João 1.6)

"Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui envia-me a mim". (Isaías 6.8)


O Estilo de Liderança de Jesus

Atitude de Jesus - Filipenses 2.5-11


1. Cristo renunciou à sua dignidade pessoal!
2. Cristo assumiu o papel de servo!
3. Cristo se tornou homem!
4. Cristo se humilhou como homem!
5. Cristo obedeceu até à crucificação!


O Ensino de Jesus Sobre a Liderança - Marcos 10:42-45

Duas lições que Jesus ensinou seus discípulos:

1. Há uma soberania na liderança espiritual. O ministério liderança espiritual é soberanamente conferido por Deus.

2. Há sofrimento envolvido na liderança espiritual. Há um elevado preço a ser pago por um ministério espiritual de grande influência - preço que não pode ser pago de uma só vez. A lição fundamental é que a grandeza só vem mediante a servitude, e o primeiro lugar em liderança é obtido apenas mediante a pessoa tornar-se servo de todos.

Alguns Pensamentos Sobre a Liderança Espiritual

Cada crente é um ministro, um crente-sacerdote, que tem um papel de serviço ativo no Corpo (não passivo, de ser servido).

Não há diferença essencial entre o "ministério" de um pastor ou de outro líder da igreja e o ministério (serviço) executado por um crente-sacerdote. Cada um usa seu dom espiritual, recebido de Deus, para edificar outros no Corpo.

A tarefa específica dos líderes é "servir" os membros do Corpo, e equipar outros para o ministério através do seu serviço (compare com Efésios 4.12).

A liderança espiritual deve funcionar de maneira diferente no Corpo em relação a liderança exercida na sociedade. Há diferença entre o Corpo como organismo vivo e a sociedade como associação de indivíduos.

Os líderes espirituais, servindo "entre" o Corpo, dão um exemplo, que o Espírito Santo usa (através dos processos de educação - identificar e imitar) para ajudar outros crentes-sacerdotes a ficar mais e mais parecidos com eles.

O líder espiritual que ministra assim não precisa se preocupar com sua "autoridade". Deus abrirá corações no Corpo que os siga. (l Pedro 5.5)

O que é a liderança?


A liderança é o esforço de exercer conscientemente uma influência especial dentro de um grupo no sentido de levá-lo a atingir metas de permanente benefício que atendam as necessidades reais do grupo.

Há três tipos de Obreiros

1. INDIFERENTE - Os que não sabem o que está acontecendo.
2. PASSIVO - Os que observam os acontecimentos.
3. LÍDER - Os que fazem com que as coisas aconteçam.


12 Princípios de Liderança

Visão __________________________ Metas
Amor ______________________ Humildade
Autocontrole ______________ Comunicação
Investimento _______________ Oportunidade
Energia _____________________ Persistência
Autoridade ________________ Conscientização
O tamanho do grupo não define a qualidade da liderança. O exemplo máximo de liderança temos em Jesus. Seu grupo era constituído por doze, incluindo um que duvidou, outro que negou conhecê-lo e ainda outro que o traiu entregando-o aos assassinos. No entanto, com este pequeno grupo, ele mudou o mundo.
I. O Princípio da Visão – João 4.35

Toda liderança eficiente começa com uma visão adequada. Deus é o único que pode dar esta visão aos seus servos. Devemos pedir sinceramente ao Senhor: "Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei". – Salmo 119.18


Uma visão é uma imagem clara de algo que o líder quer que seu grupo seja ou faça! A visão é a revelação da vontade de Deus; é o fundamento da liderança.

A. O princípio da visão é a chave para se entender a liderança. Se uma pessoa tiver uma visão clara, à qual está sinceramente dedicada, já deu o primeiro passo rumo à liderança.

B. Uma missão é simplesmente uma visão levada à ação.

C. Qualquer visão de valor vem de Deus. As visões de valor são um dom de Deus.

D. Sem uma entusiástica dedicação a uma visão, ninguém pode ser um bom líder.

E. É a visão que dá base e sustentação a todo ato de liderança. Sem visão não pode haver uma missão adequada. Sem missão, não há possibilidade de um produtivo programa de metas. Sem o programa de metas não há liderança. A liderança começa com uma visão.

F. Não só o líder, mas também os seus seguidores devem assimilar a visão. A liderança recebe a revelação da vontade de Deus e transmite, com clareza, para o grupo e então motiva-o a pô-la em prática.

Uma visão dada por Deus é uma responsabilidade tremenda. Cumpri-la pode levar-nos a realizar uma fabulosa obra para a glória de Deus e para o bem de nossos semelhantes. Se não agirmos de acordo com a visão, estaremos privando a outros da liderança de que precisam. Vejamos alguns exemplos:

1. O líder desprovido de visão – Marcos 10. 46-52

. O texto que vamos estudar, está falando de visão física, mas a cura dos olhos físicos do cego dependeu da fé salvadora. Pelo que podemos deduzir que Jesus não está preocupado somente com os olhos físicos do cego e sim com a visão completa. Vejamos então o que acontece com o líder sem visão:

a) Está à margem- "junto do caminho".

O líder desprovido de visão procura se envolver na obra, mas seu ministério acaba marginalizado. Exatamente por não ver é que ele prejudica seus liderados, tolhendo a liberdade daqueles que tentam desenvolver algum trabalho, resultado da visão recebida de Deus.

b) Seu ministério é pobre - "mendigando". (Ap. 3.17,18)

Seu ensino não produz mudanças, sua pregação não produz salvação. Sua igreja não cresce e nada acontece de especial no seu ministério.

Ele é pobre espiritualmente e intelectualmente. Vive amparado por "muletas". (sermões alheios). Não sabe aconselhar, treinar, liderar, etc.

c) É digno de misericórdia - "tem misericórdia de mim".

Em alguns casos, a situação é pior porque ele não aceita ajuda. Seu orgulho não o deixa convencer-se de que é um necessitado.

d) É hipócrita- "lançando de si a sua capa". (Mt. 7. 3-5)

Este é o estágio mais degradante, quando começa a fingir. Finge que é espiritual, finge que é homem de oração, simula santidade. Para salvar o seu ministério será necessário tirar sua capa da hipocrisia.

2. O líder e os tipos de visão – Mc. 8-22.26

. Aqui nós temos três tipos de visão:

a) Visão Bloqueada

. Está impossibilitado de ver por causa da incredulidade. Veja que Betsaida é uma das três cidades repreendidas por Jesus por causa de incredulidade (Mt. 11.20-24). Provavelmente foi este o motivo que levou Jesus a conduzir o cego para fora da aldeia antes de curá-lo.

Líderes acometidos desta anomalia, terão que mudar seus conceitos, sua crença e sua vida. (Jo. 3)

b) Visão Parcial ou Distorcida

. É o ministro que vê mais ou menos. Mas está sempre equivocado. Acha que é, mas não tem certeza de nada. Ele é pouco convicto no que faz.

A pergunta de Cristo foi relativa: "vês alguma coisa? ". Ele não perguntou: vês tudo! E a resposta do homem foi: "vejo os homens, pois os vejo como árvores que andam". Esta é uma visão distorcida, os homens não se parecem com árvores e nem as árvores se locomovem.

c) Visão Nítida

. Jesus desconfiou quanto ao que o homem via e fez nova imposição de mãos, então o cego passou a ver tudo:

viu ao longe – Como a visão do Pai que enxergou seu filho pródigo quando ainda estava longe.

viu distintamente – Ele conseguiu distinguir os homens das árvores.
Via a todos – Visão plena. Visão completa.

O líder para desempenhar a obra eficazmente precisa de uma visão assim:

.Vê ao longe - Antes que a igreja precise de ajuda ele já detectou o problema, a benção, a obra, etc.

.Vê mesmo antes que alguém lhe procure: O necessitado, a ovelha cambaleante, o desviado que volta, etc.

.Vê distintamente - Ele sabe detectar quando o diabo está operando e quando Deus é o realizador dos milagres. Sabe distinguir a obra espiritual da obra da carne. Sabe distinguir possessão demoníaca de doença mental.

.Vê a todos - Ele tem percepção completa. É conselheiro, é evangelista, é missionário, é líder no lar, etc.

3. O líder com a visão de Deus – Mc. 6.34, At. 26.19

a) Vê a multidão - "Viu uma grande multidão" . (Mt. 9.37)

O líder com a visão de Deus, consegue sempre ver grandes coisas, uma grande obra (Ne. 6.3). Ele faz grandes planos. Não se contenta com migalhas ( Mc. 7.28)

b) Vê suas necessidades –"teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não tem pastor". (Ne. 1.1-4)

O líder deve ver a necessidade da igreja. Ele tem os olhos aguçados. É piedoso, misericordioso e justo (Sl. 112.4). Sempre tem o que dar (Mc. 6.37)

c) Vê suas possibilidades –"começou a ensinar-lhes, muitas coisas".
Acredita, mesmo no caído. Investe na evangelização porque acredita que Jesus Cristo ainda salva. Ensina a palavra de Deus a igreja porque acredita que nela há poder transformador. É homem de oração porque crê que ela remove montanhas.


Conclusão

Busquemos em Deus a visão correta. A visão de Cristo, que viu o mundo necessitado e morreu por ele.
É imprescindível uma visão correta para uma liderança correta e eficaz.


II. O Princípio do Estabelecimento de Metas

A visão é o fundamento de toda liderança. A visão do líder exige total dedicação à ação. Essa dedicação é chamada de missão. Mas o ponto realmente crítico é o estabelecimento de uma série de passos específicos e mensuráveis, com o objetivo de realizar a missão. Esses passos se chamam METAS.

A. A visão é importante, mas a visão nunca se tornará realidade a menos que se estabeleça um programa de metas e que ele seja fielmente cumprido.


B. Um bom programa para estabelecer metas deverá ter as seguintes
características: específico, mensurável, atingível, realístico e tangível.


C. Além de fazer metas específicas, mensuráveis, atingíveis, realistas e tangíveis, existem outros princípios que são úteis:

Devemos basear nossas metas em nossos próprios atos, em vez de fazê-lo em atos que esperamos dos outros.

Deixemos nossa mente elevar-se.
Escrevamos nossas metas em detalhe.
Exponhamos nossas metas positivamente.
Certifiquemo-nos de que as metas implicam em mudanças de comportamento.
Estabelecer metas próprias.


D. As metas mudam porque mudam as condições. Nossa visão e missão de vida permanecem sempre as mesmas. Alteramos as metas de acordo com a mudança dos tempos.

E. Se não tivermos um programa de metas, certos fatores e outras pessoas tomarão o controle de nossa vida, quer o queiramos ou não. Se não assumirmos o controle, alguém o fará - ou alguma outra coisa. Tendo metas específicas com padrões mensuráveis nos manteremos na mira para a consecução da nossa missão.

F. O estabelecimento de metas é uma disciplina contínua. Não se pode elaborá-las de uma vez por todas, e pronto. A constante aceleração das mudanças em pessoas, lugares e coisas que se verifica hoje exigem que tenhamos um programa de metas claramente definido.

"Define claramente o que você quer mais que qualquer outra coisa na vida; registre os meios pelos quais pretende consegui-lo e não permita que nada, seja lá o que for, o impeça de alcançar essa meta."

Benefícios do Estabelecimento de Metas

1. As metas simplificam o processo de tomar decisões.
2. O estabelecimento de metas fortalece a saúde mental como a saúde física.
3. As metas geram respeito.
4. As metas constituem um sistema de aferição de modo que podemos experimentar a sensação de realização.
5. As metas produzem persistência.
6. Abaixo de Deus, são as metas que impedem que o líder fique escravizado aos aplausos dos outros.


O Medo de estabelecer metas

1. O medo de criar metas imperfeitas
2. O medo de derrota
3. O medo do ridículo
4. O medo de considerar presunção o estabelecimento de metas.


III. O Princípio do Amor:

No retrato sinóptico o traço que sobressai com maior clareza é o amor de Jesus. Ele não só nos mandou amar, mas primeiro Ele próprio o praticou. Não é meramente seu pensamento, mas sua vontade, e não meramente sua vontade, mas, acima de tudo, sua ação.

A. O amor é a transferência da totalidade do ser de alguém a outrem na forma de beneficência e auxílio. O amor na forma aqui usada se refere a uma disposição da mente, um ato da vontade. Não é o exercício de emoções.

B. O comandante governa pelo medo; o líder guia por amor. A visão distingue um líder de um gerente. O amor distingue o verdadeiro líder do ditador. A maior parte dos chamados líderes hoje, tanto dentro como fora da igreja, não são verdadeiros líderes, mas detentores do poder.
"Alexandre, César, Carlos Magno e eu fundamos grandes impérios mas, sobre que fundamento criaram os nossos gênios? Sobre a força. Somente Jesus fundou seu império sobre o amor, e até o dia de hoje. milhões morreriam por ele." - Napoleão Bonaparte.
C. O amor ágape é divino. A palavra ágape é um termo essencialmente cristão, aureolado com uma glória que Deus lhe deu. Ele usou para expressar sua própria atitude para com todos os homens e mulheres. O amor verdadeiro envolve a totalidade da existência de uma pessoa. Deus, e somente Ele, expressa perfeitamente. Ele se deu totalmente.

D. O amor se ocupa de problemas reais. Ele não procura satisfazer necessidades que, embora aparentes, não são reais. E o líder sabe quais são os problemas reais do grupo porque ama as pessoas que o constituem. E seu amor é real, não uma imitação interesseira.

E. O amor é ativo. Requer expressão. Jamais é passivo. O amor é transitivo. Requer um objeto. O amor é serviço, é sacrifício.

F. Não há desculpa para uma liderança sem amor. O líder que se espelha em Cristo ama a Deus, a si mesmo e ao seu próximo. É emocionalmente são porque é espiritualmente sadio.

G. Amar a Deus - Todo líder deve viver de tal maneira que jamais deixe dúvida na mente de qualquer um sobre quem é seu Deus. O amor para com Deus deve ser exclusivo, "de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento." Jesus está dizendo: "Seu amor para com Deus deve ser concentrado e exclusivo, insuperável e absorvente. Você deve amar a Deus com sua inteligência, emoções e vontade - com a totalidade da sua personalidade."

H. Amar a si próprio - Amar a Deus com a totalidade de nossa personalidade e aceitar o amor que Ele tem por nós, é a base para nos amarmos a nós próprios. Deus quer que tenhamos um amor-próprio sadio. Ele quer que nos amemos a nós mesmos. Um amor-próprio sadio é essencial a uma boa liderança.

Amar a nós mesmos é a base para amarmos ao próximo, porque um amor-próprio sadio nos livra de gastarmos energias alimentando nossa autoconfiança por meio de artimanhas e destruição de outros. Isso nos permite dar de nós mesmos a outros liberalmente.

IV. O Princípio da Humildade:

"A humildade é o senso de incapacidade que permeia a consciência do líder quando ele contempla a santa majestade e o, superabundante amor de Deus em contraste com sua desvalia a culpa e a total inaptidão, se separado da graça divina."

A. A humildade - ou mansidão - é a expressão do amor.

B. A pessoa humilde está livre do orgulho ou da arrogância. Submete-se aos outros e é prestativa e cortês. O humilde não se considera auto-suficiente, todavia reconhece seus próprios dons, recursos e realizações. Sabe que foi objeto de um amor redentor, que não merecia. Portanto não pode confiar em si mesmo porque sabe que é "tudo de graça".

C. Não pode haver amor genuíno sem humildade.

D. Conquanto seja difícil para a maior parte das pessoas demonstrar humildade, para um líder isso é ainda mais difícil porque liderar não favorece a humildade.

E. O espírito de humildade libera o líder para que possa concentrar-se nas reais necessidades dos outros. A humildade é importante para o líder porque as pessoas seguem mais entusiasticamente aquele cuja motivação não é servir-se a si mesmo.
"Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo." (Colossenses 3.23-24)

F. como cultivar a humildade?

Entronizando a Cristo no coração.
Obedecendo a Cristo.
Assumindo a atitude e o comportamento de uma criancinha.
Seguindo o exemplo de Cristo em oração.
Seguindo o exemplo de Cristo nas relações pessoais.
Servindo aos outros.


G. A verdadeira liderança surge quando alguém quer ver o trabalho realizado, sem se importar com quem vai receber os créditos.

H. O verdadeiro líder se considera parte de uma equipe.

O líder cristão deverá seguir esses cinco caminhos se quiser cultivar humildade em todas as áreas de sua vida:

1. Na área social, deverá agir dentro do pensamento "preferindo-vos em honra uns aos outros". (Romanos 12.l0)

2. Na área intelectual, deverá subordinar sua mente à de Cristo de modo a que ela possa render o máximo, ao servir a outros.

3. Na área financeira, deverá investir seu dinheiro, contando com Deus para multiplicá-lo, assim como o Senhor multiplicou os pães e peixes a fim de alimentar a multidão.

4. Na área física, deverá observar, com humildade, as leis da saúde de maneira que possa servir mais eficientemente àqueles que Deus lhe confiou.

5. Na área familiar, deverá demonstrar humildade em seu relacionamento com a esposa, e se conduzirá de maneira a não provocar seus filhos à ira (Efésios 6.4).

V. O Princípio do Autocontrole:


A. Significa que todos os aspectos de sua vida são colocados sob o domínio do Espírito Santo. Isso quer dizer que sua vida é caracterizada pela disciplina.

B. O autocontrole é uma atitude essencial para o líder.

C. O próprio sucesso dificulta a prática do autocontrole.

D. A falta de autocontrole destrói a liderança.

E. O autocontrole nos dá coragem para posicionarmos sozinhos, acima do grupo.

F. O autocontrole conquista seguidores para o líder.

G. Em nossa cultura temos a tendência de pensar que gentil, humilde e manso são sinônimos de fraqueza. Mas essas qualidades podem, na verdade, indicar mais força de caráter e autocontrole do que a "força" que impulsiona alguns a açoitar verbalmente seus adversários ou discutir com demasiada agressividade.

H. O autocontrole produz, em qualquer pessoa, resultados que farão dela um candidato à liderança.

O autocontrole é o domínio do amor. É um modo de vida no qual, pelo poder do Espírito Santo, o crente é capaz de ser equilibrado em tudo porque não deixa seus desejos dominarem sua vida.

1. O que o autocontrole produz:

- Liberdade - O autocontrole é o modo prático com que Deus liberta-nos do domínio do pecado e dos pensamentos pecaminosos.

- Confiança - O autocontrole produz a confiança e a certeza de que somos capazes de exercer liderança.

- Alegria - A alegria vem do conhecimento de que estamos obedecendo à vontade de Deus.

- Estabilidade - Uma vida disciplinada não significa que não haverá mudanças, mas, sim, que elas terão um propósito certo e serão controladas.

- Liderança - O autocontrole produz liberdade, confiança, alegria e estabilidade. Essas qualidades colocam quem as possui em posição de liderança.

Como Desenvolver e Exercitar o Autocontrole pela dependência de Deus:

Com uma vida de disciplina.
Tomando decisões antecipadamente.
Sendo gratos pela adversidade.
Dominando nosso gênio.
Controlando os pensamentos.
Submetendo-se ao controle do Espírito.


VI. O Princípio da Comunicação:

A liderança começa com uma visão. O comprometimento com aquela visão é uma missão, que é, então, cumprida pelo estabelecimento de certas metas. Mas, o líder não faz isso sozinho. Sua tarefa é comunicar a visão, a missão e as metas aos seus seguidores, tudo com amor e humildade.

A. A comunicação ocorre quando uma mensagem é transmitida de uma pessoa a outra, e ambas compreendam a mensagem, aproximadamente do mesmo modo. A eficiência da comunicação será dada pelo conteúdo percebido e pelo efeito real não pelo seu conteúdo pretendido, por mais eloqüente que a transmissão dele tenha sido, nem pelo efeito pretendido, por mais puras e nobres que sejam suas intenções.


B. Uma boa comunicação é a base sólida que mantém unido um grupo.

C. Passar informação não é comunicar. As pessoas respondem mais ao que nós sentimos por elas do que ao que lhes dizemos realmente. Por isso, cabe ao líder avaliar a profundidade de aceitação que o grupo tem de sua pessoa. Quanto mais o grupo aceita o líder e o líder ao grupo, melhor será o nível de comunicação.


Como Comunicar-se Com Um Grupo

Estabeleça a importância de cada membro, no grupo, com o qual você deseja comunicar-se.
Não reflita atitudes de superioridade sobre o grupo (em sua maneira de falar, onde você se senta, como você se veste ou como os saúda).


Mantenha contato ocular com cada membro do grupo, sempre que possível.

Aprenda a usar os pronomes plurais "nós" e "nosso", em lugar dos pronomes singulares "eu" e "meu"

Faça perguntas aos membros do grupo, indicando assim que você precisa de sua ajuda e apoio.

Dê aos membros do grupo a liberdade de exprimirem idéias e opiniões diferentes.

Aprenda a admitir seus erros na presença do grupo, pedindo desculpas sinceras, quando as coisas saírem erradas ou não saírem como você estava esperando.

Nunca culpe o grupo pelo fracasso da organização.

Chame as pessoas por seus primeiros nomes.

Comece e termine com uma oração.

VII. O Princípio do Investimento:

0 princípio do investimento estabelece que se alguém investe ou, dá alguma coisa, ele receberá de volta multiplicado.

A. Dar é um investimento. A palavra investimento transmite a idéia de aumento nas reservas financeiras do investidor. Portanto, a motivação para dar (ou investir) baseia-se em interesse pessoal, e é não apenas elogiada por Jesus, mas também a única que Ele usou nas Escrituras.


"Dai e dar-se-vos-á boa medida, recalcada, sacudida, trasbordante, generosamente vos darão, porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também" (Lucas 6.38).

B. O que é que você quer? Semeie-o. Invista-o. Quer amigos? Invista em amizade. Quer amor? Invista em amor. Quer respeito? Invista respeitando os outros.

"Aquilo que o homem semear, isso também ceifará"(Gálatas 6.7).

C. A questão toda não é apenas receber de volta o que investimos, mas também de recebê-lo de acordo com o quanto investimos.

"Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com abundância, com abundância também ceifará" (2 Coríntios 9.6).

D. Como líderes, cabe a nós compreender e praticar o princípio do investimento. Se nossa liderança for motivada pelo amor, pela humildade e autodisciplina, colheremos amor, lealdade e devoção de nossos liderados.

"Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles" (Lucas 6.31).

E. O verdadeiro líder dá com generosidade. A generosidade é dar de si sem esperar retorno. Os líderes generosos não se contentam em ajudar apenas a um e a outro. Eles tentam beneficiar maior número de pessoas. Animam, incentivam. Querem que os outros tenham sucesso. Generosidade não significa apenas dar dinheiro. O líder que compreende o conceito do amor de Jesus sabe que pode dar a si mesmo muitas vezes, de maneira que supera a oferta de coisas materiais.

"De graça recebestes, de graça daí" (Mateus 10.8).

F. O princípio apresentado aqui é o de que nunca se perde quando se dá. Com isso só pode ganhar. A proporção que o líder se dá, produz melhores auxiliares, cria melhores relacionamentos.

"mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (Atos 20.35).


G. Para conhecer a fundo o significado do investimento, precisamos conscientizar-nos de como é importante o espírito de dar, de querer ajudar outros. Isso torna a prática do princípio de investimento um hábito natural. Mas nesse aspecto há dois tipos de pessoas no mundo: os investidores e os retentores. Por natureza, os investidores praticam o princípio do investimento; os retentores são os que não vêem a contribuirão como um investimento e, assim, tentam entesourar tudo o que possuem. Em última análise, os investidores lucram e os retentores perdem.

H. O princípio do investimento é como todos os dons de Deus. O dom é bom, mas, se utilizarmos o princípio do investimento para obtermos grande quantidade de algo que se tornou um "deus" para nós, ou que é nocivo, estaremos aplicando erroneamente.

I. Jesus nos advertiu contra a ansiedade e a ganância a preocupação de que não tenhamos o suficiente para as necessidades básicas da vida, e o desejo de possuir sempre mais e mais.


J. O líder ganancioso ou ansioso acabará destruindo-se!

OS DEZ MANDAMENTOS DO INVESTIMENTO

1 Reconhecer que Deus é provedor de tudo.
2 Focalizar a atenção às coisas que queremos na medida em que elas forem compatíveis com a vontade de Deus e esquecer as que não queremos.
3 Investir naquilo que desejamos obter.

4 Investir no objeto imediato
5 Ser paciente
6 Não desanimar por ocasional falha da colheita
7 Colocar o dinheiro onde queremos que o nosso coração esteja
8 Alegrar-se
9 Crer que haverá resultados

10 Glorificar a Deus.

VIII. O Princípio da Oportunidade:

Segundo o princípio da oportunidade, a vida é uma série de obstáculos, e são esses obstáculos que detêm a chave que abre as portas de nossas maiores oportunidades, bastando apenas que nos disciplinemos para enxergá-las em toda parte.

A. Nossas maiores oportunidades nos aparecem habilmente disfarçadas em problemas insuperáveis.


B. Todo revés traz dentro de si a semente de um avanço equivalente. Cabe a nós apenas procurá-lo.

C. Encarar os erros contribui de forma positiva para uma boa liderança, porque remove o paralisante temor de cometer erros. O líder sabe que cometerá erros, mas sabe também que pode fazer com que eles se transformem em benefícios para ele e para o grupo. Para pormos em prática o princípio da oportunidade, precisamos aprender a encarar os enganos, a agüentar os erros e a tirar proveito deles.

D. Os obstáculos existem e Deus não promete que sempre nos livrará deles. Entretanto, ele nos ajudará a converter os erros em bênçãos. Pela sua força todo obstáculo pode ser uma oportunidade.

APRENDENDO A MANEJAR OS ERROS E TIRAR PROVEITO DELES

◘ Admitir o erro no momento em que tomarmos conhecimento dele
◘ Assumir a responsabilidade pelo erro
◘ Avaliar os prejuízos
◘ Fazer um estudo em profundidade das possíveis causas do erro
◘ Eliminar imediatamente as causas geradoras do erro para que não se repita
◘ Começar imediatamente a executar o novo programa
◘ Usar os erros como "placas de sinalização"
◘ Lembrar que os obstáculos realçam a liderança.


IX. O princípio da Energia:

A energia é o "vigoroso exercício do poder" e "a capacidade de agir ou de ser ativo".

A. Um líder sem energia é como um pianista sem mãos ou um corredor sem pés ou um orador sem voz. Falta-lhe a própria ferramenta de que necessita para executar a tarefa. As pessoas seguem um líder entusiasta, e é a energia que produz entusiasmo.


B. Um líder de verdade deve transpirar energia. A primeira coisa que ele tem de fazer é conquistar a atenção daqueles que lidera. E conquistar atenção requer movimento. Movimento exige energia. O líder eficiente trabalha mais horas, lê muito, desperdiça menos tempo e, de modo geral, leva a vida muito bem. Ele transborda de energia.

C. A energia de um líder demonstrada:

Por meio da vitalidade física.
Através da acuidade mental.
Através de muito trabalho.
Através da dedicação à tarefa e sua persistência nela.
Através da atenção a pormenores.

Como Elevar o Nível de Energia

Alimentar-se adequadamente. Praticar exercícios físicos. Manter uma atitude mental correta. Eliminar as emoções negativas. Viver em comunhão com Deus.

X. O Princípio do Poder de Persistência:


Todo líder sofre pressões e problemas que podem levá-lo a desistir. Mas se Deus nos deu uma visão e estabelecemos um programa de metas, para executar a missão precisamos do poder de persistência para superar essas dificuldades.

A. Quatro conceitos errôneos acerca da vida cristã:

1. "Como somos crentes, todos os nossos problemas estão resolvidos".
2. "Todos os problemas que temos são focalizados na Bíblia."
3. "Se estivermos tendo problemas, é porque não somos espirituais".
4. "Receber a sã doutrina da Bíblia resolve os problemas automaticamente".


B. O Líder sempre terá problemas e desalentos, mas Deus quer que ele persevere na busca de sua visão.

"De todos os lados somos pressionados, mas não esmagados, ficamos perplexos, mas não desesperados, somos perseguidos, mas não abandonados, abatidos, mas não destruídos." (II Coríntios 4.8,9)


C. O poder de persistência garante o sucesso, porque vence:

As enfermidades, os desejos pessoais, as limitações financeiras, os perigos da prosperidade, a oposição da família, as traições, as perseguições, a interpretação errônea dos eventos, e as dificuldades mais graves.

D. O poder de persistência é edificado sobre uma dedicação total à visão proposta pelo líder.

E. Todo problema tem a sua própria solução, e, embora as soluções sejam diferentes, o segredo de todas elas é o poder de persistência. Se alguém desistir, já fracassou. Mas, se tiver poder de persistência, achará uma solução, com o auxílio de Deus. O poder de persistência garante sucesso mesmo quando todas as circunstâncias parecem estar levando ao fracasso.

F. O líder que tem fé sabe que pelo poder de persistência ele vencerá as dificuldades.

G. Seja qual for a dificuldade que você está enfrentando, tenha fé em Deus, e Ele lhe dará o poder de persistência para enfrentá-la. Todos nós estamos sempre encontrando uma série de grandes oportunidades habilmente disfarçadas em situações difíceis. O poder de persistência nos permite ver grandes oportunidades em nossas situações difíceis.

1. Como conservar o poder de persistência:

Recordando nossa visão;
Focalizando nossas metas;
Visualizando nossas metas como se já tivessem sido alcançadas;
Relaxando
Lendo biografias
Vivendo em comunhão com Deus.


H. Para dominar os outros princípios de liderança, é necessário estudo e prática. Mas esse princípio do poder de persistência pode ser dominado tão depressa quanto podemos ler estas palavras. Não precisamos de instrução, nem de simpatia pessoal, nem de bons laços de família, nem de amigos influentes, nem de equipe de auxiliares, nem de equipamento, nem de materiais, nem de prestígio, nem mesmo de um profundo conhecimento bíblico. Tudo de que precisamos é a vontade de fazê-lo. Não precisamos esperar até amanhã; podemos começar a pôr em prática esse princípio imediatamente.

. Não temos desculpas para não fazê-lo. Se Deus quer que sejamos um líder, Ele quer que tenhamos o poder de persistência. A questão é: será que temos a determinação necessária?

XI. Principio de Autoridade:

O princípio de autoridade reconhece a distinção entre a autoridade interior e a exterior.

"Toda pessoa de mente, espírito e corpo normais possui as sementes da autoridade interior, alguns em maior medida do que outros. Elas podem ser desenvolvidas para o benefício das pessoas lideradas e, acima de tudo, para a glória de Deus.

A. É uma autoridade interior que faz com que uma pessoa obtenha o respeito de outras, e por meio da qual esse líder pode exercer uma poderosa influência sobre outros por virtude do seu próprio carisma e de sua personalidade. Essa autoridade interior distingue quem a possui das outras pessoas, e é diferente da autoridade exterior.


B. A autoridade exterior é a que leva uma pessoa a exercer influência sobre outras por virtude de símbolos ou posição. Esse tipo de autoridade depende de comitiva, de automóveis, de ser sócio de clubes especiais, e de muitos outros privilégios que dão status a quem os possui. A exterior pode ser retirada de uma pessoa; a interior, não.

C. Características da autoridade interior:

.A autoridade interior nada tem a ver com atos ou características físicas.
.A autoridade interior tem muito pouco a ver com riqueza, posição social ou status.
.A autoridade interior tem pouco a ver com o sucesso.
.Ter autoridade interior não significa que a pessoa se acha melhor do que os outros. É, mais, exatamente, uma convicção de que pode influenciar os membros do seu grupo para buscarem .atingir as metas de permanente benefício.
.Um ingrediente da autoridade interior é a individualidade.
.Um outro ingrediente é um senso de humildade e uma avaliação realista da autoridade pessoal do líder.


A pessoa com autoridade interior nunca é fraca, débil, ou sem personalidade. Ela tem autoconfiança e um forte senso de amor próprio.
D. Todos os princípios da liderança são importantes, mas nem todos são absolutamente essências. Cultivar o princípio de autoridade o é. É essencial que o líder possua autoridade interior, demonstrada aos outros e use em seu benefício os símbolos da autoridade exterior que acompanham sua posição.

E. Desenvolvendo a autoridade interior:


.Descobrir a nós mesmos;
.Desenvolver a autoconfiança;
.Acreditar na importância da nossa missão;
.Lembrar-nos de nossa relação com os outros;
.Empenhemo-nos pela excelência;
.Acreditemos em nosso sucesso.

F. Ninguém deve exercer autoridade sobre outros enquanto não tiver aprendido primeiro a aceitar autoridade de outrem. Além disso, mesmo quando uma pessoa está em posição de autoridade ela deve sentir-se responsável perante os outros.

G. A verdadeira base da autoridade espiritual:


.Submissão ao próprio Deus (Tiago 4.7).
.Um piedoso estilo de vida (Hebreus 13.7).
.Nosso amor às pessoas (l Tessalonicenses 2.3-12).
.Um coração de servo (Marcos 10.43-45).


XII. Princípio da Conscientização:

O princípio da consciência dispõe que o líder deve estar sempre consciente de sua própria liderança, controlando constantemente sua aplicação pessoal dos princípios da liderança em relação a um padrão que estabeleceu para si mesmo, de modo a atingir a excelência.

A. Estar consciente é a base da excelência!

B. Para destacar-se uma pessoa deve estar cônscia dos elementos que contribuem para um desempenho excelente bem como deve avaliar constantemente seu próprio desempenho em relação ao padrão de excelência que estabeleceu para si mesma.

C. A conscientização de como se deve ser líder requer sensibilidade e uma severa autodisciplina por um espaço de tempo.

D. O líder deve estar consciente da importância do seu papel no exercício da liderança.

E. O líder deve estar consciente do impacto e da influência que exerce sobre a vida de outras pessoas.

F. O líder deve estar consciente do significado da liderança:

A liderança é um esforço; a liderança é consciente; a liderança exerce uma influência especial; a liderança estabelece metas de permanência benéfica; a liderança se concentra no atendimento das reais necessidades.

G. O líder deve estar consciente de que Deus é a fonte de tudo para ele. Precisamos contar com recursos sobrenaturais. Isso pressupõe que vivemos conscientes da presença e do poder de Deus. Embora nos sintamos indignos, não devemos nos desesperar. Nossos recursos vêm de Deus, mas devemos exercitar a fé e a disciplina para nos apropriarmos deles.

Pensamentos Finais

Edificando o Corpo:

1. Todo o Corpo se compõe de crentes-sacerdotes e todos eles devem servir. Uma pessoa só não pode ser exemplo para todos. Já que o Corpo tem dimensões coletivas e individuais, o exemplo(s) também deve ser coletivo e individual.

2. Quando entendemos a natureza da Igreja e do seu ministério transformador (discipulado), vemos claramente por que Deus quis que cada igreja local tivesse uma equipe diversificada de liderança.

3. O líder servo faz, e fazendo ele dá o exemplo.

4. O líder servo está no meio das pessoas, incentivando-as a conhecerem-no melhor.

5. O servo, através do seu serviço, equipa outros para que sirvam também.

6. A primeira responsabilidade de uma equipe leiga de liderança é ser um "corpo" que funciona. É essencial que os líderes estejam sendo o que outros membros do corpo devem ser.

7. "Todos os gigantes de Deus foram homens fracos que fizeram grandes coisas para Deus, porque se estribaram no fato de Deus estar com eles". (Hudson Taylor.)

Fonte de Estudo

http://revistadominical.sites.uol.com.br
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A ESCOLHA DA LIDERANÇA DA IGREJA

O Senhor Jesus é o nosso supremo modelo. Ele é o referencial absoluto para quem a igreja deve olhar na hora de tomar as suas decisões. No que concerne à escolha da liderança da igreja, precisamos aprender com o método de Jesus. Como ele escolheu os seus discípulos? Que critérios ele usou nessa escolha? Como ele trabalhou com a sua liderança?

1. Ele buscou a direção do Pai na escolha - Jesus passou uma noite orando em favor dessa sublime causa. Ele buscou a vontade e a direção do Pai para fazer essa escolha. Ele escolheu os seus discípulos pela orientação do céu. Devemos, de igual modo, escolher a liderança da igreja em espírito de oração. Devemos submeter a nossa vontade à vontade sábia e soberana de Deus. Os critérios humanos são falhos. As aparências enganam. Se não seguirmos a vontade de Deus, conforme estabelecida em sua Palavra, podemos fazer escolhas erradas. Por esta causa devemos nos colocar de joelhos diante do Pai. É a vontade de Deus que deve prevalecer, e não a nossa, na escolha dos líderes da igreja.

2. Ele escolheu homens para andarem com ele - Jesus designou os doze apóstolos para estarem com ele. A maior prioridade da liderança da igreja não é fazer a obra de Deus, mas ter comunhão com o Deus da obra. O que nos qualifica para a liderança não é o ativismo, mas a intimidade com Deus. O ser vem antes do fazer. A vida vem antes do trabalho. Deus está mais interessado em quem somos do que no que fazemos. Deus está mais interessado em caráter do que em carisma. Ele está mais interessado em nossa vida do que no nosso trabalho. Jesus chamou os apóstolos para estarem com ele. Esse é o primeiro chamado da liderança. Não podemos apascentar o rebanho se não conhecemos intimamente o Senhor do rebanho.

3. Ele comissionou e capacitou a liderança para fazer a sua obra - Os discípulos, chamados e treinados, devem pregar a Palavra, expelir demônios e orar pelos enfermos. O ministério é de proclamação, libertação e consolo. A liderança não é aquela que simplesmente manda fazer, mas a que vai à frente do rebanho, como exemplo do rebanho, fazendo a obra de Deus no poder do Espírito Santo. A liderança da igreja precisa estar comprometida com a proclamação da Palavra, com a libertação dos cativos e com o alívio dos que sofrem. Ela deve ser exercer um ministério querigmático e terapêutico.

4. Ele chamou homens diferentes para fazer parte da liderança da igreja - Jesus escolheu doze homens totalmente diferentes. Escolheu um homem temperamental e falante como Pedro. Investiu em pessoas de estopim curto, filhos do trovão, como Tiago e João. Chamou pessoas pacatas como André; pragmáticas como Filipe; preconceituosa como Bartolomeu; incrédula como Tomé. Chamou um homem da situação como Mateus e um oposicionista revolucionário como Simão, o zelote. Escolheu outros que viveram sempre no anonimato como Tiago, filho de Alfeu e Tadeu. Chamou até mesmo, Judas Iscariotes, o traidor. Jesus não escolheu esses homens porque eram perfeitos. Jesus investiu neles. Trabalhou com eles. Gastou tempo com eles. Ensinou-os. Corrigiu-os. Amou-os. Depois, revestiu-os com o poder do seu Espírito. Suas vidas não continuaram sendo as mesmas. Eles foram transformados pelo Espírito de Deus para transformarem o mundo. O método de Jesus não mudou...

Rev. Hernandes Dias Lopes

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NOÇÕES DE LIDERANÇA 
Noções de Liderança I                                                  
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Liderança Espiritual

Perguntaram-me, recentemente, se eu notava crescentes evidências de espiritualidade no local de trabalho. Respondi, um tanto acabrunhado: "Tenho visto muito pouca evidência de espiritualidade em organizações."

Esta resposta pede outra pergunta: Como seria a espiritualidade no local de trabalho? O que constitui liderança espiritual adequada numa força de trabalho diversa e multicultural?


Através da observação de líderes históricos e contemporâneos, vim a crer que as respostas a essas perguntas residem nas definições das palavras "espiritual" e "liderança".

Espiritual. 

Espiritual é bastante distinto de religioso. Espiritual reconhece que há algo de sagrado em relação à própria vida. Reconhece que, qualquer que seja sua fonte, este elemento sagrado está em nós mesmos e em cada ser vivo.Compreende intuitivamente que, indevidamente de diferenças extremas, compartilhamos comunidade. Dessa comunidade sagrada brotam valores essenciais de decência humana.

E, se honrarmos esses valores, eles informam nossas decisões e relacionamentos.

Liderança. 

Liderança sempre implica visão, uma capacidade para discernir uma direção que outros no grupo poderão, ou não, já ter vislumbrado, mas que podem ser levados a explorar. Há sempre uma certa ousadia, uma disposição de abrir novos horizontes, de abrir mão do antigo, de aguçar, de forma construtiva, o contraste entre as escolhas com que o grupo se depara. Há também fidelidade, tanto à visão quanto ao grupo. Quando visão e energia são informadas por valores sagrados, a liderança espiritual poderá emergir.

A próxima pergunta é: "Como isso funciona no mundo real?"

A liderança espiritual é geralmente calada quanto à sua própria natureza. O líder espiritual raramente fala diretamente na fonte e natureza de sua espiritualidade. A consciência espiritual molda o quadro de referência interno do líder. Não se oculta, mas também não se alardeiam. É, entretanto, continuamente renovada.

A liderança espiritual é norteada por princípios. O líder está disposto a pagar um preço por agir com base em princípios quando isto se choca contra benefícios políticos ou econômicos. Sua estrutura de valores claramente coloca fazer a coisa certa acima de ganhos pessoais ou corporativos.

Esses líderes se apoiam profundamente em suas orientações espirituais para terem a coragem de enfrentar a pressão por eles sofrida para que desafiem seus princípios. Obtêm força de suas ligações espirituais para desafiarem o status quo. Se testemunharmos esses atos, os veremos como atos de pessoas honradas e freqüentemente não percebemos a sustentação espiritual daquela honradez. 

Decência e Respeito

Líderes espirituais agem com decência. Estabelecem um padrão de como as pessoas serão tratadas. Isto não significa ser mole, ignorar a linha de resultados ou aceitar um desempenho ruim. Significa obter o máximo desempenho de uma equipe através da inspiração, não de medo e, ao tomar decisões que tenham efeitos adversos sobre outros, implementá-las com a compaixão e respeito.

Temos grande necessidade de líderes que sejam modelos e insistam em decência. A liderança espiritual jamais denigre os seres humanos a que serve. Ela requer que periodicamente demos um passo atrás e nos perguntemos como nossas atividades beneficiam aqueles cujas vidas tocamos. Como estamos utilizando o poder que adquirimos para fazer o bem?

Quer a liderança venha do alto quer de baixo, reconhecemos líderes espirituais não através de invocações, grupos de estudo ou proclamações, e sim pelos seus atos. Reconhecemo-los pelo seu tratamento corajoso e respeitoso do espírito encarnado na forma de seus colegas e staff, clientes, vizinhos e comunidades.

- Ira Chaleff (USA)
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ESDRAS, UM GRANDE LÍDER DE ISRAEL

PROPÓSITOS DO CORAÇÃO

Esdras foi um grande líder de Israel que se dedicou ao ensino da Palavra de Deus depois do cativeiro babilônico. Setenta anos de escravidão haviam se passado. Dias tormentosos e angustiantes sobrevieram sobre a nação. Morte, fome, opressão e desespero tomaram conta daqueles que foram arrancados de suas famílias e lançados fora da sua terra. Por intervenção divina o povo voltou à sua terra. Os grilhões foram quebrados. O cativeiro acabou. A liberdade despontou como o sol no horizonte. Como o povo deveria viver nesse novo tempo? Quais seriam as bases sobre as quais a nova geração deveria erguer os seus valores?

É no meio da crise que surge o grande líder Esdras. Dos escombros da desesperança ergueu-se essa coluna de encorajamento. No capítulo sete, versículo dez, Esdras fala sobre três propósitos do coração de um líder comprometido com Deus e com o seu povo:

1. Ele dispôs o seu coração para conhecer a Palavra de Deus - Esdras era um estudioso das Escrituras. Ele examinava meticulosamente a Palavra de Deus. Ele mergulhava nas águas profundas das mais sublimes revelações emanadas do trono de Deus. Diz o texto que Esdras tinha disposto o coração para conhecer a Palavra. Precisamos de líderes que conheçam a Palavra de Deus e o Deus da Palavra. Vivemos um tempo de grande apostasia, de surgimento de novidades estranhas às Escrituras, que têm encontrado guarida no coração de muitos crentes. Estamos vendo o povo errante, buscando avidamente as últimas novidades no mercado da fé, correndo atrás de experiências místicas, de milagres arrebatadores. Muitas igrejas deixaram de lado o estudo criterioso das Escrituras, para ouvir as vozes confusas do coração humano cheio de engano. Estamos vendo o surgimento de uma geração analfabeta da Bíblia. Quando falta o ensino fiel das Escrituras, o povo cai nas malhas de um experiencialismo heterodoxo, desviando-se das veredas da verdade.

2. Ele dispôs o seu coração para viver a Palavra de Deus - Esdras não era apenas um estudioso da Bíblia. Ele não era um teólogo de gabinete, um catedrático que blasonava do alto de um púlpito mensagens moralistas para o povo. Ele vivia o que pregava. Sua vida era coerente. Ele não era um teórico. Ele praticava o que transmitia ao povo. Sua vida era um exemplo e um paradigma para os seus ouvintes. Esdras dispôs o seu coração para viver a Palavra. Vivemos hoje uma profunda crise moral em nossa nação. Aqueles que lideram o nosso povo, com raras exceções, são sérios no discurso, mas claudicantes na conduta. Há um abismo entre o que as pessoas falam e o que elas fazem. Essa mesma crise ética tem atingido a igreja. 

Há um hiato entre o que os crentes pregam e o que eles vivem. Há um divórcio entre a profissão de fé e a prática. Muitos são ortodoxos, mas não são ortopráticos. Não basta conhecer, é preciso viver. Não basta ser intelectual, é preciso ser ético. Não basta conhecer Bíblia, é preciso ser piedoso.

3. Ele dispôs o seu coração para ensinar a Palavra de Deus - Esdras segue uma linha de coerência. Primeiro, ele estuda a Palavra. Depois, ele aplica essa Palavra à sua própria vida. Então, ele está apto para ensiná-la aos outros. Ele não retém a verdade de Deus apenas para si. Ele não sonega ao povo as insondáveis riquezas da Palavra de Deus. Do seu coração transborda a Palavra. Dos seus lábios jorram os mananciais do céu. Sua vida é um vaso útil, preparado para toda boa obra. Esdras dispôs o seu coração para ensinar a Palavra de Deus ao povo. Precisamos de líderes que amem as Escrituras, que amem o povo de Deus e busquem ensinar com profundidade e fidelidade todo o conselho de Deus.


Rev. Hernandes Dias Lopes.

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