RELIGIÃO - A BÍBLIA RESPONDE.
227. COMO O SENHOR DEFINE A CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL?
Trata-se de um grupo carismático moderno, da linha pentecostal. Insistem na prática literal dos preceitos bíblicos, inclusive na proibição ao corte de cabelo feminino. Eles não se incluem entre os chamados membros da igreja eletrônica, pois não usam rádio ou televisão. Evitam as aglomerações nas praças.
As mulheres membros da seita usam o véu pois consideram isto exigência bíblica. Também saúdam uns aos outros com ósculos santos, alegando base bíblica.
Não dão muito crédito ao ministério organizado pastoral. São liberais, mas não enfatizam a doutrina do dízimo. No tocante ao culto, procuram ser piedosos e exigem que as orações no templo sejam sempre com o povo ajoelhado.
O movimento está crescendo bastante no Brasil.
Não nos será fácil dar uma opinião sobre o movimento. Cremos que há extremos bem antibíblicos, mas apreciamos a sinceridade de muitos e o apego que sentem pela divulgação da Bíblia, com a condição de que seja sempre a edição mais antiga, pois a consideram a única verdadeira.
Não nos será ocioso pararmos para pensar em algumas das alegorias que fazem. A primeira delas refere-se ao véu, como se lê em 1Co 11.4-7: "Todo homem que ora, ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Toda mulher, porém, que ora, ou profetiza com a cabeça sem véu, desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse raspada. Portanto, se a mulher não usa véu, nesse caso que raspe o cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se ou raspar-se, cumpre-lhe usar véu. Porque, na verdade, o homem não deve cobrir a cabeça por ser ele imagem e glória de Deu, mas a mulher é glória do homem."
O ensino deste texto é local, puramente local. Em Corinto, a inferioridade da mulher era conspícua. O véu lhe exibia a voluntária aceitação da condição inferir do homem que, por sua vez, cortava os cabelos, talvez curto demais.
Ainda hoje a mulher no Oriente usa Yashmak (véu) de forma diferente dos tempos antigos, mas com resíduos do mesmo sentimento em voga naquele tempo. Citamos T. W. Cavies, no Dicionário da Bíblia de Hestings: "Nenhuma mulher respeitável numa vila daquele ponto do mundo sairia a público sem seu véu, a menos que se arriscasse no juízo moral que lhe dessem." O mesmo autor declara que o véu tinha duplo significado para todas as mulheres, marca da sujeição ao homem e proteção.
Outro ponto seguido pela seita refere-se ao ósculo santo, do qual lemos em 1Ts 5.26: "Saudai a todos com ósculo santo."
A prática do "ósculo santo" era parte de vida seguido naqueles tempos por muitas comunidades. O comentário é que o beijo era santo, ou seja, puro, sem maldade ou malícia. O ósculo era usado com frequência , até entre os homens (Lc 7.45; At 20.37). O mesmo costume continua a existir em várias partes do mundo.
Na sua Apologia, Justino Martyn declara: Homens beijavam homens e mulheres beijavam mulheres, no Senhor. Na Igreja Siríaca, cada participante do culto toma a mão do seu vizinho e a beija, acrescentando em audível a palavra "paz"."
Convenhamos em que existe muita beleza em algumas dessas práticas. Recordo-me mesmo, com alegria, de uma celebração de Ceia do Senhor na Igreja Batista da Esperança, oficiada por Theu Pantnaik, quando ele nos trouxe algo inesquecível aos nossos corações.
No tocante ao costume de se realizarem orações sempre com a congregação ajoelhada, não existe qualquer base bíblica. O mais solene de todos os acontecimentos, quando o Espírito Santo batizou para sempre a sua igreja,aconteceu enquanto a congregação estava numa reunião de oração, mas todos assentados, como se lê: "Ao cumprir-se o dia de pentecostes, estavam reunidos no mesmo lugar; de repente veio do céu um som como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados" (At 2.1-2).
Com relação ao dízimo, podemos dizer que a mordomia bíblica no NT insiste muito mais do que o dízimo. Mas o ensino de Jesus em Mt 23.23 é bem claro: Aí de vós, escriba e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do coentro, e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas."
POR DAVID GOMES www.ebar.com.br
Não dão muito crédito ao ministério organizado pastoral. São liberais, mas não enfatizam a doutrina do dízimo. No tocante ao culto, procuram ser piedosos e exigem que as orações no templo sejam sempre com o povo ajoelhado.
O movimento está crescendo bastante no Brasil.
Não nos será fácil dar uma opinião sobre o movimento. Cremos que há extremos bem antibíblicos, mas apreciamos a sinceridade de muitos e o apego que sentem pela divulgação da Bíblia, com a condição de que seja sempre a edição mais antiga, pois a consideram a única verdadeira.
Não nos será ocioso pararmos para pensar em algumas das alegorias que fazem. A primeira delas refere-se ao véu, como se lê em 1Co 11.4-7: "Todo homem que ora, ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Toda mulher, porém, que ora, ou profetiza com a cabeça sem véu, desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse raspada. Portanto, se a mulher não usa véu, nesse caso que raspe o cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se ou raspar-se, cumpre-lhe usar véu. Porque, na verdade, o homem não deve cobrir a cabeça por ser ele imagem e glória de Deu, mas a mulher é glória do homem."
O ensino deste texto é local, puramente local. Em Corinto, a inferioridade da mulher era conspícua. O véu lhe exibia a voluntária aceitação da condição inferir do homem que, por sua vez, cortava os cabelos, talvez curto demais.
Ainda hoje a mulher no Oriente usa Yashmak (véu) de forma diferente dos tempos antigos, mas com resíduos do mesmo sentimento em voga naquele tempo. Citamos T. W. Cavies, no Dicionário da Bíblia de Hestings: "Nenhuma mulher respeitável numa vila daquele ponto do mundo sairia a público sem seu véu, a menos que se arriscasse no juízo moral que lhe dessem." O mesmo autor declara que o véu tinha duplo significado para todas as mulheres, marca da sujeição ao homem e proteção.
Outro ponto seguido pela seita refere-se ao ósculo santo, do qual lemos em 1Ts 5.26: "Saudai a todos com ósculo santo."
A prática do "ósculo santo" era parte de vida seguido naqueles tempos por muitas comunidades. O comentário é que o beijo era santo, ou seja, puro, sem maldade ou malícia. O ósculo era usado com frequência , até entre os homens (Lc 7.45; At 20.37). O mesmo costume continua a existir em várias partes do mundo.
Na sua Apologia, Justino Martyn declara: Homens beijavam homens e mulheres beijavam mulheres, no Senhor. Na Igreja Siríaca, cada participante do culto toma a mão do seu vizinho e a beija, acrescentando em audível a palavra "paz"."
Convenhamos em que existe muita beleza em algumas dessas práticas. Recordo-me mesmo, com alegria, de uma celebração de Ceia do Senhor na Igreja Batista da Esperança, oficiada por Theu Pantnaik, quando ele nos trouxe algo inesquecível aos nossos corações.
No tocante ao costume de se realizarem orações sempre com a congregação ajoelhada, não existe qualquer base bíblica. O mais solene de todos os acontecimentos, quando o Espírito Santo batizou para sempre a sua igreja,aconteceu enquanto a congregação estava numa reunião de oração, mas todos assentados, como se lê: "Ao cumprir-se o dia de pentecostes, estavam reunidos no mesmo lugar; de repente veio do céu um som como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados" (At 2.1-2).
Com relação ao dízimo, podemos dizer que a mordomia bíblica no NT insiste muito mais do que o dízimo. Mas o ensino de Jesus em Mt 23.23 é bem claro: Aí de vós, escriba e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do coentro, e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas."
POR DAVID GOMES www.ebar.com.br
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