O período imediatamente após a conversão de Constantino, e que iria continuar até as invasões germânicas, embora tenha visto uma plêiade de grandes mestre cristãos, também experimentou a decadência e o quase desaparecimento do catecumenato, que logo se limitou aos conversos judeus e a amplo s territórios missionários.
Entretanto, ao mesmo tempo, também começou a prática de empregar a vida monástica como oportunidade para o estudo e - particularmente no caso de Santo Agostinho e dos que se tornaram os "cônegos de Santo Agostinho" - como meio para preparação de pastores e líderes. Algo que seria o prenúncio das escolas monásticas que logo passaram a ocupar o lugar central na vida intelectual da Europa, bem como a preparação para o ministério.
Um elemento importante do período é que, mesmo sem querer, porque naturalmente eles não sabiam o que o futuro traria, aqueles anos produziram vários autores cujas obras se tornariam as fontes fundamentais em que a Idade Média iria beber as águas teológicas da Antiguidade cristã: a Vulgata de Jerônimo, o tratado Sobre as tarefas do clero de Ambrósio e o de Agostinho Sobre a doutrina cristã.
Finamente, deve ser observado que, exceto em locais excepcionais tais como entre os cônegos de Santo Agostinho de Hipona e a continuação das escolas de Alexandria e Antioquia, não houve escolas para preparação de ministros, sendo preservada a prática de se eleger pessoas educadas nos sistemas seculares para os cargos ministeriais, enquanto os bispos se ocupavam como mentores da preparação de seus colaboradores e sucessores potenciais.
POR JUSTOS GONZALEZ - Uma história do pensamento cristão, autor: Justo Gonzalez,
editora: Cultura Cristã
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