Google+ O MEU POVO PERECE POR FALTA DE CONHECIMENTO.: Uma história do pensamento cristão

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Uma história do pensamento cristão

A IGREJA ANTIGA

Nos primeiros séculos da vida da igreja não havia programas formais de educação para o pastorado. Apesar de as tarefas pastorais − especialmente a direção do culto e ensino − exigirem certos conhecimentos, era normal e eleição de bispos que já possuíam tais conhecimentos, e não porque eles haviam estudado em alguma instituição da igreja, mas por terem adquirido educação secular – geralmente nos campos da literatura e sua interpretação, e da retórica. Porém, como vemos em seguida, não existiu por um longo tempo a distinção que se conhece hoje entre educação teológica da igreja como um todo e a preparação para o pastorado.
Conforme foi se desenvolvendo a distinção entre bispos e presbíteros, os primeiros passaram a supervisionar estes em sua prática pastoral e na sua formação educacional. À medida que se começou a eleição dos bispos dentre os presbíteros, isso resultou em um processo de tutoria, na qual os bispos assumiam a formação de sus colegas, entre os quais se incluíam seus possíveis sucessores.
E se tratando das escolas cristãs surgidas no século segundo, mas que ganharam força no terceiro século, sua finalidade específica não era a preparação de ministros, mas sim a investigação, a defesa da fé e a instrução catequética. Portanto, apesar disso, logo houve o surgimento dos alunos das mais importantes escolas. (Alexandria e Antioquia), que se tornaram bispos.
Sendo assim, na igreja antiga não havia diferença entre a preparação teológica e bíblica recebida pelos leigos e a que se destinava aos candidatos 
à ordenação. Obviamente, os que eram ordenados precisavam continuar estudando a fim de dirigir o serviço da Palavra de Deus, de participar na preparação dos novos catecúmenos.
Mas o processo preparatório para a própria ordenação não exigia outros estudos além dos ministrados ao resto da igreja, sendo que, em alguns casos, se acrescentavam estudos seculares, particularmente os de retórica e filosofia.
Logo após a conversão de Constantino, e que iria continuar até as invasões germânicas, embora tenha visto que uma plêiade de grandes mestres cristãos, também experimentou a decadência e o caso desaparecimento do catecumenato, que logo se limitou aos conversos judeus e a amplos territórios missionários.
Entretanto, deve ser observado que, exceto em locais excepcionais tais como entre os cônegos de Santo Agostinho de Hipona e a continuação das escolas de Alexandria e Antioquia, não houve escolas para a preparação de ministros, sendo preservada a prática de se eleger pessoas educadas nos sistemas seculares para os cargos ministeriais, enquanto os bispos se ocupavam como mentores da preparação de sua colaboradores e sucessores potenciais.
Finalmente, o maior objetivo é explorar o passado da preparação ministerial, para verificar se há em sua história elementos que possam nos servir de guia ou inspiração para a construção do presente, tendo em vista o futuro.

Bibliografia: 
Uma história do pensamento cristão, autor: Justo Gonzalez, editora: Cultura Cristã

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