Google+ O MEU POVO PERECE POR FALTA DE CONHECIMENTO.: PASSAGENS BÍBLICAS - A BÍBLIA RESPONDE 187. QUAL SERIA O ESPINHO NA CARNE REFERIDO POR PAULO?

terça-feira, 7 de outubro de 2014

PASSAGENS BÍBLICAS - A BÍBLIA RESPONDE 187. QUAL SERIA O ESPINHO NA CARNE REFERIDO POR PAULO?

PASSAGENS BÍBLICAS - A BÍBLIA RESPONDE

187. QUAL SERIA O ESPINHO NA CARNE REFERIDO POR PAULO?

Paulo declara algo que explica, pelas palavras que usa, o sentido do espinho que o martirizava: "Para que não ensoberbecesse com grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte" (2Co 12.7).

Um exame do texto grego dá várias sugestões quanto ao significado desta palavra. Alguns vêem nela uma estaca, tronco de árvore, ferrão, aguilhão, anzol, farpa, e espinho mesmo. Uma dissertação sobre cada um desses termos aplicada à vida humana poderia suprir-nos com ilustrações muito interessantes.

A finalidade era disciplinatória: "Que não me ensoberbecesse" (Huperairomai, E. Gordon, Notes from a Layman's Greek N Testament). Ensoberbecer é verbo terrível que só aparece duas vezes no NT. Em 2Ts 2.3, Paulo aplica a palavra ao Anticristo, homem do pecado, que exalta a si mesmo, que se ensoberbece; a segunda aplicação da palavra diz respeito a uma pessoa que tinha tido tremendas oportunidades da parte de Deus, com revelações altamente sublimes. Essa pessoa estava sendo disciplinada por Deus, por meio de um espinho na sua carne. O termo skolops está registrado em Nm 33.55 numa referência aos pagãos, que se transformariam em espinhos dos olhos do povo eleito. Gordon parte deste contexto para firmar sua conclusão de que o "espinho" de Paulo seria mesmo uma doença de vista.

William Barclay vai além, alinhando uma série de possibilidades para descrever o "espinho" referido pelo apóstolo:

1. Uma tentação espiritual: dúvida, arrefecimento nas batalhas do Evangelho, certo remorso pela derrota em tais ocasiões (Calvino);

2. Oposição e perseguição -  Lutero defende esta possibilidade, argumentando pela simples leitura do cap. 11 de 2Co;

3. Tentações carnais - Esta seria a posição católica, sob argumento de que os homens dos mosteiros são sujeitos a tanto;

4. Aparência física - Em 2Co 10.10, Paul se refere à fraqueza de sua aparência;

5. Paulo sofria de epilepsia, que é moléstia de ataques intermitentes, que poderiam ocorrer em determinadas situações, trazendo embaraço e tristeza ao servo do Senhor: em Gl 4.14, Paulo faz referência à atitude dos crentes da Galácia que não cuspiram nele por causa de sua enfermidade;

6. Paulo teria sofrido de dores terríveis de cabeça que o prostravam com severidade; Barclay acrescenta ter sido esta a interpretação de Tertuliano e Jerônimo, chamados "Pais da Igreja";

7. Paulo teria sofrido de um problema visual, talvez oriundo de sua experiência ao tempo da conversão, quando ficou cego (At 9.9). Em Gl 4.15, Paulo faz referência a um gesto heróico dos crentes, que estariam prontos a lhe oferecerem seus próprios olhos. Em Gl 6.11, Paulo faz referência aos caracteres grandes que escrevera. Sabemos que no geral ele dependia de um amanuense para grafar suas cartas (Rm 16.22);

8. Paulo teria sido vítima de ataques de malária, doença muito comum nas costas do Mediterrâneo Oriental. Existe uma lenda que retrata um desejo dos nativos daquela região, que oravam a seus deuses para que ferissem seus inimigos com o terror daquela febre terrível, oriunda da malária.

Lang descreve o espinho como uma espécie de aguilhão que faria o servo do Senhor de modo causar-lhe dor profunda. Pelo tempo do verbo usado pelo apóstolo, os ataques eram mais ou menos constantes. Ewald, outro comentador de renome, interpreta os ataques de "espinhos" como sendo terríveis, mas intermitentes. Quando o golpe era ferido, Paulo o sentiria como se fosse um terrível soco na cabeça.

Consideramos outro lado do espinho de Paulo, que foi também o espinho de João Wesley. O grande evangelista, que alcançou a idade de 88 anos, teve o infortúnio de um casamento infeliz. Mas até completar 70 anos de idade, viajava até mais de 100 quilômetros em um dia, para encontrar 30 mil pessoas que o aguardavam na praça para ouvir o recado de Deus. Os sofrimentos do lar não impediram de viajar mais de 375 mil quilômetros para pregar 40 mil sermões. Mais ainda Wesley escreveu inúmeros tratados e livros, incluindo-se as notas no Novo e Velho Testamento, que foram obras de grande repercussão. Como se vê, o "espinho" de uma esposa incompreensível não apagou a chama de seu amor a Cristo.

Paulo procurou a solução dos seus problemas em Deus. Ele orou a Deus, pedindo a remoção do seu doloroso "espinho". Recebi, há dias, o pedido de orientação de uma alma em provação.

Ouvi do outro lado do fio telefônico: Pastor, recebi conselho para ouvir o analista e fui, etc. Do outro lado repliquei: Seu caso não requer analista algum, senão Jesus Cristo. E acrescentei: "Se Cristo vos libertar sereis verdadeiramente livre." A solução para os problemas da alma está em Cristo Jesus. O salmista no passado escreveu: "Elevo meus olhos para os montes... De onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor." Foi este o desejo de Paulo, encontrar socorro no Senhor.

Certa ocasião, Bunyan estava diante de uma congregação sofredora. Havia terror no ambiente; sem conseguir grande penetração no ambiente de tristeza, subitamente seu tom de voz mudou e Bunyan repetiu três vezes: "A MINHA GRAÇA TE BASTA."

O pregador, agora inflamado, comentava com o poder e graça: - oh, que esta graça de Deus seja minha, seja tua, seja nossa. Que esta graça seja suficiente, hoje, como naquele dia tão distante na vida de Paulo, tão querido.

POR DAVID GOMES www.ebar.com,br

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