PASSAGENS BÍBLICAS - A BÍBLIA RESPONDE. 194. COMO ENTENDER 1Rs 9,10-13, NO QUAL SE REFERE À TERRA DE CABUL?

PASSAGENS BÍBLICAS - A BÍBLIA RESPONDE.

194. COMO ENTENDER 1Rs 9,10-13, NO QUAL SE REFERE À TERRA DE CABUL?

Vamos ler a passagem:

"Ao fim de vinte anos terminara Salomão a edificação das duas casas, a casa do Senhor e a casa do rei. Ora, como Hirão, rei de tiro, trouxera a Salomão madeira de cedro e de cipreste, e ouro, segundo todo o seu desejo, este lhe deu vinte cidades na terra da Galiléia. Saiu Hirão de Tiro a ver as cidades que Salomão lhe dera, porém não lhe agradaram. Pelo que disse: - Que cidades são estas que me deste, irmão meu? E lhes chamaram terra de Cabul, até hoje."

Salomão havia feito um acordo co Hirão, pedindo sua cooperação em obras notórias como a construção do templo. O capítulo de 1 Reis descreve de modo belo os anelos de Salomão e seus reconhecimentos de que ninguém no mundo podia cortar madeira como os sidônios.

Agora, havia chegado a hora de Salomão fazer sua parte no campo material. Hirão deveria receber a paga, além da alimentação e cuidados que tinham se dispensado no seu grupo trabalhador.

Salomão queria pagar, sem prejuízo da nação. Escolheu uma parte do território ainda não colonizada e a ofereceu a Hirão. O tempo do tratado havia durado 20 anos e Salomão resolve oferecer a Hirão 20 cidades! Verdade que as cidades não estavam planificadas mas a área estava disponível ao aliado de Salomão. Hirão não gostou da paga. Ele usa uma palavra aramaica para demonstrar seu desprezo por aquilo que lhe era oferecido. Mais tarde, no capítulo 8 de 2Cr, aprendemos que Salomão logo após ter terminado a construção da casa do Senhor e da sua própria casa, mandou edificar as cidades que Hirão lhe tinha devolvido e deixou que povo as habitasse.

Alguns pensam que Salomão teria sido sovina, explorando a boa fé do seu vizinho. Outros julgam que Hirão não soube ver adiante, considerando o valor que tão grande área poderia representar para ele.

Cremos que Salomão teria agido como bom administrados, sem exagerar na paga. Vivemos a grande crise de administração em nosso país. Muitos desprezam valores, criando dificuldades insuperáveis, exatamente porque não sabem administrar as coisas como convém. Exageram em dádivas daquilo que não lhes pertence. Criam mordomias excessivas. Pode haver gastos operacionais tão grandes que prejudicam o acarto de contas de uma empresa. Afinal, a ficha de administração deve ser cuidadosamente objetivada e vivida.

Mas podemos encontrar aqui outra lição preciosa. Os sidônios eram peritos no corte e no trabalho de madeira e ouro, mas talvez não fossem bons construtores de cidades. Não era esta a sua vocação.

Alguém imaginou o gosto de muitos de viverem a vida do mar. São marinheiros e se deleitam com cruzeiros marítimos, trabalhando e sofrendo as intempéries, mas com prazer exageradamente grande! Outros procuram a aventura dos grandes pastos, na criação do gado e outros animais como fazendeiros alegres e felizes. Lembro-me de um jovem que conheci nos Estados Unidos, cuja maior alegria era plantar algodão. Alguns podem tomar uma terra árida e transformá-la em jardim florido, em praça aprazível, um lugar de sossego e paz. São dádivas de Deus. Hirão não gostava de trabalhar em terra dura. Ele preferia entalhar na madeira o toque de sua arte. Peçamos a Deus nos habilitar a administrar com acerto o que nos confia e servi-lo na capacidade de nossos dons.

Voltando agora a Cabul, trago uma notícia muito interessante .Arqueólogos da Universidade de Haifa acabam de desenterrar o que se julga vestígios das cidades de Cabul. Eles acharam uma cidade de 840 metros quadrados, em Khurvat Rosh Zait, na Baixa Galiléia, acreditando ser o início da descoberta da cidade bíblica de Cabul. Encontraram já uma construção com muradas de dois metros de espessura, fortaleza, portanto. Há enorme crença de que parte da estrutura teria sido destruída por fogo há 3.000 anos. Os aposentos interiores não foram ainda abertos, mas descobriram artefatos muito bem conservados. Há vasos de armazenamento, utensílios de ferro e implementos agrícolas.

POR DAVID GOMES www.ebar.com.br